ESTUDO DO CASO DE DAVI
(Samuel 11:1 a 27 e 12:9 e 10)
Davi, um homem segundo o coração de Deus, segundo a própria Palavra de Deus, comete um grave pecado, adulterando com Bate-Seba. Como “um abismo chama outro abismo”, ele para esconder ou resolver o primeiro pecado, comete outro pecado tão grave quanto o primeiro: Homicídio. Na verdade ele não matou Urias, o marido de Bate-Seba, com as próprias mãos, mas premeditou a sua morte enviando-o para a guerra numa posição que com certeza ele morreria. Veja II Samuel 11:15 “Escreveu na carta: Ponde a Urias na frente da maior força de peleja. Então retirai-vos de detrás dele para que seja ferido e morra”.
Deus, que vê todas as coisas, envia o profeta Natã para repreendê-lo e determinar sobre a casa de Davi (sua geração futura) uma maldição como conseqüência do pecado. Veja II Samuel 12:10: “Agora, portanto, a espada jamais se apartará da tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu para ser tua mulher.”
Está determinada uma maldição sobre a geração futura, por causa do pecado de Davi.
Se continuar a analisar a continuidade do texto, percebemos que Davi se arrependeu verdadeiramente do pecado e logo em seguida Deus lhe concede o perdão.
Vamos separar aqui o perdão do pecado, da conseqüência do pecado como maldição.
Davi está perdoado, mas a conseqüência está determinada como maldição. A partir daí, a espada (morte e sexo ilícito) acompanha toda uma geração seguinte, independente da situação individual destes.
Vejamos:
1- II Samuel 13:1-22 - Incesto entre Amnon e Tamar (Irmãos, filhos de Davi)
2- II Samuel 13:22-29 - Absalão mata Amnon (irmãos-filhos de Davi)
3- II Samuel 15 - Rebelião de Absalão contra Davi (filho contra pai)
4 - II Samuel 18 - A morte de Absalão (filho de Davi)
5 - I Reis 1 - Rebelião de Adonias (filho de Davi contra seu irmão)
6 - I Reis 2 - Salomão mata Adonias (irmão contra irmão)
Mas atenção: Há algo interessante sobre as gerações anteriores que mostra de alguma forma porque Davi caiu no pecado. Ao examinarmos Gênesis 49:10, vemos que Jacó profetiza aos seus filhos trazendo uma palavra para Judá “... o cetro não se arredará de Judá ...”, isto significa que os reis de Israel deveriam ser da tribo de Judá, no entanto o primeiro rei de Israel, Saul, era da tribo de Benjamim, conforme I Samuel 9.
Para entendermos este fato precisamos examinar Gênesis 38 e vermos quem foi Judá. No verso 2 ele “vê” (deseja) uma mulher e a toma para si, mesmo não sendo ela uma hebréia, o que era contra a Lei. Mas veja que interessante foi a atitude de sua nora, que era viúva de seus 2 primeiros filhos. Ela se disfarçou de prostituta e se colocou no caminho de seu sogro. Seu objetivo, era através de um relacionamento sexual, suscitar a sua descendência para não cair em opróbrio. Note bem. Quem garante a uma prostituta que pelo simples fato de um homem passar em seu caminho ele manterá relações com ela? Tamar conhecia a seu sogro e conhecia suas fraquezas nesta área.
Como ela previu, Judá parou, e relacionou-se com ela sexualmente, sem saber quem era sua nora. O resultado foi uma relação incestuosa, que é abominação ao Senhor, conforme Levíticos 18:15, e o filho desta relação era considerado bastardo. Assim a maldição se estendia até a décima geração. Neste caso, se você verificar a genealogia de Jesus em Mateus 1, vai constatar que Davi era a décima geração quando então a maldição seria quebrada. Satanás sabia disso, e atacou para que a maldição não fosse quebrada, e existisse uma causa para a sua continuidade “maldição sem causa não encontra repouso”. Portanto foi na mesma área a queda de Davi, que perpetuou a maldição por mais algumas gerações.
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