domingo, 20 de novembro de 2011

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / OS QUE DORMEM

Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).

Primeira certeza: os mortos não estão mortos

"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14). Esta certeza consiste em três partes:
a) No Novo Testamento, a ressurreição se refere principalmente ao corpo
O "dormir" dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia não ensina o "sono" da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo, que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque escreveu: "...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
Quando os saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse: "E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor Jesus Cristo diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26). Em João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com Cristo.
Romanos 8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça."
Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão ressuscitados.

b) A esperança de estar com Cristo
Mas a realidade é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts 4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
O versículo 14 trata dos que dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele". Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos, para levá-los para junto de Si.
c) A garantia de que os mortos virão com Cristo
A promessa de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para Ele", mas "trará, em sua companhia", ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar, Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao encontro do Senhor (v.17).


Examinemos o versículo 14 em duas outras versões:
"Visto que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).
"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).
Portanto, isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu com Jesus.
O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou crêdes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?
Segunda certeza: o Senhor voltará pessoalmente
"Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).
Terceira certeza: a palavra de ordem
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28). Você já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda hoje!
• Quando o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem: "...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43). Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo 33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).
Essa "palavra de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.
Quarta certeza: a voz do arcanjo
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A designação "arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
No tempo de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!" (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
Por que se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo intervém de modo especial em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..." (Dn 12.1).
Devemos lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso será restabelecida novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação "...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10). Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At 7.59-60). Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa: quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel, pois então começará a salvação do remanescente de Israel: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e 10). A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
Atualmente muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
(...) Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
(...) A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Que tipo de saber se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
Mas, voltando à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança de Deus.
O arrebatamento da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:
Em Israel irromperá um avivamento
Romanos 11.25 diz de maneira bem clara: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)." Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina atualmente no coração de muitos judeus.
Depois do arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
Mas, para sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente de Israel.
Como vimos, em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora já está muito adiantada?
Quinta certeza: a trombeta de Deus
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A trombeta de Deus aqui mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
Por que ela é chamada de "última trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito: "Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."
A trombeta do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
Em que será que pensaram os tessalonicences, que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia: "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais" (Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
É interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa finalidade? O ciclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses ciclos eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na cruz.
As diferentes maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do arrebatamento.
Agora ainda ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9: "Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita: "Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas de juízo.
Sexta certeza: ressurreição e arrebatamento
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos em Cristo e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que estão em Cristo.
Em João 5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento: "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda." Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).
Sétima certeza: estar para sempre com o Senhor
"...e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta garantia: "...estaremos para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está escrito em Tito 2.13:
"...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."
"Aguardando ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo (v.18). Aquele que não está em Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança

sábado, 19 de novembro de 2011

SERMÃO DE JOHN WESLEY - A FINALIDADE DA VINDA DE CRITO

A Finalidade da Vinda de Cristo
John Wesley

'Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo'. (I João 3:8)

1. Muitos escritores eminentes, pagãos, assim como cristãos, nos séculos, precedentes e recentes, têm empregado todo seu trabalho e habilidade em retratar a beleza da virtude. E os mesmos esforços têm sido tomados para descrever, nas cores mais vivas, a deformidade da imoralidade; da imoralidade em geral, e daquelas específicas, as quais foram mais predominantes, em suas respectivas épocas e regiões. Com igual cuidado, eles colocaram, sob uma luz mais convincente, a felicidade que atende a virtude, e a miséria que usualmente acompanha a imoralidade, e sempre a segue.

Pode-se reconhecer que tratados deste tipo não são totalmente sem seu uso. Provavelmente, por meio deles, alguns, por um lado, têm sido estimulados a desejarem e a seguirem em busca da virtude; e alguns, por outro, têm interrompido sua carreira de imoralidade, -- talvez, reclamando dela, pelo menos, por algum tempo. Mas a mudança efetuada nos homens, através desses meios, raramente é profunda ou total: Muito menos, é durável; em um pequeno espaço de tempo, ela desaparece, como uma nuvem matutina. Tais motivos são muito fracos para superarem as tentações inumeráveis que nos circundam. Tudo que se possa dizer a respeito da beleza e vantagem da virtude, e da deformidade, e os efeitos danosos da imoralidade, não pode resistir, e muito menos superar e remediar um apetite e paixões irregulares. 

2. Existe, portanto, uma necessidade absoluta, se, alguma vez, pudermos subjugar a imoralidade, ou perseverarmos firmemente na prática da virtude, de termos armas de um tipo melhor do que essas; do contrário, veremos o que é certo, mas não poderemos alcançá-lo. Muitos homens de reflexão, em meios aos próprios ateus estiveram profundamente sensíveis disto.

Quão exatamente concordante com as palavras do Apóstolo: (Personalizando um homem consciente do pecado, mas não ainda o subjugando) 'O bem que eu poderia, eu não faço; mas o mal que eu não poderia, este eu faço!'. A impotência da mente humana, mesmo do filósofo romano poderia descobrir: 'Existe em qualquer homem', diz ele, 'essa fraqueza'; (ele poderia ter dito, esta ferida inflamada) – a sede pela glória. A natureza indica a enfermidade; mas a natureza não nos mostra remédio'.

3. Nem é de se admirar que, embora eles buscassem por um remédio, ainda assim, eles não encontraram remédio algum. Porque eles o buscaram onde ele nunca foi, e nunca será encontrado, ou seja, em si mesmos; na razão, na Filosofia: Em que não se pode confiar, bolhas, fumaça! Eles não o buscaram em Deus, em quem, tão somente, é possível encontrá-lo. Em Deus! Não; eles repudiaram totalmente isto; e em termos mais fortes. Porque, embora Cícero, um de seus oráculos, tenha uma vez tropeçado sobre aquela estranha verdade: 'Nunca houve algum grande homem que não tenha sido divinamente inspirado'; ainda assim, no mesmo trato, ele contradiz a si mesmo, e subverte sua própria afirmativa, por perguntar: 'Quem, alguma vez, retribuiu a Deus agradecimento pela própria virtude ou sabedoria?'. O poeta romano é, se possível, mais explícito; quem, depois de mencionar diversas bênçãos exteriores, honestamente acrescenta: -- Nós perguntamos a Deus, o que ele pode dar ou tomar, -- vida; posses; mas virtuoso eu mesmo me faço.

4. Os melhores deles, tanto buscaram a virtude parcialmente de Deus, e parcialmente de si mesmos; quanto a buscaram desses deuses que eram, de fato, diabos, e assim, não igualmente para tornarem seus adoradores melhores do que si mesmos. Tão sombria foi a luz do mais sábio dos homens, até que a 'vida e imortalidade fossem trazidas para a luz, através do Evangelho'; até que 'o Filho de Deus foi manifestado para destruir as obras do diabo!'.

I. Mas quais são 'as obras do diabo', aqui mencionadas?

II. Como 'o Filho de Deus foi manifestado' para destruí-las?

III. E como, de que maneira, e através de que passos, ele atualmente as 'destrói'?

Esses três pontos muito importantes, nós iremos considerar em sua ordem.

I

1. Quais são as obras do diabo, nós aprendemos das palavras precedentes e seguintes do texto:

(I João 3:3-6) 'E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade. E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu'; porque o diabo peca desde o começo. Para este propósito, foi que o Filho de Deus se manifestou, para que pudesse destruir as obras do diabo:

(I João 3:8) 'Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo'.

(I João 3:9) ' Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus'. De maneira que parece que 'as obras do diabo', aqui faladas, são os pecados, e os frutos do pecado.

2. Mas, desde que a sabedoria de Deus dissipou as nuvens que, por tanto tempo cobriram a terra, e colocou um fim nas conjecturas infantis dos homens, concernentes à essas coisas, pode ser útil ter uma visão mais distinta dessas 'obras do diabo'; tanto quanto os oráculos de Deus nos instruem. É verdade que o objetivo do Espírito Santo foi assistir nossa fé, e não gratificar nossa curiosidade; e, portanto, o relato que ele tem dado, nos primeiros capítulos de Gênesis é excessivamente breve. Não obstante, ele é tão claro, que nós podemos aprender do que quer que nos concerne saber.

3. Para começar do início: 'O Senhor Deus' (literalmente, Jeová, os Deuses; ou seja, Um e Três) 'criou o homem a sua própria imagem'; -- em sua imagem natural, como para sua melhor parte; isto é, um espírito, como Deus é um espírito; dotado com entendimento; que, se não é a essência, parece ser a propriedade mais essencial de um espírito. Provavelmente o espírito humano, assim como o angelical, discerniu, então, a verdade, através da intuição. Conseqüentemente, ele nomeou cada criatura, tão logo ele a viu, de acordo com sua natureza íntima. Ainda assim, o conhecimento era limitado, já que ele era uma criatura: Portanto, a ignorância era inseparável dele; mas o erro não era; não parece que ele era um equivoco em qualquer coisa. Mas ele era capaz de errar; de se iludir, embora não fosse compelido a isto.

4. Ele era dotado também com a vontade, com as várias afeições; (que são apenas a vontade manifestando-se de várias maneiras), para que possa amar, desejar, e deleitar-se no que fosse bom: Do contrário, seu entendimento não teria tido propósito. Ele era igualmente dotado com a liberdade; o poder de escolher o que é bom, e recusar o que não é. Sem isto, ambos, a vontade e o entendimento, poderiam ter sido absolutamente inúteis. De fato, sem a liberdade, o homem teria estado longe de ser um agente livre; de tal modo que ele não poderia ter sido um agente, afinal. Porque toda existência, não livre, é puramente passiva; não ativa, em qualquer grau. Você tem uma espada em sua mão? Um homem, mais forte do que você poderia prendê-lo, e forçá-lo a ferir uma terceira pessoa? Nisto, você não seria o agente; não mais do que sua espada: A mão é tão passiva, quanto o aço. Assim é, em todo caso possível. Ele que não é livre, não é um agente, mas um paciente.

5. Portanto, parece que cada espírito no universo, como tal, é dotado com entendimento, e, em conseqüência, com uma vontade, e com uma medida de liberdade; e que esses três são inseparavelmente unidos em cada natureza inteligente. Liberdade forçada, ou dominada, não é liberdade, afinal. É uma contradição em termos. É o mesmo que liberdade não livre; ou seja, inequívoco contra-senso.

6. Pode ser observado, mais além, (e é uma observação importante) que onde não existe liberdade, não pode haver boa ou má moral; nenhuma virtude, ou depravação. O fogo nos aquece; ainda assim, não é capaz de virtude. Ele nos queima; ainda assim, não é depravação. Não existe virtude, mas onde criatura inteligente conhece, ama, e escolhe o que é bom; nem existe alguma imoralidade, mas onde tal criatura conhece, ama, e escolhe o que é mal.

7. E Deus criou o homem, não apenas à sua imagem natural, mas igualmente, à sua imagem moral. Ele o criou não apenas 'no conhecimento', mas também na retidão e santidade verdadeira. Como seu entendimento foi sem mancha, perfeito em sua espécie; assim, foram todas as suas afeições. Elas foram todas corrigidas, e devidamente exercitadas em seus objetivos apropriados. E como um agente livre, ele escolheu firmemente o que era bom, de acordo com a direção de seu entendimento. E em fazer isto, ele foi inexplicavelmente feliz; habitando em Deus, e Deus nele; tendo uma camaradagem ininterrupta com o Pai e o Filho, através do Espírito eterno; e o contínuo testemunho de sua consciência, para que todos os seus caminhos fossem bons e aceitáveis para Deus. 

8. Ainda assim, sua liberdade (como foi observado antes), necessariamente, incluiu o poder de escolher ou recusar o bem e o mal. De fato, tem-se duvidado que o homem pudesse, então, escolher o mal, sabendo que ele é tal. Mas não se pode duvidar que ele possa tomar o mal pelo bem. Ele não era infalível; portanto, não era impecável. E isto se esclarece na dificuldade total da grande questão: 'Como o mal entrou no mundo?'. Ele veio de 'Lúcifer, filho da manhã'. Foi obra do diabo. 'Porque o diabo'¸ diz o Apóstolo, 'pecou, desde o início'; ou seja, ele foi o primeiro pecador no universo, o autor do pecado, o primeiro ser que, através do abuso de sua liberdade, introduziu o mal na criação. Ele foi um dos primeiros, se não, o primeiro arcanjo que se permitiu tentar, ao pensar mais altamente de si mesmo. Ele livremente entregou-se à tentação; e deu caminho, primeiro, ao orgulho, então, à vontade própria. Ele disse: 'Eu me sentarei nos lados do norte: Eu seria como o Altíssimo'. Ele não caiu sozinho, mas logo carregou consigo uma terceira parte das estrelas do céu; em conseqüência do que, elas perderam sua glória e felicidade, e foram dirigidas para fora de sua habitação anterior.

9. 'Tendo grande ira', e, talvez, inveja da felicidade das criaturas a quem Deus havia recém criado, não é de se estranhar que ele pudesse desejar e se esforçar para privá-las dela. Com este objetivo, ele se ocultou na serpente, que era a mais sutil, ou inteligente de todas as criaturas brutas; e, desta forma, a menos propensa a levantar suspeita. De fato, alguns supõem (não improvavelmente) que a serpente foi, então, dotada com alguma razão e linguagem. Não tivesse Eva sabido que ela era, teria admitido alguma conferência com ela? Como o Apóstolo observa que ela teve. Para enganá-la, satanás misturou a verdade com a falsidade: -- 'Deus não disse que você podia comer de toda a árvore do jardim?' – e logo depois, a persuadiu a desacreditar de Deus, por supor que seu trato não poderia ser cumprido. Ela, então, ficou propensa a toda a tentação: -- Ao 'desejo da carne'; porque a árvore era 'boa para o alimento': Ao 'desejo dos olhos'; porque ela era 'agradável a estes': E ao 'orgulho da vida'; porque ela era 'desejável para tornar alguém sábio', e, conseqüentemente, honrado. Então a descrença gerou o orgulho: Ela se considerou mais sábia do que Deus; capaz de encontrar um caminho melhor para a felicidade do que Deus a havia ensinado. Ela gerou a vontade própria: Ela estava determinada a fazer a sua própria vontade, e não a vontade Dele que a fez. Ela gerou os desejos tolos; e completou a todos, através do pecado exterior: 'Ela tomou do fruto, e o comeu'.

10. Ela, então, 'deu ao seu marido, e ele comeu'. E, naquele dia; sim, naquele momento, ele morreu! A vida de Deus foi extinta de sua alma. A glória partiu dele. Ele perdeu toda a imagem moral de Deus, -- a retidão e a santidade verdadeira. Ele era impuro; e era infeliz; ele era cheio de pecado; cheio de culpa e medos torturantes. Separado de Deus, e olhando a si mesmo agora como um Juiz cruel, 'ele teve medo'. Mas, como seu entendimento foi enegrecido, ao pensar que ele poderia 'esconder-se da presença de Deus, em meio às árvores do jardim!'. Assim, sua alma foi totalmente morta para Deus! E, naquele dia, seu corpo igualmente começou a morrer, -- tornou-se odioso para a fraqueza, doença e dor; todas preparatórias para a morte do corpo, que, naturalmente, conduz à morte eterna.

II

Tais eram 'as palavras do diabo'; pecado e seus frutos; considerados em sua ordem e conexão. Nós, em Segundo Lugar, vamos considerar como Filho de Deus foi manifestado com o objetivo de destruí-las.

1. Ele foi manifestado como o único Filho Unigênito de Deus, em glória e igual com o Pai, para os habitantes dos céus, antes e quando da fundação do mundo. Essas 'estrelas da manhã cantaram juntas'; todos esses 'filhos de Deus gritaram de alegria', quando eles o ouviram pronunciar: 'Haja luz; e houve luz'; -- quando ele 'espalhou o norte sobre o espaço vazio', e 'estendeu os céus como uma cortina'. De fato, foi uma crença geral na Igreja primitiva, que o Deus Pai, não teria visto, nem poderia ver; que de toda a eternidade ele teria habitado na luz inacessível; e foi apenas no Filho de seu amor, e através dele, que Ele revelou, naquele momento, a si mesmo às suas criaturas.

2. Como o Filho de Deus foi manifestado para nossos primeiros pais no paraíso, não é fácil determinar. Geralmente, e não é improvável, supôs-se que Ele apareceu a eles na forma de um homem, e conversou com eles face a face. Nem eu posso acreditar, afinal, no sonho engenhoso do Dr. Watts, concernente 'à gloriosa natureza humana de Cristo', a qual ele supõe ter existido, antes do mundo existir, e ter sido dotada com, eu não sei quais, poderes surpreendentes. Não, eu olho para isto, como um perigo enorme; sim, uma hipótese danosa, já que ela exclui completamente o valor de muitas Escrituras que se pensou, até aqui, provar a Divindade do Filho. E eu temo que seja um grande meio de deixar este grande homem, à parte da fé, uma vez, entregue aos santos; -- ou seja, se ele for colocado de lado; se aquele bonito monólogo for genuíno; aquele que foi impresso, entre suas Obras Póstumas, onde ele tão honestamente implora ao Filho de Deus, não se desagradar do fato de ele não poder acreditar que ele seja co-igual e co-eterno com o Pai.

3. Nós não podemos razoavelmente crer que foi por aspectos similares que Ele foi manifestado, em sucessivas épocas, para Enoque, enquanto ele 'caminhou com Deus'; para Noé, antes e depois do dilúvio; para Abraão, Isaque, e Jacó, em várias ocasiões; e, para não mencionar mais, para Moisés? Este parece ser o significado natural da palavra: 'Meu servo Moisés é fiel, em toda minha casa. – Com ele eu falo, boca a boca, mesmo aparentemente, e não em discursos obscuros; e a similitude de Jeová deverá ser observada'; ou seja, o Filho de Deus. 

4. Mas todos esses foram apenas tipos de sua grande manifestação. Foi, na plenitude do tempo (exatamente na idade média do mundo, como um grande homem prova largamente) que Deus 'trouxe seu Unigênito para o mundo, feito de uma mulher'; através do poder do Altíssimo, ofuscando-na. Ele, mais tarde, foi manifestado para os pastores; para o devoto Simeão; para Ana, a profetisa; e para 'todos que esperaram pela redenção em Jerusalém'.

5. Quando estava no tempo devido, para executar seu oficio sacerdotal, Ele foi manifestado para Israel; pregando o evangelho do reino de Deus, em toda região, e em toda cidade. E, por um tempo, foi glorificado por todos que reconheceram que Ele 'falava como nunca homem algum falara'; que 'Ele falava como alguém que tinha autoridade', com toda a sabedoria e poder de deus. Ele foi manifestado, através de inumeráveis 'sinais e maravilhas, e as obras poderosas que fez', assim como por toda sua vida; sendo o único nascido de uma mulher, 'que não conheceu pecado', que, desde seu nascimento, até sua morte, fez 'todas as coisas boas'; fazendo continuamente, 'não a sua vontade, mas a vontade Daquele que o enviara'.

6. Afinal, 'observe o Cordeiro de Deus, tirando os pecados do mundo!'. Esta foi a mais gloriosa manifestação de si mesmo, do que qualquer uma que ele tenha feito antes. Quão maravilhosamente ele foi manifestado aos anjos e homens, quando 'ele foi ferido por nossas transgressões'; quando ele 'carregou todos os nossos pecados em seu próprio corpo no madeiro'; quando, fez 'um sacrifício, expiação e penitência pelos pecados de todo o mundo, através do sacrifício único de si mesmo, uma vez oferecido', quando ele clamou: 'Está terminado; e tombou sua cabeça; e entregou seu espírito'. (Lucas 23:46) Pai, nas tuas mãos, eu entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou'. Nós necessitamos apenas mencionar algumas manifestações mais adiante, -- sua ressurreição dos mortos; sua ascensão aos céus, na glória que ele teve antes do mundo existir; e seu derramar do Espírito Santo no dia de Pentecostes; ambos belamente descritos naquelas bem conhecidas palavras do salmista: (Salmos 68:18) 'Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os teus inimigos,  para que o Senhor Deus habitasse em meio' ou 'neles''.

7. 'Para que o Senhor possa habitar neles': Isto se refere à ainda mais uma manifestação a mais do Filho de Deus; mesmo à manifestação interior de si mesmo. Quando ele falou disto para seus Apóstolos, pouco antes de sua morte, um deles imediatamente perguntou: 'Senhor, como tu irás te manifestar a nós e não ao mundo?' -- (João 14:22) 'Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?'. Por nos habilitar a crer em seu nome. Porque ele é, interiormente manifestado a nós, quando nós somos capazes de dizer com confiança: 'Meu Senhor, e meu Deus!'. Então, cada um de nós pode corajosamente dizer: 'A vida que eu agora vivo, eu vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e deu a si mesmo por mim'. (Gálatas 2:20) 'Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que eu agora vivo na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim'. E é por assim manifestar a si mesmo em nossos corações que ele efetivamente 'destrói as obras do diabo'.

III

1. Como Ele faz isto; de que maneira, e através de que passos, ele verdadeiramente as destrói, nós iremos agora considerar. Primeiro, como satanás começou sua obra em Eva, envenenando-a com a descrença, então, o Filho de Deus começa sua obra no homem, nos capacitando a crer Nele. Ele abre e ilumina os olhos de nosso entendimento. Fora da escuridão, ele ordena à luz que brilhe, e arranca o véu que o 'deus deste mundo' tinha espalhado sobre nossos corações. E nós, então, não através de uma corrente de raciocínio, mas através de uma espécie de intuição; através de uma visão direta de que 'Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo para si mesmo; não imputando a eles suas primeiras transgressões'; não as imputando a mim. Naquele dia, 'nós saberemos que somos de Deus'; filhos de Deus pela fé; 'tendo redenção, através do sangue de Cristo, mesmo o perdão dos pecados'. 'Sendo justificado pela fé, nós teremos lugar com Deus, através de nosso Senhor Jesus Cristo'; -- aquela paz, que nos capacita, em todas as condições também a estarmos satisfeitos; que nos livra de todas as dúvidas desconcertantes; de todos os medos tormentosos; e, em particular, de todo 'medo da morte, por meio do qual, nós estivemos toda nossa existência, sujeitos à escravidão'. 

2. Ao mesmo tempo, o Filho de Deus golpeia a raiz da grande obra do diabo, -- o orgulho; fazendo com que o pecador se humilhe diante do Senhor, e abomine a si mesmo, de certo modo, se reduza ao pó e cinzas. Ele golpeia na raiz da vontade própria; capacitando o pecador humilhado a dizer em todas as coisas: 'Não como eu quero, mas como Tu queres'. Ele destrói o amor ao mundo; libertando aqueles que crêem Nele de 'todo desejo tolo e danoso'; do 'desejo da carne; do desejo dos olhos; do orgulho da vida'. Ele os poupa de buscar, ou de esperar encontrar felicidade em alguma criatura. Como satanás mudou o coração do homem do Criador para a criatura; então, o Filho de Deus mudou seu coração, da criatura para o Criador. Assim sendo, manifestando a si mesmo, Ele destrói as obras do diabo; restaurando o culpado, rejeitado de Deus, para seu favor, perdão e paz; o pecador, em quem não habita coisa boa, para o amor e santidade; o pecador oprimido e miserável, para a alegria inexprimível, para a felicidade real e substancial.

3. Mas pode ser observado, que o Filho de Deus não destrói toda a obra do diabo no homem, por quanto tempo ele permanece nesta vida. Ele ainda não a destrói a fraqueza corpórea, doença, dor, e milhares de enfermidades, próprias da carne e sangue. Ele não destrói toda aquela fraqueza de entendimento, que é a conseqüência natural da alma habitar um corpo corruptível; de modo que 'a ignorância e o erro', ainda, 'pertencem à humanidade'. Ele nos confia apenas uma porção muito pequena do conhecimento, em nosso estado presente; a fim de que nosso conhecimento não possa interferir com nossa humildade, e novamente possamos nos sentir como deuses. É para remover de nós toda tentação para o orgulho, e todo pensamento de independência - (que é a mesma coisa que os homens em geral tão sinceramente cobiçam, sob o nome de liberdade) - que ele nos deixa rodeados com todas essas enfermidades; particularmente, fraqueza de entendimento; até que a sentença tome lugar: 'Tu és pó, e ao pó retornarás!'.

4. Então, o erro, a dor, e todas as doenças corpóreas cessarão: Todas essas serão destruídas através da morte. E a própria morte, 'o último inimigo' do homem, deverá ser destruída na ressurreição. No momento em que ouvirmos o arcanjo e a trompa de Deus, 'então, será cumprido o que está escrito: a morte será tragada na vitória'. Este corpo 'corruptível deverá se tornar incorrupto'; esse corpo 'mortal deverá se tornar imortal'; e o Filho de Deus, manifestado nas nuvens do céu, deverá destruir esta última obra do diabo!

5. Aqui, então, nós vemos, em uma luz mais clara e forte, o que é a religião verdadeira: A restauração do homem, através Dele que esmaga a cabeça da serpente [Gênesis 3:15]; a restauração de tudo que a velha serpente o privou; a restauração, não apenas para o favor, mas, igualmente, para a imagem de Deus; implicando, não meramente no livramento do pecado, mas sendo preenchido com a plenitude de Deus. Evidentemente, se nós atendermos às considerações precedentes, de que nada menos do que isto seja religião cristã. Todas as demais coisas, se contrárias ou aparentes, estão completamente longe do alvo. Mas que paradoxo é este! Quão pouco, ela é entendida no mundo cristão; sim, nessa época erudita, onde é tido por certo que o mundo é mais sábio do que nunca foi antes, desde o início!

Em meio a todas as nossas descobertas, quem descobriu isto? Quão poucos, mesmo entre os cultos ou incultos! E, ainda assim, se nós cremos na Bíblia, quem poderá negá-la? Quem poderá duvidar dela? Ela está na Bíblia, do começo ao fim, em uma corrente unida; e o argumento de cada parte dela, com todas as outras, é, propriamente a analogia da fé. Cuide de não tomar qualquer coisa; ou qualquer coisa menos do que isto por religião! Nem coisa alguma a mais: Não imagine que uma forma exterior, uma sucessão de deveres, públicos ou privados, seja religião! Não suponha que a honestidade, a justiça, ou o que quer que seja chamado de moralidade (embora excelente em seu ligar) seja religião! E menos do que tudo, não fantasie que a ortodoxia, a opinião correta (vulgarmente chamada de fé) seja religião. De todas as fantasias religiosas, esta é a mais vã; a que toma feno e restolho por ouro, atirado ao fogo!

6. Não tome, nem mais nem menos, do que isto, como sendo a religião de Jesus Cristo! Não tome parte dela, como sendo o todo! O que Deus reuniu, não separe. Não aceite nada menos do que 'a fé que é operada pelo amor'; toda santidade interior e exterior, como religião Dele. Não esteja satisfeito com qualquer religião, que não implique na destruição de todas as obras do diabo; ou seja, de todos os pecados. Nós sabemos, que a fraqueza de entendimento, e milhares de enfermidades irão permanecer, enquanto restar este corpo corruptível; mas o pecado não precisa permanecer: Esta é a obra do diabo, eminentemente assim chamada, a que o Filho de Deus foi manifestado para destruir nesta vida atual. Ele é capaz; ele está desejoso de destruí-la agora, em todos que crerem Nele. Apenas não se restrinja a si mesmo! Não desconfie de seu poder ou de seu amor! Coloque sua promessa à prova! Ele tem falado: E ele não está pronto igualmente para executar? Apenas 'venha corajosamente para o trono da graça', confiando em sua misericórdia; e você se certificará que 'Ele salva ao extremo todos aqueles que vêm para Deus, através Dele!'.

[Editado por Amber Powers, estudante da  Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com correções por George Lyons para a  Wesley Center for Applied Theology.]


domingo, 6 de novembro de 2011

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / PROSPERIDADE PARTE 1

PROSPERIDADE  PARTE 1

 O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor. (Joel 1:4)

PENSAMENTO: O profeta Joel, ministro da época do Rei Joás, visualizou uma invasão de gafanhotos (locustas, gafanhotos, pulgões, lagartos e insetos vorazes) profetizando uma invasão de exércitos inimigos. Esta realidade pode ser constatada atualmente nas crises financeiras. Elas agem contra patrimônios, casa, carro, provocam acidentes, destroem famílias, casamentos e comunidades, gerando miséria, desmoralizando, sujando nome, provocando vergonha, luta, dor, angústias... suicídio. Vamos estudar isso com profundidade e aprender como se livrar das suas ações.

     Geralmente, quando uma família evangélica se vê em dificuldades financeiras, a primeira atitude a ser tomada é cortar o dízimo. O compromisso com Deus acaba ficando sem importância, para segundo plano, sendo programado para voltar a ser entregue "quando a situação melhorar". Entenda agora porque este procedimento é perigoso para quem conhece a Palavra de Deus. Veja porque Deus é fiel à Sua Palavra, a tal ponto de não poder mudar as circunstâncias financeiras da sua vida, caso você esteja retendo mais do que lhe é justo...

1. A assolação dos gafanhotos.
(Jl 1:4)

a)Cortador

- Age nas lavouras, estragando os frutos. Arruína a lavoura.


b)Migrador

- Age surpreendendo em bandos, aumentando o prejuízo feito pelo cortador.

c)Devorador

- Tipo violento que leva ao prejuízo e à falência.

d)Destruidor

- Poder de extermínio (escorpião): fere o agricultor e a família.


2. Os gafanhotos têm a sua estratégia.

JL.l 1:6 - Destroem dia e noite.

     "Porque veio um povo contra a minha terra, poderoso e inumerável; os seus dentes são dentes de leão, e ele tem os queixais de uma leoa."

3. Os gafanhotos têm uma ação específica.

Jl 1:7
- Comem folhas, destroçam figueiras, tiram a casca, os sarmentos tornam-se brancos, perdem as forças e ficam estéreis.

     "Fez de minha vide uma assolação, destroçou a minha figueira, tirou-lhe a casca, que lançou por terra; os seus sarmentos(1) se fizeram brancos."
4. As ações dos gafanhotos deixam sérias conseqüências.

Jl 1:12
- Vergonha, dor, lamento, pranto, luto, assolação, tristeza.

     "A vide se secou, a figueira se murchou, a romeira também, e a palmeira e a macieira; todas as árvores do campo se secaram, e já não há alegria entre os filhos dos homens."

5. Cada tipo de gafanhoto representa forças diabólicas que agem em patrimônios, bens, salários e riquezas.

a) Cortador
- Atua na vida material do desobediente, come a renda, destrói o salário. Come através do cigarro, das bebidas, dos jogos de azar, remédios, eletrodomésticos, carro (quebram), roupas que se estragam - joga fora o dinheiro.

b) Migrador - Inconstante, age com prejuízos e despesas inesperadas.

c) Devorador - São arrasadores. Geram miséria, dor, dívidas, prejuízos, fome, insônia e desemprego. Suas vítimas têm sua casa e bens tomados; não conseguem pagar compromissos, são envolvidos em negócios desonestos e perigosos, seus bens são levados a leilão, sofrem ameaças de morte por dívidas, ficam sem crédito, sem moral e sem valor. Tornam-se um lixo, sendo rejeitadas até pelos amigos, só contam miséria e desgraça. Portas se fecham, são despejadas, tudo que fazem é em vão e são levadas ao alcoolismo e às drogas.

d) Destruidor - Induz ao suicídio, desastres, morte, pavor, só restam cinzas.

6. Satanás rouba de quatro maneiras.

Jl 1:7
- Assola, destroça, tira a casa, lança por terra.
     "Fez de minha vide uma assolação, destroçou a minha figueira, tirou-lhe a casca, que lançou por terra; os seus sarmentos se fizeram brancos."
7. Deus abençoa de quatro maneiras tudo o que fazem por ele ou por sua obra.

Lc 6:38
- Boa medida, sacudida, recalcada(2) e transbordante.
     "dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida que tiverdes medido vos medirão também."
8. A sujeira deixada pelo gafanhoto.

- Comem 24 horas sem parar, defecam na mesma hora, sujando tudo. Quando agem na vida do homem, sujam seu nome, deixando-o sem crédito, sem moral, sem honra.
9. A invasão dos gafanhotos aconteceu porque o povo parou de contribuir.

Jl 1:13  -

     "Cingi-vos de pano de saco(3) e lamentai, sacerdotes; uivai, ministros do altar; vinde, ministros de meu Deus; passai a noite vestidos de saco; porque da casa de vosso Deus foi cortada a oferta de manjares e a libação(4)."

10. Como vencer o cortador, migrador, devorador e destruidor? Qual o antídoto?
Como parar a ação deles? Como proteger nossos bens, patrimônios e salários?
Qual o segredo para o cristão ter vitória sobre eles?

a) O dízimo é o antídoto de Deus - Só o dízimo repreende, impede de agir no patrimônio, em bens e em salários.

b) Há a garantia de Deus aos dizimistas.

Ml 3:10,11

     "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide(5) no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos."

c) Deus convida o homem a obedecer sendo fiel dizimista.

Ne 10:38,39

     "O sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas(6) quando estes recebessem os dízimos, e os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro.

Porque àquelas câmaras os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas do cereal, do vinho e do azeite, porquanto se acham ali os vasos do santuário, como também os sacerdotes que ministram, e os porteiros, e os cantores; e, assim, não desampararíamos a casa do nosso Deus."

d) A obediência faz abrir as janelas do céu, jogando por terra o poder dos gafanhotos.


II Co 9:5

     "Portanto, julguei conveniente recomendar aos irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza."

Êx 23:15

     "Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim."

e) Só a obediência e fidelidade nos dízimos impede o ataque.

Jl 2:14

     "Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, uma oferta de manjares e libação para o Senhor, vosso Deus?"

CONSELHO BÍBLICO: Não brinque com esses gafanhotos! Muito o pouco, consagre seus dízimos ao Senhor. Só assim, Deus tem um compromisso de proteger seus patrimônios, bens e salários.

     A palavra Dízimo, que significa dez por cento, vem da palavra dez (10). Este número tipifica bênção, perfeição. Um exemplo disso são os dez dedos das mãos que Deus deu ao homem. E não se esqueça de que o homem não pode receber nada se do céu não lhe for dado. Cerca de 95% da vida de uma pessoa está estruturada sobre a área financeira. É por isso que o diabo ataca bastante esta área, pois estará destruindo 95% da vida desta pessoa.
 
(1) sarmento:

O caule lenhoso, o tronco da figueira.

(2) recalcada:

Comprimida
Imagine você colocando farinha em um saco, dando uma boa medida, sacudindo o saco para caber mais, comprimindo o seu conteúdo para mais ainda, deixando transbordar o saco até derramar para fora. É assim que se manifesta a bênção de Deus.

(3) pano de saco:

Um costume da lei dos judeus. Usava-se o pano de saco para "uivar, chorar". Era uma forma de demonstrar que a coisa estava ruim.



(4) libação:

Cerimônia de beber o vinho em honra de uma divindade (Deus).

(5) vide:

O mesmo que videira, ou seja, sua árvore de frutos.

(6) levitas:


Membros da tribo de Levi, sacerdotes da antiga Jerusalém.


O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor. (Joel 1:4)

PENSAMENTO: O profeta Joel, ministro da época do Rei Joás, visualizou uma invasão de gafanhotos (locustas, gafanhotos, pulgões, lagartos e insetos vorazes) profetizando uma invasão de exércitos inimigos. Esta realidade pode ser constatada atualmente nas crises financeiras. Elas agem contra patrimônios, casa, carro, provocam acidentes, destroem famílias, casamentos e comunidades, gerando miséria, desmoralizando, sujando nome, provocando vergonha, luta, dor, angústias... suicídio. Vamos estudar isso com profundidade e aprender como se livrar das suas ações.

     Geralmente, quando uma família evangélica se vê em dificuldades financeiras, a primeira atitude a ser tomada é cortar o dízimo. O compromisso com Deus acaba ficando sem importância, para segundo plano, sendo programado para voltar a ser entregue "quando a situação melhorar". Entenda agora porque este procedimento é perigoso para quem conhece a Palavra de Deus. Veja porque Deus é fiel à Sua Palavra, a tal ponto de não poder mudar as circunstâncias financeiras da sua vida, caso você esteja retendo mais do que lhe é justo...

1. A assolação dos gafanhotos.

 (Jl 1:4)

a) Cortador

- Age nas lavouras, estragando os frutos. Arruína a lavoura.

b) Migrador

- Age surpreendendo em bandos, aumentando o prejuízo feito pelo cortador.

c) Devorador

- Tipo violento que leva ao prejuízo e à falência.

d) Destruidor

- Poder de extermínio (escorpião): fere o agricultor e a família.


2. Os gafanhotos têm a sua estratégia.

Jl 1:6
 - Destroem dia e noite.

     "Porque veio um povo contra a minha terra, poderoso e inumerável; os seus dentes são dentes de leão, e ele tem os queixais de uma leoa."
3. Os gafanhotos têm uma ação específica.

Jl 1:7
- Comem folhas, destroçam figueiras, tiram a casca, os sarmentos tornam-se brancos, perdem as forças e ficam estéreis.

     "Fez de minha vide uma assolação, destroçou a minha figueira, tirou-lhe a casca, que lançou por terra; os seus sarmentos(1) se fizeram brancos."
4. As ações dos gafanhotos deixam sérias conseqüências.

Jl 1:12
- Vergonha, dor, lamento, pranto, luto, assolação, tristeza.
     "A vide se secou, a figueira se murchou, a romeira também, e a palmeira e a macieira; todas as árvores do campo se secaram, e já não há alegria entre os filhos dos homens."
5. Cada tipo de gafanhoto representa forças diabólicas que agem em patrimônios,
bens, salários e riquezas.


a) Cortador
- Atua na vida material do desobediente, come a renda, destrói o salário. Come através do cigarro, das bebidas, dos jogos de azar, remédios, eletrodomésticos, carro (quebram), roupas que se estragam - joga fora o dinheiro.

b) Migrador - Inconstante, age com prejuízos e despesas inesperadas.
c) Devorador - São arrasadores. Geram miséria, dor, dívidas, prejuízos, fome, insônia e desemprego. Suas vítimas têm sua casa e bens tomados; não conseguem pagar compromissos, são envolvidos em negócios desonestos e perigosos, seus bens são levados a leilão, sofrem ameaças de morte por dívidas, ficam sem crédito, sem moral e sem valor. Tornam-se um lixo, sendo rejeitadas até pelos amigos, só contam miséria e desgraça. Portas se fecham, são despejadas, tudo que fazem é em vão e são levadas ao alcoolismo e às drogas.

d) Destruidor - Induz ao suicídio, desastres, morte, pavor, só restam cinzas.

6. Satanás rouba de quatro maneiras.

Jl 1:7
- Assola, destroça, tira a casa, lança por terra.

     "Fez de minha vide uma assolação, destroçou a minha figueira, tirou-lhe a casca, que lançou por terra; os seus sarmentos se fizeram brancos."

7. Deus abençoa de quatro maneiras tudo o que fazem por ele ou por sua obra.

Lc 6:38
- Boa medida, sacudida, recalcada(2) e transbordante.

     "dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida que tiverdes medido vos medirão
também."
8. A sujeira deixada pelo gafanhoto.

- Comem 24 horas sem parar, defecam na mesma hora, sujando tudo. Quando agem na vida do homem, sujam seu nome, deixando-o sem crédito, sem moral, sem honra.
9. A invasão dos gafanhotos aconteceu porque o povo parou de contribuir.


Jl 1:13

     "Cingi-vos de pano de saco(3) e lamentai, sacerdotes; uivai, ministros do altar; vinde, ministros de meu Deus; passai a noite vestidos de saco; porque da casa de vosso Deus foi cortada a oferta de manjares e a libação(4)."


10. Como vencer o cortador, migrador, devorador e destruidor? Qual o antídoto?

 Como parar a ação deles? Como proteger nossos bens, patrimônios e salários? Qual o segredo para o cristão ter vitória sobre eles?

a) O dízimo é o antídoto de Deus - Só o dízimo repreende, impede de agir no patrimônio, em bens e em salários.

b) Há a garantia de Deus aos dizimistas.

Ml 3:10,11

     "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide(5) no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos."
c) Deus convida o homem a obedecer sendo fiel dizimista.

Ne 10:38,39

     "O sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas(6) quando estes recebessem os dízimos, e os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro.

Porque àquelas câmaras os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas do cereal, do vinho e do azeite, porquanto se acham ali os vasos do santuário, como também os sacerdotes que ministram, e os porteiros, e os cantores; e, assim, não desampararíamos a casa do nosso Deus."

d) A obediência faz abrir as janelas do céu, jogando por terra o poder dos gafanhotos.

II Co 9:5

     "Portanto, julguei conveniente recomendar aos irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza."

Êx 23:15

     "Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim."

e) Só a obediência e fidelidade nos dízimos impede o ataque.


Jl 2:14

     "Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, uma oferta de manjares e libação para o Senhor, vosso Deus?"

CONSELHO BÍBLICO: Não brinque com esses gafanhotos! Muito o pouco, consagre seus dízimos ao Senhor. Só assim, Deus tem um compromisso de proteger seus patrimônios, bens e salários.

     A palavra Dízimo, que significa dez por cento, vem da palavra dez (10). Este número tipifica bênção, perfeição. Um exemplo disso são os dez dedos das mãos que Deus deu ao homem. E não se esqueça de que o homem não pode receber nada se do céu não lhe for dado. Cerca de 95% da vida de uma pessoa está estruturada sobre a área financeira. É por isso que o diabo ataca bastante esta área, pois estará destruindo 95% da vida desta pessoa.
 
(1) sarmento:

O caule lenhoso, o tronco da figueira.

(2) recalcada:

Comprimida
Imagine você colocando farinha em um saco, dando uma boa medida, sacudindo o saco para caber mais, comprimindo o seu conteúdo para mais ainda, deixando transbordar o saco até derramar para fora. É assim que se manifesta a bênção de Deus.

(3) pano de saco:

Um costume da lei dos judeus. Usava-se o pano de saco para "uivar, chorar". Era uma forma de demonstrar que a coisa estava ruim.

(4) libação:

Cerimônia de beber o vinho em honra de uma divindade (Deus).

(5) vide:

O mesmo que videira, ou seja, sua árvore de frutos.

(6) levitas:

Membros da tribo de Levi, sacerdotes da antiga Jerusalém.