segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / O CORAÇÃO


O   CORAÇÃO
Jesus dizia sobre o reino dos céus em parábola a toda aquela multidões que estava diante dele:
“Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.
E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio.
Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?
Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio?
Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.”   Mat 13:24-30.
Jesus compara o Reino dos Céus a um homem que semeou boa semente no seu campo, mas que enquanto os homens dormiam, o inimigo daquele homem semeou joio no meio das suas sementes de trigo e, depois, se retirou.
O homem que é o dono do campo é Ele mesmo, Jesus de Nazaré, Aquele que Deus enviou para manifestar Sua Face, Sua Palavra aos homens  e trazer alimento as almas dos cansados e oprimidos.
O seu campo é o coração dos homens. É ali, no coração de quem ouve sua Palavra e crê, que ele semeia a boa semente.
A Boa Semente é a Palavra de Deus, que é viva e é Espírito. E se pela fé cremos nela e a guardamos, então quando entra nos nossos corações faz de nós santuários vivos do próprio Deus, por meio da nossa  fé em Cristo Jesus.
“O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”  João 6: 63.
 E o Reino dos Céus é “aquele homem” junto com o seu semear, a sua semente e também o trigo produzido.
O Trigo é o fruto do Espírito Santo em nosso coração.
Ou seja, o Reino dos céus é Jesus Cristo que sendo na forma de Deus, não teve por usurpação o ser igual a Deus, mas se aniquilando a si mesmo se fez servo, se tornando em forma de homem, para servir a Deus semeando a Sua Palavra nos corações dos homens que, então, aprovados pela fé passam a ser parte do seu Reino.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” Fp 2:5-11
 Por isso ele se faz “filho do homem”, filho no sentido de ser o fruto verdadeiro do homem, ou seja, o fruto verdadeiro que todo homem foi criado para dar, mas que pelo pecado não conseguiu.
Esse fruto, Jesus Cristo produz, pela sua perfeita santidade e comunhão com Deus, ainda que em forma de homem como se fez. Tendo Ele atingido, e só Ele, a estatura de varão perfeito diante do PAI, o único  filho em quem Deus se compraz.
Abrindo depois do seu sacrifício a possibilidade dos demais homens atingir essa estatura de graça diante de Deus, porém pela Sua própria presença habitando dentro de nós. Nós que pela fé em Cristo cremos e à Ele nos rendemos.
 “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” Efésios 4:13
 O Reino dos Céus é semelhante a “Ele na sua obra de semear a boa semente no seu terreno”, porque todos os homens e seus corações (o terreno) foram feitos por Ele e para Ele e, a Semente Santa e Incorruptível, é o seu próprio Espírito semeado dentro de nós.
 “…pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.” Col  1: 16.
“…pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” 1Pe 1:23
 Sendo que tanto Ele, sua Semente e os bons frutos  que nascem dela (o trigo) em sua terra, são uma coisa só: o seu Reino, que é Deus mesmo em todas elas.
 Por isso que é um só homem que planta:
 “O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo”
E são muitos os que dormem, na atuação contrária do inimigo:
 “mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.”
Porque o homem que plantou a boa semente não dorme. Mas em nós, nos que foram plantados (todos nós que recebemos com fé a boa notícia de Jesus Cristo), estes dormem.
Dormimos porque o pecado em nosso membros guerreiam contra a Santidade de Deus que agora habita em nós. E, por assim ser, é se esforçando que conseguimos entrar no Reino dos Céus. Em temor ao seu Nome.
 “A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.” Lucas 16:16
 Porque mesmo recebendo o Reino dos Céus no coração,  o Espírito de Deus, pois da semelhança do Reino e do Espírito está escrito…
 “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.”  Mat 12:28
(o Reino de Deus é aqui equiparado com o Espírito de Deus)
“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está entre de vós.” Lucas 17:20-21
 …mesmo assim, ainda carregamos aqui neste mundo o corpo do pecado, que é mortificado dia após dia.
Porém, enquanto o verdadeiro Dia (a Luz do Espírito Santo) não rompe a noite (nossa carne), somos muitas vezes alvejados por dardos que semeiam em nós sementes malignas (o joio), que vão crescendo em paralelo com a boa vontade de Deus dentro de nós, fazendo com que nossos membros, na carne, guerreiem contra o espírito e o espírito contra a carne.
 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.” Gal. 5:17 .
 Onde prevalecerá ou a carne para a morte ou o espírito para a vida. Dependendo da entrega de cada um de nós por amor a Cristo Jesus, para então o agir do amor de Deus em nossos corações prevalecer. [de nós depende a entrega, pois a Obra em nós só Ele pode fazer]
Sabendo que nessa guerra só poderá haver vitória na Justiça de Cristo em nós, e não mais na nossa própria força em si mesma. Mas toda nossa força e todo nosso coração rendidos à Vontade e a Força de Cristo Jesus em nós. Porque a força está Naquele que está em nós.
 Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”  1 Jo 4:4.
 O Inimigo de Jesus Cristo é Satanás, quem semeia o Joio.
 Nessa dor para que “nasça” o Filho de Deus em nós, dia após dia (como dores de parto), muitas vezes adormecemos por fora.
Nos embriagamos na carne, diante da pressão do mundo.
Porém, sendo mesmo seus escolhidos, devemos estar sempre com o coração velando por Jesus, pela voz do nosso Amado.
Tudo numa luta mais e mais intensa, como uma mulher que tem suas contrações da gravidez aumentadas quanto mais perto está para dar à luz o filho.
É assim que diz o Espírito Santo, por meio de Salomão, no livro Cântico dos cânticos, diz numa alusão ao amor entre a verdadeira Esposa de Cristo Jesus, sua Igreja, e Ele:
“Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite.” Cantares 5:2
 [Sabendo que sua verdadeira Igreja é o coração de cada um de nós em quem Ele escolheu para habitar.]
 Nessa luta para que Ele resplandeça em nós, por mais que venhamos adormecer por fora, estamos constantemente com o coração “velando” por Ele, por sua Voz durante toda “a noite” da nossa aflição neste mundo. Por que é assim com os que de verdade amam a Jesus Cristo.
 Assim,  é quando os homens dormem, que o Inimigo semeia a má semente (que dão nas obras da carne: rixas, divisões, inveja, prostituição, mentira, ira, rancor…)


“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” . Gal 5:19.
Também é quando a semente boa cresce e começa a dar frutos em nós que também toda semente má se manifesta para tentar atrapalhar.
“E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio.”
Mas nisso vemos mais uma vez Jesus Cristo sendo glorificado.
Pois mostra que justamente por tanta luta, com tantos ataques em nossas fraquezas, aqueles bons frutos que produzimos não poderiam ser da nossa própria terra (de nós mesmos), mas são frutos da Boa Semente ali plantada (do Espírito Santo em nós).
Assim também, a cada fraqueza que resistimos, a cada tombo de que Deus nos levanta, no nosso constante arrependimento, em todo romper, é mostrado a toda Criação que Deus pode fazer de seres frágeis e pequenos como nós primícias de toda sua Criação,  fontes dos melhores frutos que glorificam a Deus, mesmo em meio a tanta luta e fraqueza.
“Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. “  2 Corintios 4:6-7.
Os servos do dono da casa são os anjos de Deus, que servem a Jesus.
Eles questionam:
“Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?”
Jesus responde:
“Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso.”
E então perguntam novamente:
“Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio?”
Ou seja,
Os anjos se indignam e dizem:
- Mas Senhor, não puseste nestes homens que creram no teu Nome teu próprio Espírito, sendo Eles agora primícias de toda Sua Criação? Porque então tais frutos?
E então Jesus diz:
- Satanás fez isso com eles, semeando coisas más.
E então eles perguntam para Jesus se não quer que eles destruam essa afronta ao seu Nome,  pelo  mal que é produzido na sua terra.
E Jesus, numa misericórdia e num amor muito mais excelente que dos anjos responde, em sua infinita Sabedoria:
Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.”
Assim pois, quando vier novamente o Senhor Jesus nos céus, com os seus anjos da ceifa,
“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.”
Mat 24:30-31.
…será queimado todo fruto mal junto e, o que ficar em nós de Jesus Cristo, será guardado em seu Celeiro, no seu Reino, que é guardado e revestido do seu próprio Espírito, o único “metal mui precioso” que resistirá ao fogo da Sua presença.
Temamos pois isso, sabendo que o que edificamos fora de Jesus desaparecerá.
(toda: auto-justiça, religiosidade de homens, conhecimento da própria mente carnal como se fosse verdadeiro conhecimento de Deus, prostituições, mentiras… )
E sofreremos suas perdas, dolorosamente, como que passados pelo fogo.
Quando então ficará de nós para Eternidade só aquilo que cresceu e frutificou em Jesus, Dele em nós, debaixo da sua graça e misericórdia.
Sabendo ainda que, se junto com a nossa carne deixarmos sair também o nosso coração da Sua Palavra e amor, então será isto como se destruíssemos o seu Templo.
E, neste caso, já não há o que ser salvo em tal homem, porque é do coração que provém as fontes da vida. Restando neste caso apenas a terrível expectativa da condenação e do fogo eterno.
Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.
Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo. Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” 1 Corintios  3:11-17.
E se é assim que nós seremos salvos em Cristo, temendo a Deus para não sair da sua singeleza, misericórdia e do amor ao próximo; imaginemos então o que não será daqueles que nem a Cristo Jesus tem?
Que Jesus Cristo, nosso Pai e Justificador de nossas faltas, possa nos guardar de todo mal e nos livrar de todas nossas fraquezas e tentações. Para que então todos juntos, como seus pequeninos, possamos estar com Ele no seu Reino e desfrutar do seu amor para todo sempre, amém!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / SINAISDE QUE JESUS VOLTARÁ EM NOSSOS DIAS

 
SINAIS DE QUE JESUS VOLTARÁ EM NOSSO DIAS

Depois de Jesus ter assegurado a Seus discípulos que Ele voltaria ao nosso mundo uma segunda vez (Mateus 23:39), o que eles Lhe perguntaram?
"Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será O SINAL DA TUA VINDA e do fim dos tempos?". Mateus 24:3 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Jesus respondeu clara e positivamente a essa pergunta. No capítulo 24 de Mateus no capítulo 21 de Lucas, Ele pessoalmente mostra vários "sinais" ou evidências pelas quais podemos saber quando Sua vinda estiver próxima. Outras profecias bíblicas ajudam a completar o quadro, detalhando as condições do mundo pouco antes da volta de Cristo. Como veremos, essas profecias estão se cumprindo diante de nossos olhos; elas indicam que o retorno de Jesus a esta terra está bem próximo.
Vejamos dez sinais preditos na profecia bíblica e que indicam que o céu se aproxima. Então, veremos que perguntas uma pessoa que esteja trilhando esse caminho pode se fazer quando os lê.
ANGÚSTIA, TERROR, PERPLEXIDADE

Há mais de dezenove séculos atrás, Jesus deu uma descrição profética da vida contemporânea tão verdadeira, que parece que ele estava lendo os jornais da atualidade.
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, AS NAÇÕES ESTARÃO EM ANGÚSTIA E PERPLEXIDADE com o bramido e a agitação do mar. OS HOMENS DESMAIARÃO DE TERROR, APREENSIVOS COM O QUE ESTARÁ SOBREVINDO AO MUNDO; e os poderes celestes serão abalados. ENTÃO, SE VERÁ O FILHO DO HOMEM vindo numa nuvem com poder e grande glória. Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês". Lucas 21:25-28
Não poderia haver uma descrição mais precisa sobre o mundo atual do que esta: "Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo". Armas nucleares são capazes de destruir completamente o planeta. E se, por acaso, alguns terroristas conseguirem se apossar de alguma ogiva nuclear?
Jesus nos dá um fundamento para nossa esperança nessa era de calamidades. A crise atual do planeta, "angústia e perplexidade", apenas reforça a verdade de que a volta de Cristo está "próxima". As pessoas hoje freqüentemente murmuram com frustração: "Vejam no que o mundo se tornou!" Mas o estudante das profecias bíblicas pode exclamar com esperança: "Vejam QUEM está próximo de vir ao nosso mundo!".



CALAMIDADES MUNDIAS

Como os desastres naturais se encaixam nos eventos dos últimos dias?
"Haverá grandes TERREMOTOS, FOMES e PESTES em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu... Quando virem essas coisas acontecendo, saibam que O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO". Lucas 21:11, 31
Pense por um momento sobre a fome. Imagens de crianças famintas, em pele e osso aparecem regularmente nos jornais. É muito estranho pensar que um mundo que pode mandar homens à lua, NÃO POSSA alimentar todos os seus habitantes, não é? Jesus sabia que a fome persistiria, e que a natureza humana orgulhosa ficaria ainda pior quando chegasse o final dos tempos.
E quanto aos terremotos? De acordo com o Almanaque Mundial de 1999, século após século da era cristã tem apresentado um aumento substancial nos grandes terremotos: No século 18, 6 grandes terremotos; no século 19, 7; no século 20, mais de 100. Assim, as evidências crescem mais dramaticamente à medida que nos aproximamos mais e mais dos dias atuais.
Esses incidentes confirmam a profecia de Jesus. As fomes e os grandes terremotos estão ficando cada vez mais freqüentes - o reino de Deus está próximo! Será que nosso século atual trará mais de uma centena de terremotos, ou será que trará a volta do Rei dos Reis?
O ACÚMULO DE RIQUEZAS
O que significa a realidade de que a riqueza concentra-se na mão de cada vez menos pessoas, enquanto que a pobreza torna-se cada vez mais comum entre as pessoas?
"Vocês acumularam bens nestes últimos dias". Tiago 5:3
Apesar de todos os planos econômicos, os ricos continuam a ficar mais ricos, e os pobres a ficar mais pobres. As fortunas multimilionárias de algumas pessoas são outro sinal que nos mostra que a "vinda do Senhor está próxima". (versículo  8)
AGITAÇÃO CIVIL
Por que tem crescido tão acentuadamente o descontentamento e a agitação entre os empregados e empregadores?
"Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos, e que vocês retiveram com fraude, está clamando contra vocês. O LAMENTO DOS CEIFEIROS [trabalhadores] CHEGOU AOS OUVIDOS DO SENHOR DOS EXÉRCITOS. Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a VINDA DO SENHOR ESTÁ PRÓXIMA". Tiago 5:4, 8
Depois de predizer um acúmulo sem precedentes de riqueza em nossos dias, Tiago previu uma agitação civil da parte dos trabalhadores descontentes. A tensão entre os que têm e os que não têm continua a crescer. Eis aí outro sinal de que "a vinda do Senhor está próxima".
DECADÊNCIA MORAL
Por que o nível moral de nossa sociedade para estar se extinguindo?
"Saiba disto: nos ÚLTIMOS DIAS sobrevirão TEMPOS TERRÍVEIS. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder... Contudo, OS PERVERSOS E IMPOSTORES IRÃO DE MAL A PIOR, ENGANANDO E SENDO ENGANADOS". II Timóteo 3:1-5, 13
Será que alguém poderia pensar numa descrição mais precisa de nosso mundo do que esta? Aponte a máquina fotográfica para qualquer direção atualmente e você obterá uma foto do materialismo arrogante. Você terá uma imagem da chocante realidade do abuso e molestamento de crianças. Você terá incontáveis cenas de jovens descontrolados, crianças em idade juvenil já matando e aleijando sem razão. Todas essas coisas formam uma galeria de imagens que proclama em voz alta que Jesus em breve virá.
DIVULGAÇÃO DO OCULTISMO
Porque estamos vendo uma explosão de interesse no ocultismo?
"Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos". Mateus 24:24
Essas passagens predizem que o tempo do fim terá todo tipo de milagres e sinais, uma manifestação enganosa do sobrenatural. Bruxas e magos aparecem em programas de televisão. Seguidores da Nova Era estão por todo lugar, vendendo cristais mágicos e entrando em contato com espíritos que já se foram. Sinais e maravilhas de engano estão por todos os lugares. Tudo isso esclarece ainda mais que, como foi predito por Jesus, estamos vivendo no tempo da "vinda do Filho do Homem" (verso 27)
UM DESPERTAMENTO DO MUNDO
Qual é o significado do grande reavivamento religioso que está ocorrendo na África, no Oriente Médio, na Europa Oriental, e nas nações da Ásia?
"DESPERTEM, NAÇÕES,... Lancem a foice, pois a colheita está madura... tão grande é a maldade dessas nações! Multidões, multidões no vale da Decisão! POIS O DIA DO SENHOR ESTÁ PRÓXIMO, no vale da Decisão". Joel 3:12-14
Hoje, nos países da Ásia, África, Europa Oriental, Antiga União Soviética e Oriente Médio, pode-se testemunhar o que talvez seja o mais abrangente despertar religioso das nações de que se tem registro na história, pois "o dia do Senhor se aproxima".
OS PLANOS DE PAZ E AS PREPARAÇÕES PARA A GUERRA
Vivemos num mundo estranho. Todos concordam que precisamos dar uma chance para a paz. Falamos de paz; contudo, hostilidades não expressadas, e que já duram vários séculos, explodem em conflitos abertos. Os profetas Miquéias e Joel predisseram que ao mesmo tempo em que as nações falassem de paz (Miquéias 4:1-3), a desconfiança nos outros os compeliria à guerra (Joel 3:9-13).
Há muito tempo atrás, a Bíblia apresentou nosso dilema entre guerra-paz, e declarou que a paz permanente se tornaria real apenas quando Jesus voltar.
O PROGRESSO MODERNO
Por que, após séculos da história humana, os sistemas de transportes e de comunicações aproximaram tanto o mundo?
"ATÉ O TEMPO DO FIM. Muitos irão por todo lado em busca de maior conhecimento". Daniel 12:4
Daniel aqui indica que o conhecimento de suas profecias aumentaria "até o tempo do fim". Mas, essa profecia também parece apontar diretamente para nossa era de informação computadorizada. O conhecimento em todas as áreas tem aumentado à velocidade da luz nos anos recentes. Tem havido mais mudanças nos últimos cinqüenta anos do que nos dois mil anteriores.
"MUITOS IRÃO POR TODO LADO em busca de maior conhecimento". Antes de 1850, as pessoas andavam por aí em cavalos e charretes, quase igual ao que tinham feito desde o princípio dos tempos. Agora, quebramos a barreira do som e cruzamos o planeta em qualquer coisa, desde aviões Concordes até naves espaciais.
O aumento das viagens e a recente enxurrada de invenções nos dão mais evidências de que estamos vivendo no "tempo do fim".
O EVANGELHO POR TODO O MUNDO
Jesus profetizou que pouco antes da Sua vinda, o evangelho alcançaria todo o mundo:
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim". Mateus 24:14.
Por décadas, quase metade do planeta esteve com as portas fechadas para o Evangelho por causa da cortina de ferro. Então, quase que da noite para o dia, a Europa Oriental se libertou das cadeias de ferro do comunismo. O muro de Berlim caiu, e o poderoso Império Soviético se dividiu. Em pouco tempo, praticamente metade do planeta abriu os braços para receber o evangelho.
O evangelho está verdadeiramente sendo espalhado por "todo o mundo" como nunca foi visto antes. Através do satélite, a mensagem cristã está sendo apresentada simultaneamente para praticamente todas as nações da terra. Estamos vivendo nos dias preditos por Jesus quando declarou: "Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo" e "então virá o fim".
QUANTO TEMPO FALTA PARA A VOLTA DE JESUS?
Depois de descrever os eventos que caracterizariam o tempo que precederia Sua segunda vida, Jesus concluiu sua mensagem dizendo:
"Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam". Mateus 24:34
A conclusão é óbvia: a geração retratada por esses sinais da profecia veriam o retorno de Jesus à terra. Não falta muito mais para que Ele venha purificar do pecado e extinguir o sofrimento, estabelecendo Seu reino eterno. Contudo, Jesus avisa: "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe". (verso 36).
E Ele continua:
"Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora em que vocês menos esperam". Mateus 24:44
JESUS, A ÚNICA ESPERANÇA DO MUNDO
Cristo é a última e única esperança para nosso mundo, pois somente Ele pode lidar com a única coisa que verdadeiramente nos destrói - o pecado. Jesus morreu no Calvário para tornar possível vencermos o mal e libertar todos os que respondem à Sua oferta de salvação.
"Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo". I João 3:8
Nosso Salvador criou uma alternativa para nosso mundo despedaçado pelo sacrifício de Sua própria vida e o derramamento de Seu sangue. E o mesmo Jesus, que algum dia nos dará cura para todas as doenças do mundo através da destruição do pecado, se oferece agora mesmo para apagar a culpa do pecado da sua vida. Você não precisa esperar pela Segunda Vinda para encontrar libertação da culpa, da ansiedade, e do comportamento destrutivo. Jesus está disposto a lhe conceder Sua bondosa paz nesse exato momento.
Ao ir a uma reunião religiosa, uma jovem mulher se sentiu tocada de maneira particular pela apresentação do evangelho. Enquanto ouvia a história da vinda do nosso Salvador, todas peças do quebra cabeça que era a sua vida começaram a se encaixar. Isso fazia sentido. Ela descobriu que tinha buscado amor, felicidade e paz em todos os lugares errados. Jesus tinha de ser a resposta.
No dia seguinte, quando o evangelista e seu associado foram visitá-la, ela desabafou com eles e lhes contou uma história de vida que estava amargurada e partida em pedaços. Ela havia descido ao fundo do poço como alcoólatra, e estava sobrevivendo através da prostituição. Depois de descrever seus problemas, ela soluçando disse: "Você realmente falou para mim ontem à noite".
Mas a voz que tinha alcançado o coração dela era a voz de Deus. E Ele estava falando gentilmente. Ela decidiu depositar todo aos Seus pés. Ela convidou Cristo a entrar em seu coração e ser o Salvador e Senhor da sua vida, de forma que ela também pudesse partilhar da esperança do Seu breve retorno.
Nas semanas que se seguiram, ela começou a perceber que seus muitos medos e inseguranças, a que sempre buscava esquecer através da bebida, desapareciam quando ela passava tempo se comunicando com Jesus. Ele começou a libertá-la das compulsões que destruíam sua vida.
Ela tinha feito muitas coisas das quais não se orgulhava, mas a graça e o perdão de Cristo se mostraram mais fortes que sua vergonha. A experiência do ladrão na cruz significou muito para ela. Nas suas últimas e desesperadoras horas, ele se virou para o Sofredor Inocente ao seu lado e pediu: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no Teu reino". (Lucas 23:42)
Jesus imediatamente respondeu ao ladrão, prometendo que ele teria um lugar no paraíso (verso 43). O mesmo Jesus que graciosamente ofereceu perdão para um ladrão que estava morrendo, oferece a você agora mesmo a salvação, o perdão total e a paz de espírito. Descubra isso por você mesmo hoje.
Você também pode orar como um ladrão na cruz: "Jesus, lembre-se de mim quando vieres buscar os santos para o Teu reino". E Jesus responderá: "Quando Eu retornar, você estará comigo no paraíso".


ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / A TRIBO DE DAN

 
A TRIBO DE DAN



A impressionante historia do povo de Israel é uma fonte de profundos ensinamentos espirituais. Desde o seu estabelecimento, por Deus, como nação escolhida, até às aplicações que fazemos nos dias de hoje ao povo que fielmente aguarda a volta de Jesus, somos presenteados com um banquete de lições cujo conteúdo implica valor eterno.

Por vezes, há pormenores que nos escapam numa leitura superficial ou mesmo detalhada mas somente num único aspeto. Uma análise aprofundada permite recolher elementos que não apenas nos surpreendem, mas demonstram que Deus nada deixa ao acaso e todas as Suas ações são de grande significado e importância para nós.

É o que acontece quando nos debruçamos sobre as tribos de Israel, nomeadas após os filhos de Jacó. E, entre tudo o que daqui podemos receber, uma delas merece a nossa atenção neste artigo: a tribo de Dan.

Nesta descoberta, partiremos dos nomes dos filhos de Jacó. Segundo o relato bíblico, e conforme a ordem de nascimento - fundamental no conceito de família que havia naquele tempo e para o nosso estudo - eles foram:


Vemos que Jacó teve 12 filhos, da parte de diferentes mulheres. Chamo a atenção do leitor, desde já, para o fato de, pela ordem de nascimento, Judá ter sido o quarto filho e Dan o quinto.

Depois do tempo passado na escravidão do Egito, Deus finalmente decide entrar em cena e libertar o Seu povo, respondendo a um clamor de séculos. Após uma série de milagres e livramentos incríveis, o povo coloca-se em marcha rumo à Terra Prometida.



No entanto, Deus não permite que eles avancem de qualquer maneira; pelo contrário, Ele dá indicações específicas de como as diferentes tribos se deveriam ordenar pelo caminho. Essa ordem era conforme segue na segunda coluna (se quiser, compare com a primeira):


Algumas observações explicativas: as tribos de Aser e Naftali fazem parte da marcha mas não é indicado o lugar exato (apenas sabemos que não estavam em primeiro nem último lugar). A tribo de Levi não é mencionada por ter sido separada em exclusivo para o serviço no tabernáculo; a de José não é incluída - estas duas ausências são colmatadas com os nomes dos dois filhos de José (Efraim e Manassés).

Chamo a atenção do leitor para o seguinte: a ordem de marcha - indicada por Deus - tem várias alterações em relação à ordem de nascimento dos filhos de Jacó que seria, digamos assim, a ordem normal para as tribos se alistarem.

E, desde já, fica bem claro que Deus ordena que Judá siga em primeiro lugar e Dan em último, fechando o cortejo pelo deserto. Porque razão? Haveria alguma preferência especial pelos membros de Judá e desprezo pelos de Dan?

Não é difícil para ninguém constatar o seguinte: quem segue na frente é observado por todos os outros! Assim, Judá seria vista, a todo o momento, por todas as outras tribos que, seguindo atrás na marcha, tinham os olhos voltados para a frente dessa enorme massa de gente.

Então, porquê Judá na frente? Por uma simples, solene e majestosa razão: seria desta tribo que surgiria o Salvador do mundo (veja Mateus 1:1-16 - em especial os versos 2 e 16 -, e Apocalipse 5:5)! Jesus seria o Principal e Maior descendente de Judá!

Simbolicamente, Jesus é que seguia na frente, era Ele quem dirigia, comandava o povo pelos difíceis caminhos do deserto. E todos os outros, seguindo atrás, estariam sempre com os olhos colocados nesse Comandante!

Vejamos agora, com algum detalhe, porque Dan seguia em último lugar.

Pouco tempo antes de sua morte, Jacó chama os seus filhos para sobre cada um proferir a sua bênção. Estas são as palavras que ele dirigiu a Dan:

'Dan julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel. Dan será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás' (Génesis 49:16-17).

Estou certo que não preciso recordar ao leitor quem é, recorrentemente, tratado na Bíbia pela imagem da serpente - se precisar, veja Génesis 3:1-14, Apocalipse 12:9 e 20:2...

Mas veja também, em relação a Dan, a sentença que encontramos em Amós 8:14 'Os que juram pela culpa de Samaria, dizendo: Vive o teu deus, ó Dan; e vive o caminho de Berseba; esses mesmos cairão, e não se levantarão jamais'.

A propósito da culpa de Samaria, ideia esta associada a um tal 'deus de Dan', veja este texto de Oséias 8:5-6 'O teu bezerro, ó Samaria, te rejeitou; a minha ira se acendeu contra eles; até quando serão eles incapazes da inocência? Porque isso vem de Israel, um artífice o fez, e não é Deus; mas em pedaços será desfeito o bezerro de Samaria' (se achou algo confuso, leia apenas a parte sublinhada...).

Esta adoração errada entre o professo povo de Deus, é explicada com algum detalhe em I Reis 12:26-30. Leia atentamente este texto.

'E disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o reino à casa de Davi. Se este povo subir para fazer sacrifícios na casa do Senhor, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão, e tornarão a Roboão, rei de Judá. Assim o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro; e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. E pôs um em Betel, e colocou o outro em Dan. E este feito se tornou em pecado; pois que o povo ia até Dan para adorar o bezerro.'

Quer saber a quem cabia parte desta culpa? A resposta está em Juízes 18:30, onde lemos 'e os filhos de Dan levantaram para si aquela imagem de escultura...'

Recuperando o penúltimo texto, vemos que era atribuído àqueles bezerros o louvor por ter o povo saído do Egito (!!!) - que contraste com a introdução que Deus faz aos Santos e Eternos mandamentos, quando diz 'Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão' (Êxodo 20:2)...

A Escritura demonstra que Dan se afastou dos caminhos de Deus, dando lugar ao paganismo e à idolatria.

Não admira, portanto, que Deus tenha ordenado a sua colocação no último lugar do cortejo, numa posição onde todas as outras tribos, voltadas para a frente, não a contemplassem (nem as suas obras) enquanto deambulavam pelo deserto!

Mas, espantosamente, encontramos uma maior e mais trágica evidência da desaprovação de Deus em relação ao comportamento da tribo de Dan!

O livro de Apocalipse apresenta uma relação das tribos representadas na Nova Jerusalém, aquelas que foram seladas por Deus, livres das marcas do pecado e destruição final. Veja bem na coluna da direita (se quiser, compare com as outras), as tribos que são mencionadas na revelação dada a João.


Novamente Judá (leia-se, Jesus) comandando a marcha! Mas, há uma alteração fundamental: aparece Manassés (filho de José) no lugar de... Dan!

Ou seja, em última instância, o afastamento de Deus provoca a perda da vida eterna! Quando, pelas nossas escolhas nos desviamos do caminho que Deus indica e construímos deuses que colocamos no lugar do Criador, por fim, Ele não permitirá a nossa entrada no lar eterno!

Caro leitor, se sente que a sua vida ainda não está de acordo com o propósito divino, não desanime; mas atue de imediato e procure alterar o rumo da sua vida, enquanto há tempo!

Quero relembrar-lhe um dos mais famosos membros da tribo de Dan: Sansão (veja Juízes 13). Sim, um homem separado por Deus para um serviço especial, mas que fracassou por ter feito escolhas contra a vontade de Deus.

Mas eis que, depois de passar por um descalabro terrível, no último momento os seus olhos e a sua mente de novo se voltaram para o Deus que por tanto tempo esquecera, e Ele atendeu a sua oração (Juízes 16:28-30).

Semelhantemente, a sua vida não tem de terminar em tragédia como a de Sansão; pois ainda está a tempo de suplicar ao Senhor que transforme a sua vida e não o conte entre os da tribo de Dan!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SERMÕES DE JOHN WESLEY - 21 -SOBRE O SERMÃO DO MONTE - PARTE 1

Sobre o Sermão do Monte – 21 - Parte I
John Wesley

'Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos: E ele abriu sua boca, e falou com eles dizendo': "Abençoados sejam os pobres de espírito: para eles será o reino dos céus. Abençoados são aqueles que choram: porque eles serão consolados". (Mateus 5:1-4)

1. Nosso Senhor tinha 'percorrido quase toda a Galiléia', (Mateus 4:23), começando no tempo 'em que João havia sido lançado na prisão' (Mateus 4:12), não apenas 'ensinando em suas sinagogas, e pregando o Evangelho do reino', mas igualmente, 'curando toda forma de enfermidade, e todas os tipos de doenças entre o povo'. Foi como conseqüência natural disto, que 'o seguiu uma grande multidão: da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e da região além do Jordão' (Mateus 4:25). 'E vendo a multidão', que nenhuma sinagoga poderia conter, mesmo que houvesse alguma à mão, 'ele foi para as montanhas', onde havia um lugar para todos que vieram até ele, de todos os cantos. 'E, quando ele se assentou', como era costume dos judeus, 'seus discípulos vieram até ele. E ele abriu sua boca', (uma expressão denotando o começo de um discurso solene), 'e ensinou a eles, dizendo:' --

2. Vamos observar, quem é este que está aqui falando, e poderemos dar atenção ao que ouvimos: Trata-se do Senhor dos céus e terra; o Criador de tudo; que,. como tal, tem o direito de dispor de todas suas criaturas; o Senhor, nosso Governador, cujo reino é para sempre, e reina sobre tudo; o grande Legislador; quem pode bem impingir todas as suas leis, sendo 'capaz de salvar e de destruir', sim, punir com a 'destruição eterna, de sua presença e da glória de seu poder'. Trata-se da Sabedoria eterna do Pai, que sabe para o que fomos feitos, e entende nossa mais íntima estrutura: que conhece como nos posicionamos com relação a Deus; ao outro; a todas as criaturas que Deus tem feito, e, conseqüentemente, como adaptar cada lei que ele prescreve, para todas as circunstâncias nas quais ele tem nos colocado.

Trata-se daquele, que 'ama cada homem; cuja misericórdia é sobre todas as suas obras'; o Deus do amor, que tendo esvaziado a si mesmo de sua glória eterna, veio de seu Pai declarar sua vontade para com todos os filhos dos homens, e, então, retornou ao Pai; aquele que é enviado de Deus 'para abrir os olhos do cego, e dar luz àqueles que estão na escuridão'. É o grande Profeta do Senhor, concernente a quem Deus declarou solenemente muitos anos atrás: 'E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele'. (Deut. 18:19), ou como o Apóstolo expressa: 'Toda a alma que não ouvir este Profeta, deverá ser destruído de entre as pessoas'. (Atos 3:23).   

3. E o que Ele está ensinando? O Filho de Deus, que veio dos céus, está aqui mostrando-nos o caminho para o céu; para o lugar que Ele tem preparado para nós; a glória que Ele tem, mesmo antes do mundo. Ele nos está ensinando o verdadeiro caminho para a vida eterna; o caminho real que nos conduz ao reino; e o único caminho verdadeiro, -- já que não existe outro além; todos os demais conduzem à destruição. Do caráter do Orador, nós estamos bem seguros de que ele tem declarado a perfeita e completa vontade de Deus. Ele não tem afirmado coisa alguma mais – nada mais do que ele recebeu do Pai; nem muito menos, -- Ele não tem evitado declarar toda a deliberação de Deus; muito menos, ele tem afirmado alguma coisa errada; alguma coisa contrária à vontade daquele que o enviou. Todas as suas palavras são verdadeiras e corretas, concernentes a todas as coisas, e deverão permanecer para sempre e sempre.

Nós podemos facilmente notar, que, em explicar e confirmar esses dizeres fiéis e verdadeiros, ele toma cuidado para refutar não apenas os erros dos Escribas e Fariseus, que, então, faziam comentários falsos, por meio dos quais os professores judeus daqueles tempos tinham pervertido a Palavra de Deus, mas todos os erros práticos, os quais eram inconsistentes com a salvação, que poderiam se levantar na Igreja Cristã; todos os comentários, por meio dos quais os Professores Cristãos (assim chamados) de alguma época ou nação poderiam perverter a Palavra de Deus, e ensinar às almas descuidadas a buscar a morte no erro de suas vidas.

4. E daí, nós somos naturalmente conduzidos a observar, quem eram aqueles que Ele está ensinando. Não apenas aos Apóstolos; se assim fosse, ele não precisaria ter ido até as montanhas. Uma sala na casa de Mateus, ou algum de seus discípulos poderia conter todos os Doze. Nem, de forma alguma, parece que os discípulos que vieram até ele eram apenas os Doze. Sem colocar qualquer ênfase sobre a expressão, pode ser entendido que se trata de todos os que desejaram aprender dele Mas, para colocar isto fora de toda questão, e tornar inegavelmente claro que, onde é dito, 'Ele abriu sua boca e ensinou a eles', a palavra eles inclui toda aquela multidão que seguiu com Jesus até a montanha, nós precisamos observar os versos conclusivos do Capítulo sétimo: 'E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas'. (Mateus 7:28-29).

E não apenas para aquela multidão que estava com Ele no monte, aos quais Jesus agora ensinava o caminho da salvação; mas a todos os filhos dos homens; toda a raça da humanidade; os filhos que já nasceram; e todas as gerações que estavam por vir; mesmo para o fim do mundo, e aos que nunca ouviram palavras como esta na vida. 

5. E isto todos os homens concordam, com respeito a algumas partes do discurso resultante. Nenhum homem, por exemplo, nega que o que ele disse de pobreza de espírito refere-se a toda a humanidade. Mas muitos têm suposto que outras partes, dizem diretamente apenas aos Apóstolos, ou aos primeiros Cristãos, ou aos Ministros de Cristo; e nunca foram designadas para a generalidade dos homens que, conseqüentemente, não tinha coisa alguma a ver com elas, afinal.

Mas nós não podemos justamente inquirir, quem foi que disse isto a eles - que algumas partes concernem apenas aos Apóstolos, ou aos Cristãos da era apostólica, ou aos Ministros de Cristo? Expor afirmações não é uma prova suficiente para estabelecer um ponto de tão grande importância. Então, foi o próprio nosso Senhor que nos ensinou que algumas partes do discurso não dizem respeito à toda a humanidade? Se tivesse sido assim, sem dúvida, Ele teria nos dito; Ele não poderia ter omitido uma informação tão necessária. Mas ele nos disse dessa forma? Onde? No próprio discurso? Não! Aqui não existe a menor insinuação disto. Ele teria dito em algum outro lugar? Em alguma outra parte dos seus discursos? Nenhuma palavra que sugira isto nós podemos encontrar em alguma coisa que ele tenha falado – tanto para as multidões, quanto para os discípulos. Algum dos Apóstolos, ou outros escritores inspirados deixaram tal instrução registrada? Não tal coisa. Nenhuma afirmação desse tipo é encontrada em todos os oráculos de Deus. Quem, então, são os homens que são mais sábios do que Deus? – tão sábios que estão acima do que está escrito?  

6. Talvez eles irão dizer que a razão da coisa requer tal restrição a ser feita. Se for assim, deve ser sobre um desses dois relatos; porque, sem tal restrição, o discurso seria aparentemente absurdo, tanto quanto contradiria alguma outra escritura. Mas este não é o caso. Claramente irá aparecer, quando nós estivermos examinando as diversas particularidades, que não há absurdo, afinal, em aplicar tudo o que nosso Senhor tem aqui entregue para toda a humanidade. Nem irá inferir qualquer contradição a qualquer coisa que ele tenha entregue; nem a alguma outra escritura tão pouco. Mais ainda: irá aparecer, mais além, que todas as partes desse discurso devem ser aplicadas a todos os homens em geral, e não parte deles; vendo que eles estão todos conectados; todos unidos como as pedras em uma colunata; as quais você não pode tirar uma fora, sem destruir toda a estrutura.

7. Nós podemos, por fim, observar, como nosso Senhor ensina aqui. E, certamente, como em todo o tempo, e, particularmente neste, Ele fala¸'como nenhum homem falou antes'. Nem como os homens santos do passado; embora eles também falassem, 'como que movidos, pelo Espírito Santo'. Nem como Pedro, ou Tiago, ou João, ou Paulo: eles eram realmente sábios arquitetos em suas igrejas; mas, ainda assim, nos patamares da sabedoria divina, o servo não é como seu Senhor. Não; nem mesmo como ele próprio, em algum outro tempo, ou em alguma outra ocasião. Não parece que fosse sempre seu objetivo, em algum outro momento ou lugar, estabelecer, de uma só vez, todo o plano de sua religião; nos dar um panorama completo do Cristianismo; para descrever amplamente a natureza daquela santidade, sem o que nenhum homem poderá ver o Senhor. Ele tem realmente descrito, em milhares de ocasiões diferentes, as ramificações particulares disto; mas nunca antes, além daqui, ele forneceu, deliberadamente, uma visão geral do todo. Mais ainda, nós não temos coisa alguma como esta, em toda a Bíblia; a menos que alguém exclua aquele pequeno esboço de santidade entregue por Deus, naquelas Dez Palavras, ou Mandamentos de Moisés, no monte Sinai. Mas, mesmo aqui, quão larga diferença existe entre um e outro! 'Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória. (2Cor 3:10).

8. Acima de tudo, com que amor surpreendente, o Filho de Deus revela aqui a vontade de seu Pai para o homem! Ele não nos traz novamente 'para o monte que queima com fogo, nem para a negridão, e escuridão e tempestade'. Ele não fala como quando ele 'trovejou dos céus'; quando o Altíssimo 'despejou seus trovões, granizos e carvões de fogo'. Ele agora se dirige a nós com sua voz ainda pequena, -- 'Abençoados', ou felizes, são os pobres em espírito'. Felizes são os que choram; os mansos; aqueles que têm fome de retidão; os misericordiosos; os puros de coração: Felizes em seus resultados; no caminho; felizes nessa vida; e na vida eterna! Como se ele tivesse dito: 'Quem é ele que, entregando-se à luxúria para viver, com prazer, verá bons dias? Observem: eu mostro a vocês aquilo que suas almas almejam! Vejam o caminho que vocês buscaram, tanto tempo, em vão; o caminho do deleite; o caminho da calma; da paz jubilosa; do paraíso abaixo e do paraíso acima!',

9. Ao mesmo tempo, com que autoridade ele ensina! Bem poderiam eles dizer: 'Não como os escribas'. Observem a maneira, o servo de Deus; não como Abraão, seu amigo; não como algum dos Profetas; nem como quaisquer dos filhos dos homens. É alguma coisa mais do que humana; mais do que pode concordar algum ser criado. Ele fala, como um Criador, afinal! Um Deus; um Deus visível! Sim; o Uno; o Onisciente; Jeová; o Onipotente; o Supremo; o Deus que está sobre todos, abençoado para sempre!

10. Esse discurso divino, entregue, no método mais excelente, com todas as partes subseqüentes, ilustrando aquelas que precedem, é, comumente, e não impropriamente, dividido em três ramificações principais: A Primeira, contida no quinto, -- A segunda, no sexto, -- e a Terceira, no sétimo capítulo. 

I – Na Primeira, a soma de toda a religião verdadeira é colocada, em oito pormenores, que são explicados e guardados contra as interpretações falsas do homem, nas partes seguintes do quinto capítulo.

II – Na Segunda, estão as regras para aquele propósito correto, que nós deveremos preservar, em todas as nossas ações exteriores; não misturadas com desejos mundanos, ou cuidados ansiosos, até mesmo, para com as necessidades da vida.

III – Na Terceira, estão as precauções contra as principais obstruções da religião, estritas com uma aplicação do todo. 

I

1. Nosso Senhor, Primeiro, estabelece a soma de toda religião verdadeira em oito pormenores, que ele explica e guarda contra as interpretações falsas dos homens, para o final do quinto capítulo.

Alguns têm suposto que ele designou, nesses, apontar os diversos estágios do curso cristão; os passos que um cristão toma sucessivamente em sua jornada para a terra prometida; -- outros, que todas as particularidades aqui colocadas pertencem, todo o tempo, a todos os cristãos. E por que nós não podemos aceitar tanto uma, quanto a outra? Que inconsistência existe entre elas? Sem dúvida, é verdade que, tanto a pobreza de espírito, quanto todos os outros temperamentos que estão aqui mencionados, são encontrados, em um grau maior ou menor, o tempo todo, e em todo cristão real. E é igualmente verdade que o Cristianismo verdadeiro sempre começa na pobreza de espírito, e segue na ordem aqui colocada, até que o 'homem de Deus seja feito perfeito'. Nós começamos com o menor desses dons de Deus; ainda que não para desistir disso, quando somos por Deus, para irmos para mais alto: Mas o que já temos alcançado, seguramos firmes, 'enquanto prosseguimos, para o que ainda está mais à frente, para as mais altas bênçãos de Deus em Jesus Cristo.

2. O fundamento de tudo é a pobreza de espírito: Aqui, por conseguinte, nosso Senhor começa: 'Abençoados', diz ele,' são os pobres de espírito;porque deles é o reino dos céus'.              

Não se pode supor, que nosso Senhor olhou aqueles que estavam ao redor dele, e, observando que os ricos não estavam lá, mas os pobres do mundo, ele aproveitou a oportunidade de fazer uma transição das coisas temporais para as espirituais. 'Abençoados', diz ele, (ou felizes, -- então, a palavra poderia exprimir ambos os significados, neste verso e nos versos seguintes) 'são os pobres de espírito'. Ele não diz, eles que são pobres, como circunstâncias exteriores, -- não sendo impossível, que alguns desses possam estar tão longe da felicidade quanto um monarca encima de seu trono; mas, por 'pobre em espírito', -- eles que, quaisquer que sejam as circunstâncias exteriores, têm aquela disposição do coração que é o primeiro passo para a felicidade real e substancial, tanto neste mundo, quanto naquele que está para vir.

3. Alguns têm julgado que, pobres em espírito, são aqueles que amam a pobreza; aqueles que estão livres da cobiça; do amor do dinheiro; que temem, preferivelmente, a desejarem, as riquezas. Talvez, eles tenham sido induzidos a assim julgarem, através de um completo confinamento de seus pensamentos ao sentido exato do termo; ou por considerarem aquela observação convincente de Paulo de que 'o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal'. E, daí, muitos têm se privado totalmente, não apenas das riquezas, mas de todos os bens materiais. Daí, também, os votos de pobreza voluntária que parece ter-se erguido na Igreja Papista; supondo-se que, tão eminente degrau dessa fundamental graça deva ser um passo largo em direção ao 'reino dos céus'.

Mas esses não parecem ter observado, Primeiro, que a expressão de Paulo deve ser entendida com alguma restrição; do contrário, não é verdadeira; já que o amor ao dinheiro não é a raiz, ou a única raiz, de todo o mal. Existem milhares de outras raízes do mal no mundo, como as tristes experiências diárias mostram. Seu significado pode apenas ser que ele é a raiz de muitos males; talvez, mais do que algum vício sozinho. – Em Segundo lugar, que esse sentido da expressão 'pobre de espírito', de modo algum se adequará ao presente objetivo de Nosso Senhor, que é estabelecer o alicerce geral, sobre o qual toda a estrutura do Cristianismo pode ser construída; um objetivo que poderia ser, de maneira alguma, respondido precavendo-se de um único vício em particular: assim sendo, mesmo que esse fosse suposto ser uma parte do seu significado, não poderia possivelmente ser o todo. – Em Terceiro Lugar, não se poderia supor que esta seja uma parte do seu significado -  a menos que nós o responsabilizemos com tautologia [vício de linguagem que consiste na repetição de idéias] declarada: Vendo que, se a pobreza de espírito fosse apenas liberdade da cobiça; do amor do dinheiro; ou do desejo dos ricos, iria coincidir com o que Ele menciona, logo depois; seria apenas uma ramificação da pureza de coração. 

4. Quem, então, são os 'pobres de espírito?'.  Sem dúvida, os humildes; eles que conhecem a si mesmos; que estão convencidos do pecado; aqueles a quem Deus tem dado aquele primeiro arrependimento, que é anterior à fé em Cristo.

Algum desses já não pode dizer, 'Eu sou rico, e próspero nos bens materiais, e não preciso de nada'; agora que ele sabe que é 'vil, e pobre, e miserável, e cego, e nú'. Ele está convencido que é, de fato, pobre espiritualmente; tendo nenhum bem espiritual habitando nele. 'Em mim', ele diz, 'não habita coisa boa', mas o que quer que seja pecaminoso e abominável. Ele tem um profundo sendo da repugnante podridão [o Sr. Wesley usa a expressão lepra - que é hoje um termo preconceituoso] do pecado, que foi trazido com ele desde o útero; que se espalhou por toda a sua alma, e corrompeu totalmente todo o poder e faculdade nela.

Ele vê, mais e mais, os temperamentos maus que brotam da raiz da pecaminosidade; do orgulho e arrogância do espírito; da inclinação constante de pensar em si mesmo, mais do que deveria pensar; da vaidade; da sede de estima e honra que vem dos homens; do ódio ou inveja; do ciúme e vingança; da ira; malícia; ou amargura; da animosidade nata, contra Deus e homem, que aparece de dez mil formas; do amor do mundo; da vontade própria; dos desejos tolos e danosos, que  penetram no mais íntimo de sua alma. Ele está consciente do quão profundamente ele tem ofendido, através de sua língua; se não, por palavras profanas, insolentes, inverídicas, ou indelicadas; ainda assim, através de discursos que não são 'bons para o uso da edificação', não 'apropriados para ministrarem graça aos que ouvem', o que, conseqüentemente, era, na consideração de Deus, corrupto e aflitivo ao seu Espírito Santo. Suas obras diabólicas estão agora igualmente à sua vista: se ele diz delas, elas são mais do que ele é capaz de expressar. Melhor pensar no número dos pingos da chuva, das areia do mar, ou dos dias da eternidade.

Sua culpa está agora, diante de sua face: Ele conhece a punição que ele tem merecido; ela seja, apenas, um relato de sua mente carnal; a inteira e universal corrupção de sua natureza; quanto mais, um relato de todos os desejos e pensamentos pecaminosos; de todas as palavras e ações pecadoras! Ele não pode duvidar, por um momento, que o menor desses merece a condenação ao inferno --, 'o remorso que não morre; e o fogo que nunca é extinto'. Acima de tudo, a culpa de 'de não crer no nome do único Filho criado de Deus', cai pesada sobre ele. Como, diz ele, eu poderei escapar; aquele que 'negligenciou tão grande salvação?'. 'Ele que não crê já está condenado', e 'a ira de Deus habita nele'. 

6. Mas o que poderá ser dado em troca da sua alma, que foi confiscada para a justa vingança de Deus? 'Com o que ele deverá se apresentar diante do Senhor?'. Como ele deverá pagar o que deve? Tivesse ele, desse momento em diante, cumprido a obediência mais perfeita a todos os mandamentos de Deus, isto não faria qualquer reparo a um simples pecado; a cada ato de desobediência do passado; vendo que ele deve a Deus todos os serviços que ele é capaz de executar, desse momento, até a eternidade: Pudesse ele pagar isto, não faria, de qualquer maneira, emendas ao que ele deve ter feito anteriormente. Ele se vê, por conseguinte, totalmente desamparado com respeito à expiação de seus pecados passados; inteiramente incapaz de fazer qualquer reparo a Deus; a pagar qualquer resgate por sua própria alma.

Mas, se Deus pode perdoá-lo de tudo o que se passou, apenas nesta única condição - a de que ele não peque mais; que para o tempo que está por vir, ele obedeça inteiramente e constantemente a todos os seus mandamentos; ele bem sabe que isto não seria de proveito algum, uma vez que esta é uma condição que ele nunca cumpriria. Ele sabe e sente que ele não é capaz de obedecer, até mesmo, os mandamentos exteriores de Deus; já que esses não podem ser obedecidos, enquanto seu coração permanece, na pecaminosidade e corrupção natural; porquanto uma árvore má não pode produzir bons frutos. Ele não pode limpar um coração pecador: Para o homem, isto é impossível: De maneira que ele está inteiramente perdido; até mesmo, em como começar a caminhar, nos caminhos dos mandamentos de Deus. Ele não sabe como dar um passo adiante neste caminho. Cercado pelo pecado, e tristeza, e medo, e não encontrando caminho para escapar, ele só pode clamar: 'Senhor, salve, ou perecerei!'.

7. Pobreza de espírito, então, como ela implica no primeiro passo que nós tomamos na corrida que se apresenta diante de nós, ela significa a justa sensação de nossos pecados interiores e exteriores, e de nossa culpa e impotência. Isto, alguns têm disformemente intitulado de 'a virtude da humildade'; assim, nos ensinando que estarmos orgulhos do saber faz com que mereçamos a condenação! Mas a expressão de nosso Senhor é completamente de outro tipo; transmitindo nenhuma idéia ao ouvinte, a não ser aquela da mera necessidade, da nudez do pecado, da culpa e miséria, impotentes.

8. O grande Apóstolo, onde ele se esforça para trazer os pecadores para Deus, fala de uma maneira exatamente respondível a isto. 'Porque do céu, a ira de Deus',  diz ele 'é revelada sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detém a verdade em injustiça' (Rom. 1:18 em diante); a responsabilidade que ele fixa imediatamente sobre o mundo pagão, e, por meio disto, prova que eles estão debaixo da ira de Deus. Ele depois mostra que os judeus eram nada melhores do que eles, e estavam, por conseguinte, debaixo da mesma condenação; e tudo isto, não com o objetivo de que eles alcançassem a 'virtude nora da humildade', mas 'que toda boca fosse fechada, e todo o mundo se tornasse culpado diante de Deus'.

Ele prossegue, para mostrar que eles eram impotentes, tanto quanto culpados; o que é o sentido claro de todas aquelas expressões: 'Portanto, pelas obras da lei, não haverá carne justificada': -- 'Mas, agora, a retidão de Deus, que é pela fé em Jesus Cristo, sem a lei, é manifesta': -- 'Nós concluímos que um homem é justificado, através da fé, sem as obras da lei': -- Expressões todas se inclinando, ao mesmo ponto; até mesmo a 'ocultar o orgulho do homem'; para humilhá-lo ao pó, sem ensiná-lo a refletir sobre sua humildade, como uma virtude; para inspirá-lo com aquela convicção completa e penetrante de sua extrema pecaminosidade, culpa e impotência. Que lança o pecador, despojado de tudo, perdido e arruinado, em seu forte Ajudador, Jesus Cristo, o Justo.

9. Nós não podemos deixar de observar aqui, que o Cristianismo começa, justamente onde a moralidade pagã termina; pobreza de espírito; convicção do pecado; a renúncia de nós mesmos; o não ter a nossa própria retidão (o mesmo primeiro ponto na religião de Jesus Cristo); deixando todas as religiões pagãs para trás. Isto sempre foi ocultado dos homens sábios desse mundo; de tal maneira, que todo o idioma romano, até mesmo com todos os melhoramentos da era Agostiniana, não dispõe, tanto assim, de um nome para a humildade; (a palavra de onde nós emprestamos disso, como é bem conhecido, tendo em Latim um significado completamente diferente); não, nem uma foi encontrada em todo o rico idioma do Grego, até que ela foi criada pelo grande Apóstolo.

10. Ó, que nós possamos sentir o que elas não foram capazes de expressar! Pecador, acorda! Saibas, por ti mesmo! Saibas e sintas, que tu fostes 'formado na maldade', e que, 'no pecado tua mãe te concebeu'. E que tu mesmo tens empilhado pecado sobre pecado; mesmo depois de discernires o bem do mal! Mergulha nas poderosas mãos de Deus, como culpado da morte eterna; e lança fora; renuncia; abomina, toda imaginação de sempre seres capaz de ajudar a ti mesmo! Seja toda a tua esperança seres lavado no sangue Dele, e renovado pelo seu poderoso Espírito, já que Ele mesmo 'suportou todos os nossos pecados, em seu próprio corpo, no madeiro!' Assim sendo, que tu sejas testemunha de que 'Felizes são os pobres de espírito; porque deles é o reino dos céus'.

11. Isto é  aquele reino dos céus, ou de Deus, que está dentro de nós; mesmo 'retidão, e paz, e alegria no Espírito Santo'.  E qual é a 'retidão', se não, a vida de Deus na alma; a mente que estava em Jesus Cristo; a imagem de Deus, estampada no coração, agora renovada depois da semelhança Dele que o criou? O que significa, a não ser o amor de Deus, porque ele primeiro nos amou, e o amor de toda a humanidade, por causa Dele? 

E qual é esta 'paz';  a paz de Deus, a não ser aquela serenidade calma da alma que docemente repousa no sangue de Jesus, que não deixa dúvida de nossa aceitação nele; que exclui todo o medo, a não ser o medo de amor filial de ofender nosso Pai que está nos céus?
           
Este reino interior implica também 'na alegria no Espírito Santo'; que sela em nossos corações 'a redenção que está em Jesus',  a retidão de Cristo, imputada sobre nós 'para a remissão dos pecados que se passaram'; que nos dá agora 'a garantia de nossa herança', a coroa que o Senhor, o Juiz justo, irá dar naquele dia. E isto pode bem ser denominado 'o reino dos céus', vendo que ele é o paraíso já aberto em sua alma; o primeiro brotar daqueles rios de prazer que fluem da mão direita de Deus eternamente.

12. 'Deles é o reino dos céus'. Quem quer que tu sejas, a quem Deus tem determinado ser 'pobre em espírito', sentindo-te perdido, tu tens direito a isto, através da graciosa promessa Dele que não pode mentir. È a tua aquisição, através do sangue do Cordeiro, está bem perto: Tu estás à porta do paraíso! Um outro passo, e estás, no reino da retidão, paz e alegria! Tu és todo pecado? 'Observa o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!' -- todo impuro? Veja teu 'advogado com o Pai - Jesus Cristo o Justo!' – Tu és incapaz de expiar, pelo menor de teus pecados? 'Ele é o sacrifício expiatório para' todos os teus 'pecados'. Agora, creia no Senhor Jesus Cristo,  e todos os teus pecados serão apagados! – Tu és totalmente impuro, na alma e no corpo? Aqui está a 'fonte de água para lavar todo o pecado e imundície!'. 'Levanta-te e lava teus pecados!'. Não cambaleia mais, na promessa do descrente! Dá glória a Deus! Atreve-te a crer!

13. Então, tu aprendeste, dele, a ser 'humilde de coração'. E esta é a humildade cristã verdadeira e genuína que flui da sensação de amor de Deus, reconciliado para nós, em Jesus Cristo. Pobreza de espírito, nesse significado da palavra, começa quando a sensação da culpa e da ira de Deus termina; e é uma sensação ininterrupta de nossa dependência total nele; para todo pensamento, palavra ou obra; de nossa inaptidão absoluta para todo o bem; a não ser que ele 'nos irrigue, todo momento'; e tenhamos aversão ao elogio dos homens, sabendo que todo louvor é devido a Deus apenas. Com isto, junta-se a vergonha amorosa, a humilhação terna, diante de Deus; mesmo para os pecados que nós sabemos ele já perdoou de nós, e para o pecado que ainda permanece, em nossos corações; embora saibamos que ele não é imputado para nossa condenação.

Não obstante, a convicção que sentimos do pecado inato, é mais e mais profunda, dia após dia. Quanto mais crescemos na graça, mais vemos a maldade desesperada de nosso coração. Quanto mais avançamos no conhecimento e amor de Deus, através de nosso Senhor Jesus Cristo, (mesmo parecendo àqueles que não conhecem o poder de Deus para a salvação, um grande mistério), mais discernimos de nossa alienação de Deus; da inimizade que está em nossa mente carnal; e da necessidade de nossa existência, inteiramente renovada, na retidão e santidade verdadeira.

II

1. É verdade, que aquele que agora começa a conhecer o reino dos céus interior dificilmente tem qualquer concepção disto. 'Em sua prosperidade ele diz, eu nunca sairei do lugar; tu Senhor construíste minha colina tão forte!'. O pecado está tão inteiramente esmagado, debaixo de seus pés, que ele mal pode acreditar que ele permanece nele. Mesmo a tentação é silenciosa, e não fala novamente: Ela não pode se aproximar, mas permanece à distância. Ele é nascido nas alturas, nas carruagens de alegria e amor: Ele se eleva 'como nas asas de uma águia'. Mas nosso Senhor bem sabe que esse estado triunfante não continua freqüentemente. Ele, por conseguinte, daqui a pouco, acrescenta: 'Abençoados sejam todos os que choram; porque serão confortados'.  

2. Nem podemos imaginar que essa promessa pertence àqueles que murmuram, apenas por causa de motivos mundanos; aqueles que estão tristes e angustiados, meramente por causa de problemas ou desapontamentos materiais  --, tais como a perda da reputação, amigos, ou diminuição de suas fortunas. Quão pouco direito a ela têm aqueles que estão se afligindo, por causa do medo de algum mal temporal; ou que se consomem com cuidados ansiosos, ou aquele desejo de coisas mundanas que 'torna o coração doente'. Não vamos pensar que esses 'devam receber alguma coisa do Senhor'. Jesus não está em todos os pensamentos deles. Por conseguinte, é que eles assim 'caminham, em uma tristeza vã, e se inquietando também em vão'. 'E para que vocês tenham o meu auxílio', diz o Senhor, 'vocês devem se prostrar na tristeza'.

 3. Os murmuradores, de quem nosso Senhor fala aqui, são aqueles que murmuram por um motivo totalmente diferente: Aqueles que murmuram, em busca de Deus; em busca Dele, em quem eles 'se regozijaram, com alegria inexprimível', quando Ele deu a eles 'a oportunidade de provar o bem', o perdão, 'a palavra e poderes do mundo que há de vir'. Mas Ele agora 'oculta a sua face, e eles estão aflitos': Eles não podem ver a Ele, através das nuvens escuras. Mas eles vêem a tentação e pecado, que eles credulamente supuseram nunca mais retornarem; erguerem-se novamente; seguindo em busca deles, com toda a velocidade, e segurando-os por todos os lados. Não é de se estranhar que suas almas estejam agora perturbadas; e a preocupação e aflição tomaram posse deles. Nem o grande inimigo deles fracassa em tirar proveito da ocasião, para perguntar:

"Onde está teu Deus agora? Onde está a bem-aventurança, da qual falaste, agora? O começo do reino dos céus? Sim, foi mesmo Deus quem disse que 'teus pecados foram perdoados de ti?'. Certamente, Deus não deve ter dito isso! Tudo não passou de apenas um sonho; uma mera ilusão; uma criação de tua própria imaginação. Se teus pecados foram perdoados, por que tu ainda estás assim? Pode um pecador que fora perdoado ser, dessa maneira, pecaminoso? – E, se, então, ao em vez de clamarem imediatamente a Deus, eles argumentarem com ele que é mais sábio, eles estarão angustiados de fato; com uma tristeza no coração; com uma angústia que não podem ser expressas. Não; mesmo quando Deus brilha novamente sobre a alma, e tira toda a dúvida de sua misericórdia passada; ainda assim, ele que é fraco na fé pode ser tentado e afligido, por causa do que virá; especialmente, quando o pecado interior revive, e leva tormento até ele, de maneira que ele pode cair". 


4. Certo, é que essa 'aflição', para o presente, 'não é jubilosa, mas dolorosa; não obstante, depois disto, ela produza o fruto da paz, junto a eles que foram exercitados nela'. Abençoado, portanto, são aqueles que assim murmuram, se eles permanecem no descanso do Senhor', e não sofrem para buscarem os consoladores miseráveis do mundo; se eles resolutamente rejeitam todos os confortos do pecado, da leviandade, e vaidade; todas as diversões e deleites inúteis do mundo; todos os prazeres que 'perecem ao uso',  e que apenas tendem ao entorpecimento e estupidez da alma, para que ela não esteja consciente de si mesma, nem de Deus. Abençoados são aqueles que 'continuam ininterruptamente no conhecimento do Senhor', e firmemente recusam todo outro conforto. Eles serão confortados, pelas consolações de seu Espírito; através da manifestação renovadora do seu amor; por meio de tal testemunho da aceitação deles no Amado, para não mais ser arrancado deles. Esta 'segurança total da fé' absorve toda a dúvida, e todo o tormento do medo; Deus dá a eles agora a esperança certa de uma essência duradoura, e 'consolação forte, por meio da graça'. Sem questionar se será possível a alguns desses 'caírem; os que foram, uma vez, iluminados pelo Espírito Santo, e feitos seus parceiros', é suficiente para eles perguntarem, através do poder agora sobre eles, 'quem poderá separá-los do amor de Cristo' – Eu estou persuadido de que, nem a morte, nem a vida, nem as coisas presentes, nem as que virão, nem a altura, nem a profundidade, serão capazes de nos separar daquele amor de Deus que está em Jesus Cristo, nosso Senhor'. (Romanos 8:35-39)

5. Todo esse processo, ambos de murmurar pela ausência de Deus, e de  recuperar a alegria de seu semblante, parece fora do que nosso Senhor falou aos seus Apóstolos, na noite anterior a sua paixão: 'Vocês indagam daquilo que eu disse: um pouco mais, e vocês não me verão: Em novamente, um pouco mais, e vocês irão me ver? Na verdade, na verdade, eu lhes digo que vocês chorarão e lamentarão'; ou seja, quando vocês não me virem; 'mas o mundo irá se regozijar'; deverá triunfar sobre vocês, já que a esperança de vocês chegou agora ao fim. 'E vocês deverão ficar tristes', por causa da dúvida, do medo, das tentações, do desejo veemente; 'mas a tristeza de vocês irá se transformar em alegria', por causa do retorno Dele, a quem a alma de vocês amou. 'Uma mulher, quando ela está para dar a luz, tem tristeza, porque é chegada a sua hora. Mas, tão logo lhe é entregue o filho, ela não mais se lembra da angústia, porque um homem nasceu no mundo. E vocês agora têm tristeza'; vocês murmuram e não podem ser confortados; 'mas eu irei vê-los novamente; e seus corações se regozijarão', com calma e alegria interior, 'e essa alegria, nenhum homem tirará de vocês'.  (João 16:19-22).  

6. Mas, embora essa murmuração esteja no fim, perdida na alegria santa, por causa do retorno do Confortador; ainda assim, existe um outro - e que choro abençoado  é este que habita nos filhos de Deus: Eles ainda murmuram, pelos pecados e misérias da humanidade: Eles 'lamentam com aqueles que lamentam'. Eles choram por aqueles que não choram por si mesmos; pelos pecadores, que estão contra suas próprias almas. Eles murmuram, por causa da fraqueza e deslealdade daqueles que estão, em alguma medida, salvos de seus pecados. 'Quem é fraco, e eles não são fracos? Quem está ofendido, e eles não se ofenderam?. Eles estão aflitos por causa da desonra continuamente feita à Majestade dos céus e terra. Todo o tempo, eles tem uma terrível sensação disto, o que traz uma seriedade profunda em seus corações; a seriedade que não está pouco ampliada, desde que os olhos de seu entendimento foram abertos, por continuamente verem o vasto oceano da eternidade, sem o fundo ou a orla, que já tragou milhares e milhares de homens, e está abrindo espaço para devorar os que ainda restam. Eles vêem aqui a casa do Deus eterno nos céus; lá, inferno e destruição, sem uma cobertura; e, por isto, sentem a importância de cada momento, que apenas surge, e se vai para sempre!

7. Mas toda essa sabedoria de Deus é tolice para o mundo. Todo esse assunto de choro e pobreza de espírito é estupidez e idiotice para eles. Mais ainda; está tudo bem, se eles tiverem um julgamento favorável sobre isto; se eles não o elegem como uma mera lástima e melancolia; insanidade e distração manifesta. E não é de se admirar, afinal, que esse julgamento possa se passar por aqueles que não conhecem a Deus. Supondo-se que duas pessoas fossem caminhar juntas; uma de repente pare, e com os mais fortes sinais de medo e espanto, exclame: 'Sobre que precipício nós estamos! Veja, você, nós estamos a ponto de sermos feitos em pedaços! Mais um passo, e caímos no imenso abismo! Pare! Eu não seguirei em frente, por todo o mundo!'. – quando o outro, que parece, pelo menos a si mesmo, perspicaz, olha em frente e não vê coisa alguma disso; o que ele pensar poderá com respeito a seu companheiro, a não ser que ele está fora de si; que sua cabeça está confusa; que muita religião (se ele não for culpado de 'muito aprendizado) tem certamente o enlouquecido!

8. Mas não permitam que os filhos de Deus, 'os murmuradores em Sião', sejam afligidos por essas coisas. Vocês, cujos olhos estão iluminados, não se preocupem, por causa daqueles que ainda seguem na escuridão. Vocês que não seguem em uma sombra vã: Deus e eternidade são coisas reais. Céu e inferno estão na mesma realidade, aberta diante de vocês; e vocês estão na extremidade do grande abismo. Ele já levou para suas profundezas, mais do que as palavras podem expressar, nações e famílias, e povos, e línguas, e ainda se abre para devorar - quer eles vejam isto ou não - os levianos e miseráveis filhos dos homens. Ó gritem alto! Não poupem esforços! Ergam suas vozes, até Ele que compreende o tempo e a eternidade; ambos para vocês mesmos e seus irmãos, para que vocês possam ser considerados merecedores de escapar da destruição que virá como um furacão. Para que vocês possam ser trazidos a salvo, através de todas as ondas e tempestades, para o céu, onde vocês deverão estar! Lamentem, por si mesmos, até que Ele seque fora as lágrimas de seus olhos. E, mesmo então, lamentem as misérias que virão sobre a terra, até que o Senhor de todos, possa por um fim na miséria e pecado; possa enxugar as lágrimas de todas as faces, e 'o conhecimento do Senhor cubra a terra, como as águas cobrem o mar'.


 [Editado por Kimberly Horner, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com correções de George Lyons  para a  Wesley Center for Applied Theology.]