sábado, 30 de outubro de 2010

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / EPÍSTOLAS


EPÍSTOLAS


Romanos


Talvez por essas razões foi colocada em primeiro lugar entre as do apóstolo.
De modo contrário  a  tradição  católica  romana,  a  igreja  romana  não foi  fundada por Pedro, nem por qualquer outro apóstolo. Ela talvez foi iniciada  por convertidos de Paulo provenientes da  Macedônia e da Ásia,  bem como judeus convertidos no dia de Pentecostes ( Atos 2.10). Paulo não tinha Roma  como campo específico de outro apóstolo  (15 .20 ).   Em  Romanos,    Paulo afirma que muitas  vezes planejou  ir até Roma para ali pregar o  evangelho mas que, até então fora impedido ( 1.13;15.22 ).  Reafirma seu  desejo  de  ir até eles ( 15.23-32).  Paulo ao escrever esta epístola, perto do fim de sua terceira viagem missionária ) cf. 15.25,26;  At. 2.3;  I Cor.16.5,6 ), estava em Corinto como hóspede na casa de Gaio ( 16.23; I Cor. 1.14 ).  Enquanto escrevia Romanos através de seu auxiliar Tércio (16.22) planejava voltar  a Jerusalém para o dia de Pentecostes ( At. 20.16; provavelmente na primavera de 57 ou 58 dC.) e entregar pessoalmente uma  oferta de
socorro das igrejas gentias aos crentes pobres de Jerusalém ( 15.25,27 ),  Logo  a  seguir, Paulo  Epístola mais longa, mais teológica e mais influente esperava partir  para  a  Espanha  levando-lhe  o  evangelho,  visitar de passagem  a igreja de Roma e receber ajuda dos crentes ali para prosseguir  em sua companhia para o oeste ( 15.24,38) .

Autor: Paulo, escrita em Corinto na casa de Gaio
Tema: A Revelação da Justiça de Deus
Data: Cerca de 57 d.C.

I aos  Corintios

A primeira epístola aos Corintios foi escrita durante seu ministério de três anos  em Ëfeso ( Atos 20.31), na sua terceira viagem missionária ( Atos18.23-21.16).   Paulo  soube  em  Ëfeso  dos  problemas  de  Corinto  (1. 11) depois  de   uma  delegação da congregação de Corinto(16.17) entregou   a  Paulo  uma  carta,  em que lhe  pediam instruções sobre vários assuntos ( 7.1; cf.8.1; 12.1; 16.1).  Paulo  escreveu  esta  epístola  tendo  em  vista  os  informes  ouvidos  e a  correspondência recebida daquela igreja.

Autor: Paulo: escrita em Éfeso
Tema: Problemas da Igreja e suas soluções
Data: Cerca de 55/56 d.C. (primavera)

II Corintios

Paulo escreveu esta epístola à igreja de Corinto e aos crentes de toda a Acaia(1.1), identificando-se duas vezes pelo nome(1.1;10.1). Tendo Paulo fundado a igreja  em Corinto ,durante a sua segundo viagem missionária, manteve contato freqüente com os corintios a partir de então, por causa dos problemas daquela igreja (ver a introducão de I Corintíos). A seqüência desses contatos em II Coríntios foi escrito são       os seguintes:(1) Depois de alguns contatos e correspondência inicial entre Paulo e       a igreja ( I Cor 1.1;5.9;7.1), ele escreveu I Coríntios em Éfeso,(primavera de 55 ou 56 d.C.). 2 Em seguida, ele fez uma viagem a Corinto, cruzando o mar Egeu, para tratar de problemas surgidos na igreja .  Essa  visita  no período entre  I  e  II  Coríntios (cf.13.12), foi espinhosa para Paulo e para a congregação (2.12).
(3) - Depois dessa  visita afonosa, informes chegaram a Paulo em Éfeso de que seus adversários estavam atacando a sua autoridade apostólica em Corinto, tentando persuadir uma parte    da  igreja a rejeitá-lo.  (4) - Respondendo, Paulo escreveu  II  Coríntios,  na   Macedônia  (outono de 55 ou 56 d.C.)  (5) - Pouco depois, Paulo viajou outra vez a Corinto (13.1), permanecendo ali cerca de três meses ( cf.At 20.-3a). Foi ali que escreveu a Epístola aos Romanos.


Autor: Paulo: escrita na Macedônia
Tema: Glória através do sofrimento
Data: Cerca de 55/56 d.C. (outono)



Gálatas (1a. epístola que Paulo escreveu)



Paulo escreveu esta epístola (1.1;5.2;6.11)” às igrejas da Galácia”.
As autoridades no assunto declaram que os gálatas eram gauleses oriundos do Norte da Galácia e que, mais tarde, parte deles emigrou para o sul     da Europa, de cujo território a França de hoje faz parte.
É muito mais provável que Paulo haja escrito esta epístola às igrejas   do Sul da província da Galácia ( Antioquia da Prícia, Icônio, Listra, Derbe),onde ele e Barnabé evangelizaram e estabeleceram igrejas durante a primeira viagem missionária ( At.13.14). A data mais provável da carta situa-se logo após o regresso de Paulo à igreja que o enviou  a Antioquia da Síria, e pouco depois do concílio de Jerusalém ( At.15).

O assunto principal de Gálatas é o mesmo debatido e resolvido em Jerusalém (c. de 49 d.C.; cf.At.15). Tal assunto implica numa dupla pergunta: (1) A fé  em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é o requisito único para a salvação?.
(2)  É necessário obedecer certas práticas e leis judaicas do AT para se obter a salvação em Cristo? Talvez Paulo haja escrito Gálatas antes da controvérsia das leis, na Assembléia de Jerusalém ( AT. 15), e antes de a igreja comunicar a sua posição afinal. Se assim foi, então Gaálatas é a primeira epístola  que Paulo escreveu.

Autor: Paulo: Antióquia da Síria, pouco antes do concílio de Jerusalém
Tema: Salvação pela graça mediante a fé
Data: Cerca de 49 d.C.


Efésios

Efésios é um dos picos elevados da revelação bíblica, ocupando lugar único entre as epístolas de ¨Paulo. Ela não foi eleborada no árduo trabalho da bigorna da controvérsia doutrinária ou dos problemas pastorais ( como outras epístolas de Paulo). Ao contrário  fésios transmite a impressão de um rico transbordar de revelação divina, brotando da vida de oração de Paulo. Ele escreveu a carta quando estava prisioneiro por amor de Cristo (3.1; 4.1; 6.20), provavelmente em Roma. Efésios tem muita afinidade com Colossenses, e talvez tenha sido escrita logo após esta. As duas cartas podem ter sido levadas simultaneamente ao seu destino por um cooperador de Paulo chamado Tiquico  (6.21; cf Cl 4.7).  É crença geral que Paulo escreveu Efésios também para outras igrejas da região, e que não apenas a Éfeso, Possivelmente ele a escreveu como carta circular a toda a província da Ásia. Muitos crêem que Efésios é a mesma carta aos Laudicenses mencionada por Paulo em Cl 4.16.

Autor: Paulo: na prisão em Roma
Tema: Cristo e sua Igreja
Data: Cerca de 62 d.C.



Filipenses

A cidade de Felipos, na Macedônia oriental, a 16 km do Mar Egeu, foi assim chamada em homenagem a Filipe II da Macedônia, pai de Alexandre Magno. Nos dias de Pauloera uma cidade romana privilegiada, tendo uma guarnição militar.
A  igreja de Filipos foi fundada por Paulo e sua equipe de cooperadores ( Silas, Timóteo Lucas) na sua segunda viagem missionária em obediência a uma visão que Deus lhe dera em Troade ( At 16.9-40). Um forte elo de amizade desenvolveu-se entre o apóstolo e a igreja de Filipos. Várias vezes a igreja enviou ajuda financeira a Paulo ( II Cor.11.9; Fp 4.15,16) e contribuiu generosamente para a coleta que o apóstolo providenciou para os crentes pobres de Jerusalém ( cf.II Cor. 8-9). Parece que Paulo visitou a igreja duas vezes na sua terceira viagem missionária ( At. 20.1,3,6).
Autor: Paulo: na prisão em Roma
Tema: Alegria de viver por Cristo
Data: Cerca de 62/63 d.C.
Colossenses

A  cidade de Colossos estava localizada perto de Laudicéia  ( cf. 4.16 ),  no  sudeste   da Ásia Menor, cerca de 160 km a leste de Éfeso.  A igreja colossense, tudo indica, foi fundada como resultado do grandioso ministério de Paulo em Éfeso, durante três anos(At.3.20: 21 ), gujos efeitos foram poderosos e tão grande alcance que todos os que habitavam  na Ásia ouviram a palavra do “Senhor Jesus” ( At.19.10).  Paulo talvez nunca tenha visitado Colossos pessoalmente (2.1), mas mantivera contatos com a igreja atravé de Epafras ,  um dos seus convertidos e cooperadores naquela cidade ( 1.7;4.12). O motivo desta espístola foi o surgimento de ensinos falsos na igreja colossence , ameaçando o seu futuro espiritual  ( 2.8 ).Quando Epafras, dirigente da igreja colossence e seu provável fundador, viajou com o objetivo  de  visitar  Paulo e  informar - lhe a respeito da situação em Colossos ( 1.8; 4.12 ), Paulo estão escreveu esta epístola.   Nessa ocasião Paulo estava preso ( 4.13;10.18 ), possivelmente em Roma ( At.28.16-31), aguardando comparecer perante César ( At.25, 11.12 ), O cooperador de Paulo, Tíquico, entregou pessoalmente a carta em Colossos em nome do apóstolo ( 4.7). Não está escrita claramente na carta a heresia surgida em Colos-sos, uma vez que os leitores originais a conheciam bem. No entanto, pelas refutações  de Paulo ao falso ensino deduz-se que era uma mistura estranha de ensinos cristãos, tradições judaicas extra bíblicas e filosofias pagãs ( semelhante ao sincretismo religioso das seitas falsas de hoje. Tal ensino subvertia e substituía a centralidade de Jesus.  
Autor: Paulo: na prisão de Roma
Tema: A supremacia de Cristo
Data: Cerca de 62 d.C.




I Tessalonicenses

Tessalônica, situada há pouco menos de 160 km a sudoeste de Filipos, era a capital, cidade principal e porto da província romana da Macedônia. Entre 200.000 habitantes da cidade, havia ali uma grande comunidade judaica. Quando Paulo fundou a igreja tessalonicense, na sua segunda viagem missionária, seu frutífer ministério ali foi encerrado    prematuramente   devido à intensa hostilidade judaica ( At.17: 1.9).    Forcado  a  sair  de  Tessalônica,  Paulo  foi a Beréia, onde outro ministério breve, porém bem sucedido,  foi  interrompido pela  perseguição movida pelos judeus que o foram desde Tessalônica  (At.17.10-13). A seguir, viajou para Atenas (  At. 17. 15 - 34 ), onde Timóteo se encontrou com ele;  depois  Paulo  enviou  Timóteo  de volta a Tessalônica para verificar a condição da nova igreja ( 3.15); ao mesmo tempo, Paulo seguiu para Corinto ( At. 18.1-17 ). Timóteo,  ao  completar  sua  tarefa, viajou para Corinto levando a Paulo informações sobre a igreja tessalonicense ( 3. 6-8),  o  que  levou   Paulo  a  escrever  esta carta, talvez três a seis meses após fundada a igreja. 
Autor: Paulo: Corinto
Tema: A volta de Cristo
Data: Cerca de 51 d.C.

II Tessalonicenses

Ao escrever Paulo esta epístola,   a situação  na  igreja  de  Tessalônica  era  quase  a  mesma da ocasião  em que ele escreveu a primeira carta . É provável, pois que esta carta tenha   sido escrita apenas poucos meses depois de I Tessalonicenses, quando  Paulo  ainda se encontrava trabalhando em Corinto com Silas e Timóteo ( 1.1; cf. At.18-5 ). Tudo indica que Paulo, ao ser informado ao acolhimento da sua primeira carta e do progresso  dos  crentes   tessalonicenses, foi movido a escrever esta segunda carta.
Autor: Paulo: Corinto
Tema: A volta de Cristo
Data: Cerca de 51 ou 52 d.C.

I Timóteo

1 e 2 Timóteo e Tito - comumente chamadas “epístolas pastorais” - são cartas escritas por Paulo ( 1.1; 2 Tm 1.1; Tt 1.1) a Timóteo (em Éfeso) e Tito (em Creta) concernente ao cuidado pastoral das igrejas. Alguns críticos questionam a autoria destas cartas por Paulo, mas a igreja primitiva corroborava sua autoria paulina. Embora haja diferenças de estilo e de vocabulário nas epístolas pastorais ao compará-las com as outras cartas de Paulo, estas diferenças podem decorrer da avançada idade de Paulo e sua solicitude pessoal com os ministérios de Timóteo e de Tito.
Paulo escreveu 1 Timóteo depois dos eventos relatados no fim de Atos a primeira prisão de Paulo em Roma (At 28)  terminou, segundo parece,  com a sua libertação ( 2 Tm 4.16,17). Posteriormente, segundo Clemente de Roma (cerca de 96 d. C.) e o Cânon Muratoriano (cerca de 190 d. C.). Paulo viajou de Roma, dirigindo-se para o oeste, até a Espanha, e ministrou a palavra de Deus ali, como era seu desejo a longo tempo (cf. Rm 15.23,24,28). Conforme relatam as Epístolas Pastorais, Paulo, a seguir, voltou à região do mar Egeu (especialmente Creta, Macedônia e Grécia) e aí continuou seu ministério. Durante esse período (cerca de 64,65 d. C.), Paulo comissionou Timóteo como seu representante apostólico para ministrar em Éfeso, e Tito para fazer o mesmo em Creta. Da Macedônia, Paulo escreveu sua primeira carta a Timóteo, e, pouco mais tarde, escreveu a Tito. Posteriormente, Paulo foi preso de novo em Roma, quando então escreveu uma segunda carta a Timóteo pouco antes do seu martírio em 67/68 (ver 2 Tm 4.6-8; ver também introdução a 2 Timóteo).  

Autor: Paulo: Roma após sua libertação
Tema: A sã doutrina e a piedade
Data: Cerca de 65 d.C.

II Timóteo

Esta é a última carta de Paulo. Ela foi escrita quando o Imperador Nero procurava impedir a expansão da fé cristã em Roma, perseguindo severamente os crentes. E Paulo voltara a ser prisioneiro do Imperador em Roma (1.16,17). Estava sofrendo privações como se fosse um criminoso comum (2.9), abandonado pela maioria dos seus amigos  (1.15), e tinha consciência de que o seu ministério chegara ao fim, e que sua morte se aproximava ( 4.6-8,18; ver introdução a 1 Timóteo para um exame mais completo da autoria e do contexto da epístola). Paulo escreve a Timóteo como “amado filho” (1.2) e fiel cooperador (cf. Rm 16.21). Sua intimidade com Timóteo e sua confiança nele percebe-se no fato de o apóstolo mencioná-lo como seu cooperador na escrita de seis epístolas, de Timóteo haver permanecido consigo durante sua primeira prisão (Fp 1.1; Cl 1.1; Fm 1), e de lhe haver escrito duas cartas pessoais. Ante sua execução iminente, Paulo pede duas vezes a Timóteo que venha estar novamente com ele em Roma ( 4.9,21). Timóteo ainda residia em Éfeso quando Paulo lhe enviou esta segunda epístola (1 Tm 1.3; 2 Tm 1.18). Nesta epístola, o apóstola envia saudações a Onesíforo que residia em Éfes (1.16), e igualmente para o casal Áquila e Priscila (4.19)     

Autor: Paulo (última carta) - Nero era o imperador. 2a. prisão em Roma
Tema: Perseverança inabalável na fé
Data: Cerca de 67 d.C.


Tito

Tito, como 1 e 2 Timóteo, é uma carta pessoal de Paulo a um dos seus auxiliares mais jovens. É chamada de “epístola pastoral” porque trata de assuntos relacionados com a ordem e o ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl 2.3), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de Lucas), o grande relacionamento entre Tito e o Apóstolo Paulo, vê-se  (1) nas treze referências a Tito nas epístolas de Paulo, (2) no fato de ele ser um dos convertidos e fruto do ministério de Paulo (1.4; como Timóteo), e um cooperador de confiança  (2 Co 8.23),  (3) pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos uma missão importante a Corinto durante a terceira viagem missionária do apóstolo ( 2 Co 2.12,13; 7.6-15; 8.6, 16-24), e  (4) pelo seu trabalho como cooperador de Paulo em Creta (1.5).
Paulo e Tito trabalharam juntos por um breve período na Ilha de Creta (a sudoeste da Ásia Menor, no Mar Mediterrâneo), no período entre a primeira e a segunda prisão de Paulo em Roma (ver introdução a 1 Timóteo), Paulo deixou Tito em Creta cuidando da igreja ali (1.5), enquanto ele (Paulo) seguia adiante para a Macedônia (df. 1 Tm 1.3). Algum tempo depois, Paulo escreveu esta carta a Tito, incubindo-o de completar a tarefa em Creta que os dois haviam começado juntos. É provável que Paulo tivesse mandado a carta pelas mãos de Zenas e Apolos, que passaram por Creta, em viagem (3.13).
Nesta carta, Paulo informa sobre seus planos para enviar Ártemas ou Tíquico para substituir Tito dentro em breve. E nessa ocasião Tito devia encontrar-se com Paulo e Nicópolis (Grécia), onde o apóstolo planejava  passar o inverno (3.12). Sabemos que isto aconteceu, já que na ocasião posterior, Paulo designara Tito para a Dalmácia, no litoral oriental do mar Adriático (na ex Iugoslávia), em cuja região ficava Nicópolis, na Grécia (3.12).
Autor: Paulo e Tito (irmão de Lucas) Macedônia (epístola pastoral)
Tema: A sã doutrina e boas obras
Data: Cerca 65/66 d.C.


Filemon


Paulo escreveu esta “epístola da prisão”(vv. 1,9) como uma carta pessoal a um homem chamado Filemom, mais provavelmente durante sua primeira prisão em Roma (At 28.16-31). Os nomes, idênticos mencionados em Filemom (vv. 1,2,10,23,24) e em Colossenses ( Cl 4.9,10,12,14,17), indicam que Filemom morava em Colossos e que as duas cartas foram escritas e entregues juntas.
Filemom era um senhor de escravos (v. 16)  e membro da Igreja de Colossos (compare vv. 1,2 com Cl 4.17), talvez um convertido de Paulo (v. 19). Onésimo era um escravo de Filemom que fugira para Roma; ali, teve contato com Paulo, que o levou a Cristo. Desenvolveu-se um forte vínculo de amizade entre os dois (vv 9-13). Agora, Paulo, um tanto apreensivo, envia Onésimo de volta a Filemom, acompanhado por Tíquico, cooperador de Paulo, levando esta carta  (cf. Cl 4.7-9).
Autor: Paulo (pessoal) epístola da prisão
Tema: Reconciliação
Data: Cerca de 62 d.C.



                                               Aos Hebreus

Este Livro foi destinado originalmente aos cristãos de Roma. O seu título, nos manuscritos gregos mais antigos, diz apenas “ Aos Hebreus”. Seu conteúdo, no entanto revela que foi escrito a cristão judeus. O emprego que o autor fez da Septuaginta ( versão grega do AT. ), mais citações do AT, indica que os primeiros leitores foram provavelmente judeus de idioma grego que viviam fora da Palestina. A expressão “ Os da Itália vos saúdem “ ( 13,24 ) significa provavelmente que o autor  escrevia para Roma, e que na ocasião incluiu saudações de crentes italianos que viviam longe da pátria. Os destinatários podem ter sido igrejas em lares, da comunidade cristã de Roma, das quais algumas estavam a ponto de abandonar a fé em Jesus e voltar para a antiga fé judaica por causa da perseguição e do desânimo.
O escritor não se identifica no título original, nem através do livro, embora fosse bem conhecido dos seus leitores ( 13. 18 a 24 ). Por alguma razão, perdeu-se a sua identidade ao findar-se o século I.
Posteriormente, na tradição da igreja primitiva ( séculos II ao IV ), surgiram muitas opiniões diferentes sobre o possível escritor dos Hebreus. A opinião de que Paulo havia sido escritor não tinha aceitação até o século V.
Muitos eruditos  conservadores descartam a autoria a Paulo, uma vês que que o estilo esmerado e alexandrino do autor, seu embasamento na Septuaginta, sua maneira de introduzir as citações do AT, seu método de argumentar e ensinar, a estrutura na argumentação e a omissão da sua identificação pessoal são características muitos diferente das de Paulo. Além disso, enquanto Paulo sempre apela a sua revelação diretamente recebida de Cristo ( cf. Gl 1. ll, ,l2 ), esse escritor demonstra um dos cristãos da segunda geração aos quais o evangelho fora confirmado por testemunhas oculares do ministério de Jesus ) 2.3 ). Entre os homens mencionados nominalmente do NT, a descrição de Lucas oferece de Apolo, em /at. 18. 24-28, ajusta-se melhor ao perfil do escritor de Hebreus.
Deixando de lado o nome do escritor de Hebreus, uma coisa é certa: ele escreveu a plenitude do Espírito, e com entendimento, revelação e autoridade apostólicos. A ausência de qualquer referência, em Hebreus à destruição do templo de Jesusalém e do seu culto levítico é um forte indício que o autor escreveu antes de 70dC.

Autor: Desconhecido
Tema: Um melhor concerto
Data  Cerca de 67 e 69 dC.


Tiago

Tiago é classificada como “epístola universal” porque foi originalmente escrita para uma comunidade maior que uma igreja local. A saudação: “Às doze tribos que andam dispersas” (1.1), juntamente com outras referências (2.19,21), indicam que a epístola foi escrita inicialmente a cristãos judeus que viviam fora da Palestina. É possível que os destinatários fossem os primeiros convertido em Jerusalém, que,  após a morte de Estêvão, foram dispersos pela perseguição (At 8.1) até a Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e além (At 11.19). Isso explicaria  (1) a ênfase inicial da carta quanto ao sofrer com alegria as provações que testam a fé e que demandam perseverança (1.2-12), (2) o conhecimento pessoal que Tiago demonstra ter pelos crentes “dispersos”, e (3) o tom de autoridade da carta. Como pastor da igreja de Jerusalém, Tiago escreve às suas ovelhas dispersas.
A maneira do autor se identificar simplesmente como “Tiago” (1.1), revela sua posição de destaque na obra. Tiago, meio-irmão de Jesus e dirigente da igreja de Jerusalém, é geralmente tido como o autor. Seu discurso no Concílio de Jerusalém (At 15.13-21), bem como as descrições dele noutras partes do NT (e. g., At 12.17; 21.18; Gl 1.19; 2.9,12; 1 Co 15.7) correspondem perfeitamente com o que se sabe dele como autor desta epístola. O mais provável é que Tiago tenha escrito esta epístola durante a década dos 40 d. C.. A data tão remota para a escrita provém de vários fatores, e.g., Tiago emprega a palavra grega synagoge (lit. sinagoga) para referir-se ao local de reunião dos cristãos (2.2). Segundo o historiador judaico Josefo, Tiago, irmão do Senhor, foi martirizado em Jerusalém, em 62 d. C.      
Autor: Tiago (meio irmão de Jesus), martirizado em Jerusalém em 62 d.C.
Tema: A fé manifesta-se pelas obras
Data: Cerca de 45/49 d.C.



I Pedro

Esta é a primeira de duas cartas no Nt escritas pelo apóstolo Pedro ( 1.1; 2 Pe 1.1). Ele testifica que escreve sua primeira carta com a ajuda de Silvano (cuja forma contracta em grego é Silas), como seu escriba (5.12). O grego fluente de Silvano e seu estilo literário aparecem aqui, enquanto que, possivelmente, o grego menos esmerado de Pedro apareça na sua segunda epístola. O tom e o conteúdo  de 1 Pedro combinam com o que sabemos a respeito de Simão Pedro. Os anos que viveu em estreito convívio com o Senhor Jesus estão implícitos nas suas referências à morte de Jesus ( 1.11,19; 2.21-24; 3.18; 5.1) e à sua ressurreição ( 1.3,21; 3.21). Indiretamente, ele parece referir-se, inclusive, às ocasiões em que Jesus lhe apareceu na Galiléia, depois da ressurreição ( 2.25; 5.2a; cf. Jo 21.15-23). Além disso, muitas semelhanças ocorrem entre esta carta e os sermões de Pedro registrados em Atos.
Pedro dirige esta carta aos “estrangeiros dispersos” nas províncias romanas da Ásia Menor (1.1). Alguns destes, talvez hajam se convertido no dia de Pentecoste, ao ouvirem a mensagem de Pedro, e retornaram às suas respectivas cidades levando a fé que acabavam de conhecer (cf. At 2.9,10). Estes crentes são chamados “peregrinos e forasteiros” (2.11), relebrando-lhes, assim, que a peregrinação cristã ocorre num mundo hostil a Jesus Cristo; mundo este, do qual só podem esperar perseguição. É provável que Pedro escreveu esta carta em resposta a informes dos crentes da Ásia Menor sobre a crescente oposição a eles ( 4.12-16), ainda sem consentimento do governo ( 2.12-17).
Pedro escreveu de “Babilônia” ( 5.13). Isto pode referir-se literalmente à cidade de Babilônia, na Mesopotâmia, ou pode ser uma expressão figurada referente a Roma, o centro principal de oposição a Deus, no século primeiro. Embora Pedro possa ter visitado alguma vez a grande colônia de judeus ortodoxos em Babilônia, é mais consentânio entender, aqui, a presença de Pedro, Silas (5.12) e Marcos (5.13), juntos em Roma ( Cl 4.10; cf. os comentários de Pápias a respeito de Pedro e Marcos em Roma), no começo da década de 60, do que em Babilônia. Pedro escreveu mais provavelmente entre 60 e 63 d. C., certamente antes do terrível banho de sangue em Roma, ordenado por Nero (64 d. C.).

Autor: Pedro: na cidade de Babilônia
Tema: Sofrimento por amor de Cristo
Data: Cerca de 60-63 d.C.


II Pedro

Na saudação, Simão Pedro identifica-se como o autor da carta. Mais adiante ele declara aos seus leitores que esta é a sua segunda epístola (3.1), indicando assim que está escrevendo aos mesmos crentes da Ásia Menor, a quem dirigira a primeira epístola ( 1 Pe 1.1). Visto que Pedro, assim como Paulo, foi executado por decreto do perverso Nero (que, por sua vez, morreu em Junho de 68 d. C), é mais provável que Pedro escreveu esta epístola entre 66 e 68 d. C., pouco antes do seu martírio em Roma (1.13-15).
Alguns estudiosos do passado e do presente, ignorando certas notáveis semelhanças entre 1 e 2 Pedro e destacando, ao invés disso, as diferenças entre elas, supõem que não é de Pedro a autoria da carta. Essas diferenças de conteúdo, vocabulário, ênfases e estilo literário podem ser uma decorrência das diferentes circunstâncias de Pedro e de seus leitores, nas duas cartas. (1) As circunstâncias originais dos endereçados haviam mudado. Antes, ardia o fogo da perseguição movida  pela sociedade em derredor; agora, eram ataques vindos de dentro, através dos falsos mestres que ameaçavam os fundamentos da igreja: a verdade e a santidade. (2) As circunstâncias de Pedro também eram outras. Enquanto na primeira carta ele contou com a cooperação eficiente de Silvano na escrita ( 1Pe 5.12), parece que agora este último não estava disponível ao ser escrita esta segunda epístola. Talvez, Pedro tenha empregado seu próprio grego galileu singelo, ou serviu-se de um escriba menos hábil do que Silvano.      

Autor: Pedro: Roma (executado por Nero em Junho de 68 d.C.)
Tema: A verdade de Deus e o falso ensino dos homens
Data: Cerca de 66-68 d.C.



I João

Cinco livros do NT levam o nome de João: um Evangelho, três Epístolas e o Apocalipse. Embora João não se identifique pelo nome nesta Epístola, testemunhas do século II (e.g., Papais, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria) afirmam que ela foi escrita pelo apóstolo João, um dos doze primeiros discípulos de Jesus. Fortes semelhanças no estilo, no vocabulário e nos temas, entre I João e o Evangelho segundo João, sancionam o testemunho fidedigno dos cristãos primitivos, afirmando que os dois livros foram escritos pelo apóstolo João (ver introdução ao Evangelho segundo João).
Não há indicação dos destinatários desta carta, como também não há saudações, nem menção de pessoas, lugares ou eventos. A explicação mais provável dessa forma rara epistolar é que João escreveu de onde residia, em Éfeso, a certo número de Igrejas da província da Ásia, que estavam sob sua responsabilidade apostólica (cf. Ap 1.11).
Visto que as congregações tinham um problema comum e necessidade semelhantes, João escreveu esta Epístola como carta circular, enviando-a por um emissário pessoal, juntamente com suas saudações pessoais.
O assunto principal desta epístola é o problema dos falsos ensinos a respeito da salvação em Cristo e seu processo no crente, Certas pessoas, que anteriormente conviveram com os leitores da epístola, deixaram as congregações (2.19), mas os resultados dos seus falsos ensinos continuavam a distorcer o evangelho, quando a “saber” que tinham a vida eterna. Doutrinariamente, a sua heresia negava que Jesus é o Cristo (2.22; cf. 5.1) ou que Jesus veio em carne (4.2,3). Na área moral, ensinavam que não era necessário  à fé salvífica (cf. 1.6;5.4,5), a obediência aos mandamentos de Jesus (2.3-4; 5.3) e uma vida santa, separada ao pecado (3.7-12) e do mundo (2.15-17).
Autor: João em Éfeso
Tema: Verdade e Justiça
Data: Cerca de 85-95 d.C.

II João

O autor se identifica como o “ancião” (v. 1). Provavelmente, um título honroso atribuído ao apóstolo João nas duas décadas finais do século I, devido a sua idade avançada e sua respeitável posição de autoridade espiritual como o único dos doze apóstolos ainda vivo.
João dirige esta carta “à senhora eleita e a seus filhos” (v. 1). Alguns interpretam “a senhora eleita”, figuradamente, como uma Igreja local, sendo “seus filhos” os membros dessa igreja e sua “irmã, a eleita”(v. 13), como uma congregação idêntica. Outros interpretam a endereçada, literalmente, como uma viúva cristã de destaque, conhecida de João, numa das igrejas da Ásia Menor, sob seus cuidados pastorais. A família dessa senhora (v. 1), bem como os filhos da sua irmã (v.13) são pessoas de destaque entre as igrejas daquela região. Como as outras epístolas de João, 2 Jo provavelmente foi escrita de Éfeso, em fins da década de 80 ou no começo da década de 90 d. C..
Autor: João: escrita em Éfeso
Tema: Andando na verdade
Data: cerca de 85-95 d.C.


III João

João, o apóstolo amado, apresenta-se novamente como o “presbítero” (v. 1; ver introdução de 2 Jo). Esta carta pessoal é endereçada a um fiel cristão chamado Gaio (v. 1), talvez pertencente a uma das igrejas da Ásia Menor. Assim como as demais epístolas de João, 3 João foi certamente escrita em Éfeso, em fins da década de 80 d. C. ou início da década de 90 d. C..
Em fins do primeiro século, ministros itinerantes da igreja viajavam de cidade em cidade, sendo comumente sustentados pelos crentes que os acolhiam em casa e os ajudavam nas despesas de viagem (vv. 5-8; cf. 2 Jo 10). Gaio era um dos muitos cristãos dedicados que graciosamente acolhiam e auxiliavam ministros viajantes de confiança ( vv. 1-8). Ao mesmo tempo, um homem de projeção chamado Diótrefes resistia com arrogância à autoridade de João e recusava hospitalidade aos irmãos viajantes, enviados da parte deste. 

Autor: João: escrita em Éfeso pessoal a Gaio
Tema: Procedendo com fidelidade
Data: Cerca de 85-95 d.C.

Judas

Judas se identifica simplesmente como o “irmão de Tiago”(v. 1). Os únicos irmãos do NT que têm nomes de Judas e Tiago são os dois meio-irmãos de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3). Talvez Judas  mencionou Tiago porque a posição de destaque dos seu irmão, sendo dirigente da Igreja de Jerusalém serviria para esclarecer sua própria identidade e posição.
Esta curta epístola, porém de linguagem energética, foi escrita contra os falsos mestres, que eram abertamente antinominianos  (i.e., ensinavam que a salvação pela graça lhes permitia  pecar sem haver condenação) e que zombando, rejeitavam a revelação divina a respeito da Pessoa e da natureza de Jesus Cristo, segundo as escrituras (v.4). Dessa maneira, dividiam as igrejas, concernente à fé (vv.  19a, 22) e quanto à conduta (vv. 4,8,16). Judas descreve esses homens vis como “ímpios” (v. 15), que “não tem o Espírito” (v. 19).
O possível relacionamento entre Jd e 2 Pe 2.1 - 3.4 depende do fator data do primeiro. O mais provável é que Judas tinha conhecimento de 2 Pedro (vv. 17,18) e, daí, sua epístola se situaria psteriormente, i. e., entre 70-80 d. C.. Não está esclarecido sobre os destinatários, mas podem ter sido os mesmos de 2 Pedro ( ver introdução de 2 Pedro).
 
Autor: Judas (irmão de Tiago) meio irmão de Jesus
Tema: Batalhar pela fé
Data: Cerca de  70-80 d.C.



Apocalipse

O Apocalipse é o último livro do NT e singular entre os demais. Ele é, ao mesmo tempo, uma revelação do futuro (1.1,19), uma profecia (1.3; 22.7,10,18,19) e um conjunto de sete cartas (1.4,11;2.1 - 3.22). (“Apocalipse” deriva da palavra grega apokalupsis, traduzida por “revelação” em 1.1). O livro é uma revelação divina quanto à natureza do seu conteúdo, uma profecia quanto à sua mensagem e uma epístla quanto aos seus destinatários.
Cinco fatos importantes no tocante ao contexto deste livro são revelados no capítulo 1. (1) É a “revelação de Jesus Cristo” (1.1). (2) Essa revelação foi comunicada ao autor, de modo sobrenatural, por Cristo glorificado, por anjos e visões que ele teve (1.1, 10-18). (3) A comunicação foi concedida ao servo de Deus, João (1.1,4,9; cf. 22.8). (4) João teve as visões e recebeu a mensagem apocalíptica quando exilado na ilha de Patmos (80 quilômetros a sudoeste de Éfeso), por causa da Palavra de Deus e do testemunho do próprio João (1.9).  (5) Os destinatários iniciais foram sete igrejas da província da Ásia (1.4,11).
As evidências históricas e internas do livro indicam o apóstolo João como o seu autor. Irineu verifica que Policarpo (Irineu conheceu a Policarpo, e este conheceu o apóstolo João) referiu-se a João, escrevendo o Apocalipse perto do fim do reinado de Domiciano, imperador romano (81-96 d. C.).
O livro retrata as circustâncias históricas do reinado de Domiciano, o qual exigiu que todos os seus súditos lhe chamassem de “Senhor e Deus”. Sem dúvida, o decreto do imperador originou um confronto entre os que se dispunham a adorá-lo e os crentes fiéis que confessavam que somente Jesus era “Senhor e Deus”. Destarte, o livro foi escrito num período em que os crentes enfrentavam intensa perseguição por causa do seu testemunho. A tribulação aparece através do contexto do livro de Apocalipse (1.19; 2.10, 13; 6.9-11; 7.14-17; 11.7; 12.11,17; 17.6; 18.24; 19.2;20.4).  

Autor: João
Tema: A consumação do Conflito dos Séculos
Data: Cerca de 90-96 d. C. 














 

  

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