sábado, 25 de junho de 2011

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / FESTAS PAGÃS

MINISTÉRIO PALAVRA VIVA


                  CONSIDERAÇÕES SOBRE A “FESTA DE SÃO JOÃO”
Originalmente o calendário religioso utilizado pela Igreja era uma adaptação dos calendários grego e romano, e portanto foi bastante influenciado por importantes eventos pagãos.


1. AS FESTIVIDADES RELIGIOSAS.


A partir da Idade Média, o calendário romano foi definitivamente adotado (“cristianizado”) passando a ser utilizado por toda igreja ocidental, quando foram incluídos a celebração das festas dos “santos” e dos “mártires”. Daí surgiu o atual “calendário dos santos da Igreja católica” (a Igreja Católica dedica aproximadamente 42 dias no ano a um(a) santo(a)). Vários grupos protestantes eliminaram completamente o calendário religioso, celebrando apenas alguns eventos que consideram importantes (ex: Natal).

2. DEFINIÇÃO DE ALGUNS TERMOS:


Santo:

No Antigo testamento a palavra hebraica mais usada (cerca de 116 vezes) para descrever “santo” é “QADOSH”, que significa “separado”. No Novo Testamento a palavra grega para “santo” é “ÁGIOS”, que aparece 230 vezes de Mateus a Apocalipse, e significa “separados pelo Senhor como Sua possessão peculiar”.

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus...” - 1 Pedro 2.9

Na Igreja Primitiva todos os crentes eram chamados de “santos”, mesmo quando o seu caráter ainda não estava completamente formado (ex: At 9.13, 32; 26.10; Rm. 8.27; 12.13; 15.25,26).
 “...segundo a vontade de Deus é que Ele (Jesus) intercede pelos santos”. - Romanos 8.27

“Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo”. - Efésios 4.11,12

Canonização:

Dentro do catolicismo romano este é o nome dado ao decreto que inclui uma pessoa na categoria dos “santos”, os quais são recomendados à veneração dos fiéis. A condição para que a pessoa seja “beatificada” é que já tenha falecido e que pelo menos dois de “seus milagres” tenham sido confirmados. O papa, então, proclama a canonização.

De acordo com a teologia romanista, os indivíduos canonizados acumularam um tesouro de méritos, mediante suas vidas “inculpáveis” e a prática de “boas obras”. Esses méritos em “reserva”, então, podem ser colocados à disposição de cristãos de menor envergadura, em resposta às orações feitas aos “santos”.

A palavra de Deus declara que existe apenas um Mediador e Intercessor entre Deus e os homens: Jesus Cristo.

“Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. - 1 Timóteo 2.5
“...o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. - Romanos 8.34


3. A QUESTÃO DA IDOLATRIA


Idolatria, no grego “EIDOLOLATRIA” significa: “culto aos falsos deuses” ou “adoração de ídolos”. Esta adoração pode se referir a ídolos ou imagens propriamente ditas, ou então a tudo aquilo que porventura ocupe o lugar de Deus no coração do homem. Por que Deus abomina qualquer tipo de idolatria?

- Sl 115.4-7; 1 Co 8.4
- A Bíblia afirma que o ídolo em si é apenas um pedaço de madeira, pedra, etc., esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo.

- Êx 20.3-5; Is 42.8
- O nosso Deus não divide a sua Glória com ninguém.
- Ez 14.3,4
- Note que há ídolos que levantamos em nossos corações (ex: avareza: Cl 3.5). Precisamos identificá-los e renunciar a sua força em nós.
- Dt 18.9-12; Is 8.19,20
O ato de comungar com pessoas que já morreram ou idolatrá-las está ligado à prática do espiritismo, magia negra, leitura de sorte, feitiçaria, bruxaria, etc. Segundo as escrituras, todas estas práticas envolvem submissão e culto aos demônios, e são abomináveis ao Senhor.

OBS: a definição da Enciclopédia Britânica (BARSA) para FESTA RELIGIOSA é: Um dia consagrado à memória ou à comemoração de um evento histórico religioso.

- Dt 32.17; Sl 106.36; 1 Co 10.20,28
- Por traz de cada ídolo há demônios que estão agindo, os quais são seres sobrenaturais controlados pelo Diabo. Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios.

Ex: Alguns “santos” da Igreja Católica e sua correlação com entidades espíritas:
- Iemanjá ? Senhora Aparecida.
- Xangô ? São Jerônimo.
- Oxossi ? São Sebastião.
- Iorí ? Cosme e Damião.


4. A CELEBRAÇÃO DO “DIA DE SÃO JOÃO”


Registros históricos declaram que no século sexto, missionários foram enviados para o norte da Europa para juntar pagãos ao grupo romano. Eles descobriram que o dia 24 de junho era muito popular entre esses povos, pois era quando ocorria o solstício de verão (solstício: época em que o sol afasta-se o máximo possível da linha do equador). Procuraram, então, cristianizar este dia, mas como? Por esse tempo o 25 de dezembro havia sido adotado pela igreja romanista como o natalício de Cristo. Desde que 24 de junho era aproximadamente seis meses antes de 25 de dezembro, por que não chamar este o natalício de João Batista? João nasceu, devemos lembrar, seis meses antes de Jesus (Lc. 1:26,36). Assim sendo, o dia 24 de junho passou a ser conhecido no calendário papal como sendo o Dia de São João.

Na Bretanha (Inglaterra), antes da entrada do cristianismo, o 24 de junho era celebrado pelos druidas com fogos de artifícios em honra ao deus Baal. Quando este dia tornou-se dedicado a São João, os fogos sagrados também foram adotados e tornaram-se “as fogueiras de São João”!

Ainda hoje o dia 24 de junho é largamente celebrado na Escandinávia, na Alemanha e na Finlândia com fogueiras pagãs. A história relata que até o século passado os camponeses da Finlândia praticavam encantamentos mágicos durante o solstício de verão, a fim de obterem maior fertilidade
nos animais.


No Brasil as “festas juninas” são realizadas em todo o país no mês de
junho (daí o nome “juninas”, e culminam no Dia de São João). O principal momento da festa é a quadrilha, em que vários casais vestidos de caipira encenam uma cerimônia de casamento (que normalmente não acontece).




CONCLUSÃO:

1. NÃO PODEMOS AGIR COMO IGNORANTES (Ingênuos, imprudentes, néscios) - Ef 6.2; Ef 5.15; 2 Co 2.11; Ef 4.27

2. SE TEMOS O CONHECIMENTO DE QUE ALGO É CONSAGRADO A ÍDOLOS, DEVEMOS NOS ABSTER - 1
Co 10.27,28; 2 Co 6.14-17; Ef 5.11


3. TEMOS A RESPONSABILIDADE DE ENSINAR NOSSOS FILHOS A SE POSICIONAREM - Não podemos transferir para a Igreja a responsabilidade que é nossa –
Dt 6.3-9; Pv 22.6

4. PRECISAMOS FUGIR DE TODA A APARÊNCIA DO MAL -
1 Co 10.23-33; Pv 6.28


    Páscoa do Senhor X Coelhos e Ovos de Chocolate

Infelizmente, porém, essa data na maioria das vezes é lembrada pelas famílias, inclusive cristãs, apenas pela distribuição de coelhos e ovos de chocolate, ou porque desconhecem o seu verdadeiro significado bíblico, ou porque preferem fazer-se de “inocentes”, a fim de evitarem maiores conflitos com os filhos, amigos ou familiares, que sempre insistem em dizer: “não há nenhum problema...”; “são apenas símbolos inocentes...”; “afinal de contas, todos praticam desta forma...”.

Na tentativa de “cristianizar” uma prática que nada tem a ver com o verdadeiro sentido bíblico da festa da Páscoa, instituída pelo próprio Deus, muitos artifícios são utilizados para deturpar verdades simples de Sua palavra. Alguns até “espiritualizam”, dizendo que o coelho, devido à sua grande fecundidade, simboliza a Igreja, que recebeu de Deus a capacidade de gerar muitos discípulos. Vale lembrar que no Antigo Testamento bíblico, o coelho era tido como animal impuro. Ao seu lado, dizem eles, vem o ovo que é símbolo de ressurreição, pois contém vida dentro de si que apenas aguarda o momento de ser revelada, fazendo alusão ao sepulcro de Cristo. Assim, o ovo de chocolate é lembrado como o túmulo que se abriu para a ressurreição de Cristo. As pinturas em cores brilhantes que acompanham as embalagens dos ovos de chocolate representariam a luz solar. Que engano!


Mas, como surgiram esses símbolos? Historiadores retratam o surgimento do coelho como símbolo a partir de festividades praticadas anualmente pelos egípcios no início da primavera, que utilizavam o animal como representação de nascimento e nova vida. Ao longo da história observamos que o coelho passou a ocupar o status de símbolo máximo na festa da Páscoa, em detrimento daquele que deveria estar no centro das atenções, Jesus Cristo, o CORDEIRO de Deus. Já os ovos começaram a ser dados como presentes pelos persas e egípcios. Os primeiros acreditavam que a terra teria saído de um ovo gigante, e os egípcios costumavam tingir os ovos com cores primaveris, acreditando que isso transmitiria boa sorte. Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos especificamente na Páscoa. Mais tarde, a própria Igreja Romana foi introduzindo outros elementos simbólicos que nada tinham a ver com as origens bíblicas da celebração da Páscoa (Ex: Velas, que passou a significar “Cristo, a luz dos povos”).

A leitura do livro de Êxodo, capítulo 12, no Antigo Testamento nos mostra a verdadeira origem e significado dessa festa tão importante no calendário judaico e cristão. Depois de o povo de Israel passar mais de quatrocentos anos de escravidão no Egito, Deus decidiu libertá-lo. Para isso suscitou um libertador, Moisés, que transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Como faraó rejeitou a ordem de Deus, este enviou sobre a terra do Egito dez pragas, a fim de quebrantar-lhe o coração. Chegou a hora da décima e última praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus enviou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “(...)todos os primogênitos, desde homens até animais(...)” (Ex 12.12).

Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família deveria tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo; famílias menores poderiam repartir um único cordeiro entre si (12.4). O mais importante viria a seguir: Parte do sangue do cordeiro sacrificado deveria ser aspergido nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o anjo destruidor fosse enviado àquela terra, ele apenas “passaria por cima” das casas marcadas com o sangue, sem tocar mortalmente nos primogênitos. Daí o termo Páscoa, do hebraico “pesah”, que significa “passar ou saltar por cima”, “pular além da marca” ou “poupar”. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação da morte. Deus ordenou o sinal do sangue para mostrar profeticamente ao seu povo o que aconteceria centenas de anos mais tarde, quando Jesus derramaria o seu sangue na cruz do calvário para libertar o mundo do poder do pecado.

Naquela noite específica, além de marcar as casas com o sangue, os israelitas deveriam também comer ervas amargas e pães asmos (sem fermento). As ervas amargas representariam os anos de sofrimento que o povo havia passado no Egito, enquanto que o pão asmo representava o próprio Jesus, o pão vivo que haveria de descer do céu (Jo. 6.48,51,58) sem o fermento do pecado. Além disso, os israelitas deveriam estar vestidos e preparados para partir apressadamente (12.11), pois esta seria a noite de sua libertação da escravidão do Egito. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (12.29-36) e a partir daí, o povo de Israel passou a celebrar a Páscoa como uma festa perpétua, um memorial, todos os anos na primavera.

O fato de Jesus, muitos anos mais tarde, ter morrido exatamente durante a celebração da festa da Páscoa não aconteceu apenas por coincidência, mas para cumprir um propósito profético de Deus. Jesus foi o nosso “Cordeiro Pascal”, enviado por Deus para tirar o pecado do mundo (Jo. 1:29). Não podemos, portanto, denegrir a importância de tão grande sacrifício, cujo sangue precioso foi aspergido, não nas portas de algumas casas, mas nos nossos corações, possibilitando-nos desfrutar de uma vida abundante, longe da escravidão do Egito (mundo) e da tirania de faraó (Satanás).

Mas, como agir com nossos filhos, que estão inseridos numa cultura que quase sempre valoriza apenas o imediato? Como podemos nos posicionar contra um valor, muitas vezes alimentado pela nossa sociedade, que não tem nada a ver com os valores cristãos?

Amados, se temos a consciência de que ovos e coelhos de chocolate nada têm a ver com a celebração da Páscoa, como homens e mulheres de Deus temos que nos posicionar incutindo a verdade nos corações dos nossos filhos. É claro que precisamos agir com sabedoria perante os familiares que não conhecem a Palavra de Deus, que em momentos assim presenteiam os nossos filhos, com a melhor das intenções. Outro lugar onde a pressão é grande sobre os nossos filhos é na escola, através dos amigos e até mesmo dos professores. Sendo assim, se necessário for, dê a eles uma barra de chocolate para que saciem sua vontade. Uma coisa é ganharmos algo dado com carinho por alguém que não possui o entendimento bíblico e outra é nós mesmos nos tornarmos cúmplices e propagadores de uma mentira como se fosse verdade (Is. 5.20,21), vivendo uma vida de faz-de-conta!

É muito importante que os nossos filhos entendam desde pequenos que nós temos feito uma opção de não viver uma vida apenas de “aparências” perante nossos familiares e amigos e que esse estilo de vida tem um preço. É hora de assumirmos nosso papel de pais não deixando escapar cada oportunidade. É hora de ensiná-los que a mentira dos “ovos de chocolate e dos coelhos felpudos” de páscoa, tão difundida pela mídia consumista e materialista, precisa ser combatida por todos aqueles que não desejam negociar o inegociável, nem baixar os seus padrões bíblicos.



Ocultismo contemporâneo

Alguém se lembra das antigas bruxas? Narigudas, maquiavélicas, insensíveis, de riso estridente e aparência amedrontadora? Elas continuam as mesmas, mas os seus cabelos, narizes e vestuário apresentam muita diferença! Já não voam em vassouras, muito menos vivem ao redor de caldeirões fervilhantes. A caça às criancinhas perdidas em florestas acabou. Hoje, conquistá-las é bem mais fácil.
A lenda dos aprisionamentos em porões escuros, onde meninos e meninas recebiam uma dieta para que engordassem e fossem servidos nos banquetes das “velhas malvadas” também sofreu atualizações. Agora, o prato predileto do “ocultismo contemporâneo” tem sido “cérebros suculentos”, mentes ávidas pelo que é desconhecido e cada vez mais bonito e tecnologicamente atraente. Em lugar dos ambientes sinistros estão as salas de estar, quartos, cinemas, lan houses etc. A fantasia continua sendo a principal matéria-prima.
Pastor Luís Peixoto, escritor e professor de Teologia, explica que o ser humano busca respostas contínuas para a existência humana e as forças ocultas do mal acentuam, ainda mais, estas procuram o mundo encantado do ocultismo que tem entradas múltiplas. Internet, televisão, jornais, revistas, livros, videogames e etc, estendem tapetes vermelhos em saudação aos novos simpatizantes. Tudo é colocado à disposição da humanidade como se fossem árvores repletas do fruto proibido. E, infelizmente, o caminho mais atrativo para a sociedade tem sido o das curvas sinuosas da serpente.

A metáfora é romantizada e envolvente como um conto de fadas, porém nem sempre acaba com final feliz. Assim como as sutilezas de uma crônica, o ocultismo tem minado mentes de crianças e adultos, utilizando a arte como instrumento de persuasão e criação de identidade.

PERIGOS POR TRÁS DA TRAMA


Entenda o que significa cada item citado na novela, que é ambientada numa cidade do interior, a fictícia Serranias, entre as décadas de 1930 e 40.
Religião Wicca – Em “Eterna Magia”, as personagens vividas pelas atrizes Malu Mader e Mariana Sullivan são duas bruxas que seguem os preceitos da Wicca. Esta religião é uma tradição neo-pagã criada e denominada originalmente pelo escritor Gerald Gardner, cujos preceitos celebram a natureza. Wicca também é o nome dado às bruxas modernas.
Celtas – Segundo historiadores, a terra de origem dos celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. De acordo com Maria Inês Cavalcanti, bruxa em Ribeirão Preto (SP), a cultura celta valoriza rituais, sempre louvando os deuses da natureza. Os druidas, também citados pela trama, são pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta.

Magias branca e negra – Na cultura celta, os cavaleiros usavam três tipos de capuz: cinza, branco e negro. Foi daí que surgiram as magias branca e negra. A magia negra, que na América Latina foi associada a outros rituais africanos dos escravos, segundo Inês, é usada para fazer o mal. Já a magia branca é usada para favorecer positivamente as pessoas.
Bruxas – Considerada parte de antigas práticas dos cultos xamânicos, a bruxaria tem suas origens no período pré-histórico e trata-se do culto a um deus. “Não existe bruxa má ou boa, tudo depende de que lado está”, frisa Maria Inês, que teve seu contato com a bruxaria aos seis anos de idade.
Para o mundo secular, o ocultismo é fascinante. Definido como o conjunto de sistemas filosóficos e artes misteriosas associadas a conhecimentos secretos, ganha cada vez mais adeptos entre as sociedades intelectualizadas. Já a igreja caracteriza como ocultista toda seita ou religião cujas práticas incluam previsões futurísticas, comunicação com os mortos ou segredos instigantes. O que à luz da Palavra é abominável, para a sociedade é atraente. O mal já não parece ser tão mau assim. O oculto já não repele, mas atrai as massas.
Qual a explicação para o sucesso de vendas da série Harry Potter, livros com mais de 600 páginas disputado por crianças em todo o mundo com lançamento em data e hora marcada? O que faz de Paulo Coelho ser o autor mais lido em todo o planeta? Por que o místico, secreto ou esotérico compõe as categorias campeãs entre os best-sellers?


“Muitos dos temas trabalhados em programas de TV, como agouros, prognósticos, horóscopos etc., são temas que o povo gosta de explorar. Por isso, são apresentados pela mídia “televisiva”, diz o pastor João Souza Filho, autor de quatro livros tratando sobre ocultismo, marketing e publicidade, certamente, têm sua parcela de contribuição. No entanto, para Sérgio Carneiro, cristão, publicitário, pós-graduado em Comunicação e professor universitário, o ocultismo é tema atrativo por si só. “Em menor ou maior grau, o oculto sempre fez parte da história humana, e a propaganda, atenta a tudo o que atrai a atenção dos homens, vale-se desse interesse coletivo para divulgar seus produtos”. Carneiro enfatiza que, de certa forma, foi o desejo de conhecer o que era secreto que motivou Adão e Eva no jardim do Éden a comerem do fruto proibido. Eles desejavam conhecer o que não sabiam, estavam instigados pela idéia de que poderiam descobrir um grande segredo. E essa “curiosidade” percorre as sensações humanas até hoje. “O ocultismo, sob esta perspectiva, é apenas mais uma isca da propaganda para atrair o interesse das pessoas.”


NOVIDADE NO AR

Em um aspecto, pais e responsáveis podem começar a comemorar. Pelo menos, por enquanto. Isso porque uma portaria do Governo Federal e do Ministério da Justiça impôs limites na programação de qualquer obra visual. A notícia caiu como uma bomba para as TVs abertas, que acusaram o governo de criar uma nova censura.

Segundo a portaria, o horário livre será das 6 às 20 horas, e o de proteção à criança e ao adolescente, das 20 às 23 horas. Outra novidade na nova portaria diz respeito ao fuso horário. Atualmente, um mesmo programa é exibido para todo o país pelo horário de Brasília. Com a mudança, uma novela que é veiculada, ao mesmo tempo, às 21 horas no Rio Grande do Sul e às 18 horas no Acre, fica proibida, devido à indicação das faixas etárias por horários. A medida é bem vista pelo apresentador de TV e pastor presbiteriano Eber Cocareli. “O que as TVs comerciais não falam é que esta norma já existe em países como Estados Unidos, Canadá e Japão. Não é censura política, como foi em 1970, e sim uma censura moral”. À frente de um dos programas de maior audiência da Rede Internacional da Graça de Deus, a Rit, ele afirma que tenta fazer uma TV genuinamente evangélica para toda a família.
De acordo com o pastor Luís E. Peixoto, escritor, professor de Teologia e conferencista internacional, a áurea nebulosa do místico é o que fascina a inteligência do homem. “O fato de existir dentro do ser humano um vazio que só pode ser preenchido pelo amor e graça de Deus, o leva a buscar respostas contínuas para a existência humana. De onde vim? Quem sou? O que faço aqui? Para onde vou?”. Além disso, ele acredita que as forças ocultas do mal acentuam, ainda mais, esta procura.

A atriz e hoje pastora Simone Carvalho é alguém que usa seu testemunho para conquistar outros atores. Para ela, a culpa do sucesso de novelas como “O Profeta” e “Eterna Magia” é dos próprios cristãos que as assistem. Alguns cristãos atribuem os comentários sobre o ocultismo e seus derivados como exageros, divagações e teorias irrelevantes, uma vez que o diabo é tão aceito que não necessita mais do subliminar para atingir o povo. Entretanto, outros percebem os detalhes de manifestações e mensagens ocultas que, para a maioria das pessoas, passam despercebidos.
O escritor Daniel Mastral, 40 anos, autor de “Voz do que Clama no Deserto”, aliciado pelo satanismo dos 17 aos 25 anos, chama a atenção até mesmo para o horário em que passam as novelas da Rede Globo, cujas cenas têm doses homeopáticas e fortes de ocultismo. Mastral aponta o seguinte raciocínio: “Deus falava com o homem na virada do dia. No calendário judaico contava-se o tempo a partir do pôr do sol. Jesus foi crucificado na hora sexta e ficou até a hora nona. Ou seja, do meio-dia até as três da tarde. Então, o fim deste dia era quando o sol se punha, às 18hs. Nesse horário, tem início a noite; as trevas. E as novelas que abordam temas ocultistas começam às 18h. “Vampi”, “Iemanjá”, “Alma Gêmea”, “O Profeta” e, agora, “Eterna Magia”. Será tudo isso acaso?”

PRÁTICAS OCULTISTAS CITADAS NA BÍBLIA


Na antiguidade, adivinhadores, mágicos e feiticeiros eram muito respeitados entre as autoridades, e os reis freqüentemente tomavam decisões embasadas em suas predições.

- Nabucodonosor decide atacar a cidade de Jerusalém depois de recorrer aos deuses (Ez 21: 21,22): “O rei da Babilônia pára na encruzilhada da estrada, sacode as flechas, pergunta aos deuses e examina o fígado de um animal que fora oferecido em sacrifício”. Agora sua mão está segurando a flecha marcada com a palavra “Jerusalém”. A prática era conhecida na época como hepatoscopia (contato com deuses através do fígado de um animal).
- Hamã, além de querer matar Mordecai, planejava acabar com os judeus utilizando métodos ocultistas como o “Purim”, uma prática semelhante a “sorte” (Et 3:7-9; 9:24-25).

- Os magos e feiticeiros, súditos de Faraó, transformaram cajados em serpentes a fim de desestabilizar Moisés e Arão (Ex 7:8-12, 19-22; 8:5-11,16-19; 9:11).
-O rei Saul morre por consultar uma adivinhadora (2 Cr 10:13-14).
Para o pastor João Souza Filho, autor de 21 livros, quatro deles tratando sobre ocultismo e mundo espiritual, é bem possível que o autor de uma novela que trate de Wicca ou bruxaria, como é o caso da atual novela das 18h, não tenha por objetivo divulgar uma crença. É possível que esteja apenas trabalhando um tema que fascina a todos: bruxaria e mística. “Muitos dos temas trabalhados em programas de TV, como agouros, prognósticos, horóscopos, etc. são apenas temas que o povo gosta de explorar e sente-se curioso em conhecer. Por isso, são apresentados pela mídia televisiva”.

O subliminar e o místico estão aí. O oculto transformou-se em um campo profissional explorado e extremamente rentável. Segundo Roberto C. P. Júnior, espiritualista, escritor e mestre em ciências: “Em apenas um ano de trabalho, um esotérico pode ganhar em média quatro mil dólares por mês sem sair de casa. As franquias de lojas e centros de práticas esotéricas se multiplicam sem parar. Videntes já atendem pela Internet, oferecendo por e-mail previsões e consultas com o tarô; e inúmeros serviços esotéricos por telefone prometem até mesmo limpeza de aura à distância”.



TIPOS DE PRÁTICAS OCULTISTAS

O ocultismo no mundo moderno se estabeleceu em diversos segmentos religiosos. As práticas mais conhecidas na atualidade são:
- ADIVINHAÇÃO: É a categoria ocultista com maior número de ramificações. Algumas das práticas de “predições futurísticas” através da interpretação de sinais são: aleuromancia, aeromancia, alectoromancia, astragalomancia, dendromancia, belomancia, catoptromancia, cefalomancia, quiromancia, clidomancia, dactilomancia, dafnomancia, geomancia, hidromancia, lampadomancia, libanomancia, litomancia, margaritomancia, necromancia, enomancia, ornitomancia, ovomancia, acrimancia, astrologia, pêndulos, mandala, hidroscopia, cartas, búzios, tarô, runas, numerologia, bolas de cristal e centenas de outros tipos, conforme a cultura.
- BRUXARIA: Acredita-se que o surgimento da religião tenha acontecido no período pré-histórico, há aproximadamente 20 mil anos. Porém, ela só ganhou notoriedade entre os celtas, egípcios, assírios, greco-romanos e normandos (vikings), pela prestação de serviços de curandeirismo. Além disso, as bruxas tinham a incumbência de encaminhar os espíritos dos mortos aos seus destinos e eram as videntes que auxiliavam na tomada de decisões da comunidade. Atualmente, a religião se divide em duas categorias:
* Bruxaria Tradicional: fadas, céltica, britânica, alexandrina, caledoniana, picta, cerimonial, diânica, georgina, eclética, hecatina, teutônica ou nórdica, asatru e algard;
* Bruxaria Moderna, também conhecida por Wicca ou Tradição Gardneriana.

- ESPIRITISMO: Doutrina filosófica embasada nos livros de Allan Kardec, séc XIX. Acredita na comunicação com espíritos de mortos. As práticas adotadas são: mediunidade, clarividência, clariaudiência e operações psíquicas.
- SATANISMO: Religião oficialmente registrada em 30/04/1966 por Anton Szandor LaVey. A seita possui templos mundialmente conhecidos como “Igreja de Satanás” e sua filosofia e suas referências estão na Bíblia do Satanismo. Para a membresia, a adoração não é oferecida ao diabo, mas a si próprio. O hedonismo (busca do prazer como bem supremo) é a prática mais atrativa aos novos adeptos. Entre os rituais realizados estão a magia branca, magia negra e os pactos satânicos.





maçonaria, rosa cruz, feitiçaria, cabala, vodu, macumba, alquimia, ufologia, vampirismo, martinismo, i ching, grafologia, viagem astral, radiestesia, horóscopo, druidismo, thelemismo, Necronomicom, etc.
Há quem diga que a televisão é uma fábrica de sonhos. Não há barreiras para a imaginação. Existem aqueles que deixam o mundo virtual se tornar real, pois, como passam muito tempo em frente à TV, perdem o senso crítico para distinguir entre a verdade e a utopia. As crianças são as mais afetadas. Só que nem mesmo os adultos escapam da influência. Um bom exemplo do tempo gasto diante da “telinha” são os dados do Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef). A pesquisa aponta que crianças e jovens passam, em média, quatro horas assistindo à TV. Tempo maior ao que dedicam à escola.
O cristão e publicitário Sérgio Carneiro observa: “Em menor ou maior grau, o oculto sempre fez parte da história humana, e a propaganda, atenta a tudo o que atrai a atenção dos homens, vale-se desse interesse coletivo para divulgar seus produtos” Muita informação é apresentada à população nesse período de exposição. E o ocultismo está na lista das atrações. A Rede Globo de Televisão, por exemplo, lançou no mês de maio a sua terceira novela, em menos de um ano e meio, com esta temática. “Eterna Magia” mescla bruxaria, reencarnação e ritos pagãos, e vem causando perplexidade entre evangélicos.
O primeiro a se pronunciar foi o reverendo Wildo Gomes (Igreja Missão e Vida em Anápolis, GO), que utilizou a internet para defender sua idéia. Ele criou um manifesto que rapidamente se difundiu na rede e, em seu texto, propõe um boicote à emissora. Wildo critica, por exemplo, as novelas da Globo que apresentam a prostituição, o homossexualismo e a feitiçaria como algo normal. “Há cerca de três anos, realizamos um protesto semelhante, quando três novelas com conteúdo espírita e cenas de homossexualismo eram transmitidas simultaneamente”. Até mesmo a cobertura jornalística da visita do líder da Igreja Católica, papa Bento XV, foi duramente criticada por ele. O reverendo acredita que a emissora, enquanto concessão pública deu uma abertura muito grande ao pontífice, coisa que, em sua opinião, não acontece com os evangélicos.




ESPÍRITOS QUE DÃO AUDIÊNCIA


O folhetim “Eterna Magia”, da autora Elizabete Gim, é transmitido no horário de seis horas da noite e traz no elenco estrelas como Malu Mader e Thiago Lacerda. Sucede o remake de Ivani Ribeiro “O Profeta”, novela que terminou com picos de 33 pontos no Ibope – normalmente a audiência alcançada pela novela das 21h –, sendo o quarto programa mais assistido por crianças na Globo. Antes de “Eterna Magia” e “O Profeta”, o folhetim espírita “Alma Gêmea” apimentou o horário, mostrando a história de uma alma penada em busca de seu amor. Saiu de cena o vidente e entrou o bruxinho. A fórmula dessas tramas são sempre as mesmas: magia, reencarnação, ocultismo e efeitos especiais com pitadas de uma história de amor mal resolvida para cativar as donas de casa.



ORIGEM DO OCULTISMO


As práticas ocultistas remontam às bases da antiga Babilônia (Gn 11.8,9). Todavia, o termo “ocultismo” só foi obter amplo reconhecimento a partir do século XIX através da influência do mágico Alphonse Louis Constant, mais conhecido pelo pseudônimo Eliphas Levi. Autor da obra literária Baphomet, Levi se destacou internacionalmente por reavivar o interesse pelas ciências ocultas. No mesmo ano de sua morte, nasce o bruxo Aleister Crowley, que posteriormente é considerado o “sucessor reencarnado” de Levi, dando ainda mais visibilidade ao mago. A partir disso, diversas ramificações com ênfases distintas surgem pelo planeta.
No primeiro capítulo de “Eterna Magia”, o escritor Paulo Coelho fez uma breve participação. Na condição de narrador, ele apresentou os personagens que residem em uma cidade fictícia, no interior de Minas Gerais, chamada Serranias. Dentre os imigrantes, as duas irmãs, Eva (Malu Mader) e Mariana (Maria Flor) Sullivan, vão disputar Conrado (Thiago Lacerda). As irmãs são seguidoras de ritos pagãos celtas relacionados a bruxarias. Já no capítulo de estréia, a audiência oscilou entre 28 pontos, com apenas 43% dos televisores ligados – índice considerado baixo para o horário. Com o passar das semanas, lançando mão de muita bruxaria e cenas de feitiçaria, o ibope foi crescendo.


O apresentador de TV e pastor presbiteriano Eber Cocareli fala sobre a nova portaria do Governo: “O que as TVs comerciais não falam é que esta norma já existe em países como Estados Unidos, Canadá e Japão. Não é censura política, como foi em 1970, e sim uma censura moral”

Mexer com o oculto é quase sempre uma estratégia que vende bem. Não é a primeira vez que novelas com ênfase espírita são veiculadas para cativar o público. Em 1994, “A Viagem”, também de Ivani Ribeiro, foi exibida e, em 2006, reprisada, mantendo o mesmo índice de aceitação. “Se não desse audiência, a emissora já tinha tirado do ar. O público se interessa pela riqueza de informações. A crença é algo sagrado para o ser humano”, justifica o escritor espírita Paulo Rossi Severino. Ele já deu consultoria a programas da Globo e concorda com o ator Marcos Caruso que, em entrevista ao jornal Folha Espírita, afirmou que falar dos espíritos é uma tendência da dramaturgia.


O QUE A BÍBLIA DIZ


SÓ HÁ UM DEUS – Ele é o Criador de todas as coisas. Não há outro no céu, na terra, nem embaixo da terra. Criar outros deuses é abominável aos olhos do Senhor (Hb 11:3; Ex 20:3-6; Is 43:10-13; Jr 10:2-5).

ASTROS NÃO DEVEM SER CONSULTADOS - (Dt 4:19; Is 47:12-15).
 
* “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29:29).
* “Não haja ninguém no meio de ti [...] que se dê à prática de encantamentos, ou se entregue à leitura dos astros, à adivinhação ou à magia, ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios ou à evocação dos mortos. Porque o Senhor abomina aqueles que se entregam a semelhantes práticas” (Dt 18:9-12).
* “Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (Jo 4:1).


Para o jornalista Fernando de Barros, a declaração de Marcos Caruso é infeliz, no entanto, verdadeira. Em sua opinião, como a televisão vive de audiência, esses tipos de tema ajudam, em muito, a alavancá-la. “As pessoas estão buscando sempre um consolo quando perdem seus entes queridos e não têm a fé em Jesus Cristo”, explica. Ele acredita que esses movimentos de boicote contra a TV não surtem efeito. O melhor, na sua visão, seria fazer um trabalho de esclarecimento com o público, nas igrejas mesmo, mostrando que nem tudo o que se vê é a verdade.
A mesma opinião é compartilhada pelo conferencista e pastor da Igreja Metodista Wesleyana, Silmar Coelho. “A TV tem função de informar, educar e divertir. Apesar de a TV brasileira ser, profissionalmente, uma das melhores do mundo, a sede pelo poder, dinheiro e audiência tem levado muitos a negociar por baixo os princípios que seus fundadores defendiam ao iniciá-la”. Até mesmo os canais pagos se renderam ao tema. Proliferam séries utilizando o sobrenatural para chamar a atenção. A mais comentada é a série “Médium”, exibida pelo canal Warner.

QUEM AUMENTA A AUDIÊNCIA

A atriz e hoje pastora Simone Carvalho é alguém que usa seu testemunho para conquistar outros atores. Com seis novelas no currículo, sendo uma na Globo, ela frisa que a culpa do sucesso de novelas como “O Profeta” e “Eterna Magia” é dos próprios cristãos que as assistem. “Nos bastidores, os atores não são obrigados a cumprir algum tipo de rito. Tudo acontece na alta cúpula. Durante as gravações, todos os atores conversam e expõem suas preferências religiosas, respeitando-se mutuamente”, conta ela, que diz nunca ter visto velas acesas e guias nos camarins, por exemplo.

A presbiteriana Maria Paes, de 35 anos, sabe que algumas novelas não trazem nada de bom para sua vida espiritual. Ainda assim, ela não resistiu à tentação. Fascinada pela atuação do ator Rodrigo Faro na pele do divertido personagem Tainha, ela se viu envolvida na trama e, por fim, não perdia mais nenhum capítulo de “O Profeta”. Mesmo percebendo que a trama favorecia as virtudes da religião espírita, Maria não trocou de canal. “Era tudo tratado com muita seriedade. Os personagens admiráveis da novela eram os pertencentes ao centro espírita. Eles sempre tinham posicionamentos sensatos, motivações virtuosas e buscavam o bem. Fiquei pasma com o abuso a que o diabo tinha chegado”, analisa.



A conseqüência de manifestações de ocultismo em variados veículos e artes só serão sentidas daqui a algum tempo. O efeito pode criar em todo o Brasil uma população cada vez mais pagã e sincrética. Para a Bíblia, esses sintomas simbolizam o fim dos tempos. Para o mundo, uma nova era. Diante disso, é premente gerenciar pensamentos e emoções, aperfeiçoar o senso crítico e andar muito bem acompanhado, seja de bons amigos, livros, programas, filmes e da própria Bíblia.

MENINA DE 9 ANOS É MORTA EM RITUAL DE MAGIA


“Não se ache em ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo”. A ordem expressa em Deuteronômio 18.10 é apenas uma das muitas vezes em que a Bíblia condena o sacrifício de crianças. Mas ainda hoje há quem, em busca de poder sobrenatural, execute crianças em rituais de magia negra. Um desses casos, que teve grande repercussão em todo o país, parece ter chegado ao fim. Policiais de Araçatuba, interior de São Paulo, localizaram, no dia 25 de maio, Vera Petrovich, de 53 anos, e o filho dela, Pero Petrovich, de 19 anos. Eles são acusados de matar Giovanna dos Reis Costa, de nove anos.
Vera e Pero Petrovich são acusados de matar uma menina de nove anos em um ritual para gerar fertilidade no casamento. O crime aconteceu em abril do ano passado em Quatro Barras, no Paraná. A menina foi encontrada nua, em um saco plástico, com braços e pernas amarrados com fios elétricos, em um terreno próximo à casa dos Petrovich. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, ela foi espancada, violentada sexualmente e teve a vagina perfurada por uma espátula cortante, que foi usada para retirar o sangue dos órgãos da região abdominal. Giovanna morreu por hemorragia.

Segundo investigações da polícia do Paraná, os acusados são de uma linhagem cigana e a morte da menina foi parte de um ritual para gerar fertilidade no casamento. Uma adolescente de dezesseis anos, que seria noiva de Pero Petrovich, e o pai dela, que teria ajudado a segurar a criança durante o ritual, ainda estão foragidos. Outras três mortes de adolescentes, em rituais semelhantes, foram registradas em Teresópolis, RJ, e ainda estão sendo investigadas. Há pistas que ligam os casos a parentes de Vera e Pero Petrovich.



      O QUE NÓS COMO CRISTÃO DEVEMOS FAZER




O ocultismo é conhecido há muito tempo, e nós cristãos conhecemos todo mal que isso pode fazer, por isso estejamos atentos aos nossos filhos, amigos e famíliares ao ligar a nossa televisão, pois o ocultismo está sempre ali sem que percebamos.
Se percebemos o ocultismo devemos desligar a TV e se afastar de pessoas que têm contato com esse tipo de prática.
Satanás veio pra matar roubar e destruir (Jo 10:10) e ele usa de todos os meios pra que isso aconteça, estejamos atentos e vigilantes o tempo todo e que possamos usar das nossas orações para destruir com tudo que ele tentado fazer.
 
Amém!

Hallowen


A comemoração do Dia das Bruxas tem se tornado mais popular a cada ano nas escolas brasileiras. Sua celebração, porém, tem um conteúdo espiritual que é desaprovado pela Palavra de Deus. A palavra Halloween tem sua origem na contração feita de maneira errada da expressão "All Hallows Eve", que significa: "Dia de todos os santos" e que corresponde ao dia 10 de novembro, em que no catolicismo é reverenciado os santos mortos.
A celebração anual do Halloween ou "Dia das Bruxas" tem se tornado muito comum em alguns países e também, nos últimos anos, no Brasil, principalmente através da rede de escolas públicas e privadas do nosso país. Mas, afinal, que celebração é essa? Qual a sua origem? Trata-se apenas de uma festa ingênua ou contém uma influência espiritual em sua essência? Qual deve ser a posição dos cristãos quanto a essa celebração?




ORIGEM

Superstições e influências de várias culturas uniram-se, através dos séculos, criando o Halloween – "Dia das Bruxas", comemorado no dia 31 de outubro. A festividade do Halloween tem suas raízes nos festivais de outono dos celtas (povo do hemisfério norte). Os celtas viveram há centenas de anos onde hoje é a Grã Bretanha e o norte da França. Eram idólatras animistas, pois adoravam a natureza e tinham o deus sol como divindade favorita. Seus sacerdotes eram chamados de druidas, influentes "guias espirituais" e dados a magia e feitiçaria.
Os celtas criam que o ano novo deveria ser comemorado na última noite de outubro, pois acreditavam que o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se tornava mais frágil, sendo essa noite a ideal para se comunicar com os que já morreram. Acreditavam também que os espíritos dos mortos voltavam ao antigo lar procurando algum contato com entes queridos. Se os vivos não providenciassem alimentos para esses espíritos, coisas terríveis poderiam lhes acontecer. E pior: se não lhes fosse oferecida uma festa nessa data, atormentariam os vivos. Seria uma noite de medo. Os aldeões, amedrontados, acendiam fogueiras para honrar o deus sol, sacrificando-lhes animais e oferecendo-lhes parte das colheitas porque temiam que os espíritos matassem seus rebanhos e destruíssem suas propriedades. A fim de "enganar os espíritos", eles passaram a se vestir com roupas negras e com máscaras, saindo em desfiles barulhentos pelas ruas, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de "assustar e amedrontar os espíritos que estavam à procura de corpos para possuí-los". Ofertavam, então, seus sacrifícios em altares adornados com maçã, simbolizando a vida eterna. O vinho era substituído pela cidra, ou suco da maçã - tudo isso misturado com muita música e dança.
Nesta mesma época do ano, os povos latinos e em especial os romanos comemoravam, o festival de "Pomona", deusa das frutas e dos jardins. Era uma ocasião de festa e alegria, pois estava relacionada com as colheitas. A maçã e as nozes eram ofertadas aos deuses romanos em grandes fogueiras como um gesto de agradecimento por causa da boa colheita do ano anterior. Essa celebração tinha também seu aspecto místico, com espíritos e bruxas presentes rondando as festividades.

A PRESENÇA DAS BRUXAS


Bruxas e feiticeiras sempre foram vistas como adoradoras de demônios e detentoras de poderes mágicos e ocultos. Na Idade Média eram consideradas perigosas, pois se agrupavam em comunidades anticristãs. Elas se apresentavam com chapéus pontudos, duendes, poções mágicas, corvos, sapos e vassouras voadoras. Eram conhecidas pela capacidade de manipular poderes sobrenaturais, provocando horríveis tempestades e causando mal às pessoas.
No século XV, XVI e XVII houve uma grande perseguição às pessoas envolvidas com bruxaria por parte da Igreja Católica Romana, levando à morte milhares. Embora inicialmente a Igreja Católica condenasse os festivais como o de "Pomona", não foi capaz de reprimi-lo por completo e, então, acabou por incorporá-lo ao calendário cristão. O grande festival celta em homenagem aos mortos, "Samhain", foi adotado como o "dia de todos os santos" em 1o. de novembro, passando a ser celebrado em homenagem a todos os "santos e santas" que já haviam morrido.
É importante notarmos a postura que a Igreja Católica assumiu, pois aquilo que era tão proibido e motivo até de perseguição passou ser cultuado a ponto de tornar-se o famoso feriado de "finados", dia consagrado a cultuar os mortos.

A CELEBRAÇÃO HOJE

Atualmente, um dos maiores divulgadores do Halloween tem sido o sistema de escolas públicas na América do Norte e Europa, patrocinando as atividades dessa festa através de concursos de fantasias, danças, carnavais, exposições de arte e artesanatos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Halloween é celebrado como um dia de festa, assombrações, truques e magias.
O Halloween é também o dia em que as crianças saem às ruas para praticar o "trick-or-treting" (travessuras-ou-gostosuras: dê-nos coisas gostosas ou faremos travessuras). Esse costume surgiu no século IX na Europa, onde no dia 2 de novembro era celebrado o "Dia de todas as almas" ou o "Dia dos mortos". Nessa data os cristãos andavam de vila em vila para ganharem tortas de pão e groselha. Quanto mais tortas recebiam, mais orações eles prometiam fazer em memória dos parentes mortos daqueles que doavam as tortas. Naquela época acreditavam que os mortos ficavam num "limbo" por um período de tempo após a morte e que através das orações, mesmo de estranhos, aconteceria a passagem do limbo para o céu.

AS LANTERNAS DE JACK


Muitos agricultores apóiam o Halloween, uma vez que a abóbora é acessório indispensável, especialmente nos Estados Unidos, para a confecção das "lanternas de Jack". Trata-se de uma abóbora sem miolo em forma de caveira com uma vela acesa dentro, que tem o objetivo de "expulsar os maus espíritos e os duendes que vagueiam pelas noites". Esse costume tem origem no folclore irlandês. Segundo a lenda, um homem chamado Jack, notório beberrão e trapaceiro, certa ocasião esculpiu a imagem de uma cruz no tronco de uma árvore e a acendeu com fogo como uma armadilha para prender o diabo que estava na mesma. Mas Jack acabou fazendo uma acordo com o diabo: se o demônio nunca o atormentasse, Jack apagaria a cruz e o deixaria descer da árvore. Conforme o acordo, depois que Jack morreu, sua entrada no céu foi negada por causa do seu trato com o diabo. Também lhe foi negada a sua entrada no inferno por ter enganado o diabo. Foi então que o demônio ofereceu-lhe uma vela para iluminar seu caminho através da fria escuridão. Jack colocou a vela dentro de um grande nabo a fim de mantê-la acesa por mais tempo, esculpido até ficar oco para dar passagem à claridade. Originalmente os irlandeses usavam nabos para fazerem suas lanternas de Jack, porém quando os imigrantes chegaram aos Estados Unidos, eles começaram a usar as abóboras, muito mais adequadas, que passaram a ser o símbolo mais marcante do evento.


O QUE DIZ A BÍBLIA


O envolvimento das pessoas de todas as classes sociais com toda sorte de "ocultismo camuflado" está mais intenso em nossa época do que em qualquer outra. A quiromancia (predição do futuro pela leitura das mãos), a astrologia (predição do futuro pela influência dos astros), a cartomancia (predição do futuro através da manipulação de cartas) e a necromancia (predição do futuro pela invocação dos mortos) têm se tornado moda e parte integrante de nossa cultura. Os meios de comunicação constantemente têm enaltecido os videntes, magos, fadas, gnomos, duendes ou os cristais, que insistem em prometer fazer aquilo que cabe só a Deus: prever o futuro.
Com essa grande variedade de práticas ocultistas, consolida-se o irresistível gosto popular pelo Halloween, tanto divulgado atualmente nas escolas brasileiras. Aqui em nosso país, assim como em todo o mundo, nem mesmo as crianças são poupadas do ocultismo. O mais novo best-seller da literatura infantil, por exemplo, é uma série que tem um "bruxinho" chamado Harry Potter como protagonista. Os volumes da coleção ocupam sempre a primeira posição em vendas do mundo na categoria infantil.

A celebração do Halloween deve ser, portanto, reprovada pelos cristãos, pois está intimamente associada à necromancia (tentativa de comunicação com os mortos), crença espírita de que o morto é um mensageiro e deseja trazer algum recado celestial, um ensinamento ou um aviso. A pessoa que até mesmo por brincadeira se entrega a estes contatos, deve conscientizar-se de que essas manifestações não são provenientes de espíritos de mortos, pois quem morreu não está à disposição de evocações, conforme lemos em Hebreus 9.27 – "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo".
Sem percebermos, nossos filhos têm sido envolvidos por um emaranhado de informações enganosas e diabólicas, que têm se apresentado apenas como uma "brincadeira inocente". Aliás, não é de se estranhar, pois a palavra de Deus declara que "Satanás se apresenta como um Anjo de Luz" (II Co 11.14,15).

A Palavra de Deus declara o seguinte sobre tais práticas:
"Quando, pois, vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e aos adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles" – Isaías 8:19,20
"Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, a não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou irritaremos ao Senhor? Somos nós mais fortes do que Ele? Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam" – I Coríntios 10.20-23
Vivemos dias em que há uma forte tendência, mesmo dentro da Igreja, de aceitar os valores e práticas do mundo como algo absolutamente normal. Precisamos entender que há uma intensa guerra espiritual sendo travada, na qual o nosso inimigo tem se utilizado de artifícios extremamente sutis a fim de enganar o povo que se chama pelo nome do Senhor.
A Palavra de Deus declara que nos últimos tempos a iniqüidade se multiplicaria, e que se tornaria mais patente a diferença entre aqueles que caminham com Deus e aqueles que não o fazem. É exatamente por isso que o apóstolo Paulo nos exorta em II Coríntios 6, versos 17 e 18: "...Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras e Eu vos receberei, serei vosso Pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso".
Muitos têm dificuldade em se posicionar e agem como se tudo estivesse no campo do "relativo". Porém a Bíblia é clara ao nos advertir sobre as coisas que são abomináveis ao Senhor. O próprio Deus exige da Sua Igreja um posicionamento sério,para que o mundo saiba quem nós somos:

"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; que fazem da escuridão luz e da luz escuridão; põem o amargo por doce e o doce por amargo" - Isaías 5.20
"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha boca" - Apocalipse 3.15,16
Que o Senhor nos faça entender que "refletir Sua glória nesta terra exige um alto preço!" É importante que nos posicionemos juntamente com nossos filhos e os levemos a entender que não se trata apenas de ir contra a alguns valores culturais, mas de assumirmos um posicionamento cristão consciente de não nos moldarmos e nem nos contaminarmos com as iguarias do deus deste século. É somente assim que o mundo nos reconhecerá como uma voz profética nesta terra.


"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as" - Romanos 5.11



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quinta-feira, 16 de junho de 2011

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS / OS CINCO MINISTÉRIOS

MINISTÉRIO PALAVRA VIVA

OS CINCO MINISTÉRIOS

Onde estão os cinco ministérios dentro da igreja? Sabe, eu fico observando algumas congregações e consigo perceber a existência das cinco funções em muitas delas. O único problema é que, na maioria das vezes, as pessoas não sabem que ali está um evangelista, um profeta ou um mestre, e nem mesmo aqueles que o são sabem disso. Há muitos homens e mulheres com Pr. na frente de seus nomes, o que não condiz com suas reais funções no corpo. Tenho visto muitos Prs. apóstolos, Prs. profetas, Prs. mestres, Prs. evangelistas e, é claro, Prs. pastores de verdade. É impressionante como essa pequena abreviatura pode esconder e abafar tanto algumas das funções na igreja.

Tenho pesquisado nas Escrituras e até agora não encontrei uma passagem que diga que a igreja tem que ser basicamente pastoral, no sentido de que todo o funcionamento do corpo parte desse ministério. Isso seria uma sobrecarga ao verdadeiro pastor. Para isso existem os ministérios. É claro que o pastor é essencial, mas eu creio que a igreja só se move em triunfo com o pleno funcionamento dos cinco ministérios. Respeito e entendo completamente a autoridade pastoral. As Escrituras deixam bem claras as orientações aos pastores da igreja. Leia Hb 13:17 e 1Pe 5:2. Portanto, não é a submissão que eu estou discutindo aqui. Isso é indiscutível. Há pouco tempo, escutei testemunhos tremendos de irmãos que vivem isso em suas congregações. O resultado é sempre o mesmo: poder de Deus na igreja. Hoje em dia, é possível receber o famoso “Pr.” na frente do nosso nome através de cursos via Internet. É verdade. Veja bem, é importante entender que os cinco ministérios, na verdade, se resumem no ministério de Jesus. Quando perguntarem qual é o seu ministério? É certo dizer que é o ministério de Jesus. Nosso Senhor foi um apóstolo ao fundamentar a verdade, enviar Seus discípulos e ser enviado por Deus com base nesse fundamento. Ele foi um profeta ao liberar a voz de Jeová para o povo de Israel. Ele foi um mestre ao ensinar acerca das Escrituras no templo ou no monte das Oliveiras. Ele foi um evangelista ao realizar sinais e maravilhas que apontavam para Ele como Messias, salvando a muitos. E, finalmente, Ele foi um pastor ao amar e cuidar de Suas ovelhas, alimentado-os e servindo-os. Jesus foi tudo isso e muito mais. Também é importante ressaltar que há outras funções dentro da igreja, além dessas cinco. Por exemplo, há o diácono, que é aquele que está sempre pronto para o serviço, seja ele qual for. Eles são tesoureiros, porteiros, zeladores, etc. Não importa. Eles amam servir a igreja e, com isso, a Deus. Leia Atos 6 e conheça a vida de Estevão. Há os intercessores, que são aqueles que se levantam em oração e guerreiam no mundo espiritual, intercedendo pelo “povo”.

 Eu creio que podemos englobar também o ministério de louvor (música, dança, artes, etc.). Apesar de muitos não acharem uma base bíblica concisa para o ministério de louvor, eu entendo ele como uma das funções dos levitas.
Podem haver músicos (dançarinos, etc.) profetas ou evangelistas, sim. Porém, há também aqueles que se dedicarão somente ao louvor na casa do Senhor. Prama mim, é uma função. Um ministério.

 Com certeza, há outras áreas que não cabem ser analisadas nesse estudo. Portanto, é importante entender que nem todos são apóstolos, profetas, mestres, evangelistas ou pastores. Todos são sacerdotes, sim. Porém, com funções diferentes, não classificadas hierarquicamente.

Agora, é fundamental que esses cinco ministérios sejam atuantes dentro da igreja. Vamos discorrer um pouco sobre cada um, sem nos aprofundarmos muito.


PASTOR


Quantos pastores (com Pr.) há no mundo? Talvez milhões. Com certeza, necessitamos de muitos pastores para apascentar o grande número de ovelhas. O problema aqui é que muitos Prs. não são pastores, e muitos que não tem um Pr. na frente do nome, são. Resumidamente, o pastor é aquele que cuida da ovelha. Ele visita, ajuda nos problemas, ele conhece a cada um, aconselha e exorta. Tudo isso em um âmbito pessoal e sentimental relacionando suas vidas com Deus e seus caminhos de amor. Dentro de uma congregação podemos ter um pastor-presidente. No entanto, cada líder que cuida de um determinado grupo e recebe um chamado divino para ser responsável por ele, para cuidar de seus membros com um amor sobrenatural, também é um pastor. Porém nem todo líder é pastor. Compreende? Com isso, concluimos que há pastores de pastores. Não vejo nenhum problema nisso. É só olharmos para Jesus. Ele é pastor de pastores. Na verdade, Ele é o pastor de todos. O ministério pastoral precisa estar submetido a essa verdade absoluta. Isso afirma que, na verdade, nenhum de nossos pastores são donos das ovelhas que apascentam. Jesus é o dono.



MESTRE


Com certeza, a função do mestre é a de mais fácil compreensão dentre as cinco. O mestre conhece profundamente as Escrituras e tem o dom de Deus para ensina-las de maneira perfeita e clara. Muitas vezes o mestre poderá explicar uma mensagem de um profeta, com base nas Escrituras, esclarecendo a profecia à luz da Palavra. Muitos de nossos Prs. são mestres. Isso fica claro quando abrem a boca para pregar.
Conseqüentemente, podemos observar que ele não é muito bom em cuidar das ovelhas, porque sente uma forte necessidade de estudar e ler em busca do conhecimento que vem do Senhor.

EVANGELISTA


Esses homens atraem multidões, pois são canais para sinais e maravilhas da parte de Deus. Muitas vezes esse ministério é relacionado com aquele que evangeliza. Porém, não é somente isso. Todos têm que evangelizar, e é claro que o evangelista evangeliza. No entanto, ele o faz com um amor sobrenatural pelas almas perdidas e conforme vai crescendo nesse amor e em fé, Deus começa a usa-lo como canal de milagres, atraindo a muitos. Muitos avivalistas de hoje são evangelistas. Como os mestres, há muitos desses que recebem um Pr. na frente de seus nomes, mas não são pastores. Eles nunca têm horário livre em suas agendas para atender as suas “ovelhas” de maneira adequada. Para que então ter esse Pr.?

PROFETA


Esse é o ministério mais badalado dos últimos anos. O ministério profético está sendo restaurado na igreja do Senhor. Glória a Deus! O profeta é aquele que anda com Deus e traz a direção ao “povo”. Ele aponta, não conduz. Geralmente, os profetas tendem a ser estranhos e se destacam entre os outros ministros. Isso porque a constante comunhão com a glória do Senhor transforma radicalmente a sua maneira de pensar e agir. O profeta consola, encoraja e exorta, não representando a sua pessoa, mas a Deus. Ele olha para a congregação como um todo e a coloca dentro da igreja da cidade e do mundo. Não confundir ministério profético com profecia. Todos podem profetizar, mas isso não faz da pessoa um profeta. Isso serve para todos os ministérios. Todos podem ensinar, mas isso não faz da pessoa um mestre. Percebe?


APÓSTOLO


Onde está o apóstolo nos dias de hoje? Eles foram apenas os doze? Nada disso. O apóstolo é aquele que traz os fundamentos para a igreja. Ele ajusta a “falsa doutrina” com a verdade que há em Cristo. Há muitos Prs. que na verdade são apóstolos. Geralmente, esses homens têm uma visão ampliada do reino de Deus implantado na Terra. Eles enviam pessoas e são enviados por Deus para fundamentar a igreja através das verdades e princípios bíblicos. Eles ajudam a restaurar esse fundamento. Nós estamos passando do pastoral para o apostólico nesse tempo. Aleluia! O apóstolo sempre olha para a base. Ele se preocupa com que a casa fique firme e não caia. Ele ajusta todas as mensagens a esses fundamentos básicos, que nada mais são do que as verdades de Deus.

MISSIONÁRIOS


Esse, com certeza, não é um dos cinco ministérios. Veja, Paulo foi um apóstolo e também missionário. Pode parecer redundante, mas o missionário é aquele que tem uma missão. De uma maneira abrangente, vemos que todos temos uma missão. No entanto, ao avaliarmos aqueles que são chamados de missionários hoje em dia, vemos um outro problema de títulos. Muitos missionários são apóstolos, evangelistas, etc. É claro que há aqueles que realmente são chamados para irem e levarem as Boas-Novas aos países distantes. São homens e mulheres de coragem, mas são tão missionários quanto eu e você. No entanto, podemos aplicar esse título dessa maneira. já que fica mais clara e destacada a sua missão.

Percebe, o importante aqui não é o título. Primeiro, é importante entender que Deus nos chamou antes mesmo de nascermos. Busque entender isso. Segundo, precisamos ter consciência do que somos no reino de Deus nesse momento, mesmo que os outros não saibam realmente. Seu ministério não precisa ser anunciado aos quatro cantos da Terra. Você precisa apenas exerce-lo. Deixe Deus fazer o resto. Agora, um verdadeiro mestre não poderá exercer seu ministério com plenitude se ele tem obrigações de pastor sem que esse seja o seu chamado. O mesmo de aplica ao profeta, evangelista e todas as relações possíveis entre os chamados específicos de Deus. No entanto, um mestre pode profetizar e um apóstolo pode realizar sinais e maravilhas, atraindo a muitos. Em alguns casos, uma pessoa pode ser usada em mais de um dos ministérios. Isso é possível. Porém, mesmo assim, um dos dois irá se sobrepor ao outro no coração dessa pessoa, e de Deus.

Há uma linha em que, na verdade, os cinco ministérios foram derramados como um todo sobre a igreja (corpo) e por isso não há mais um ministério apostólico/profético, individual. Eu entendo que isso é uma meia verdade. Através do Espírito Santo, podemos sim profetizar, ensinar, realizar milagres, cuidar de ovelhas e reivindicar os princípios divinos. Porém, há uma especificação da parte do Senhor para que haja um pleno funcionamento dessas funções através do indivíduo. No mais, é essencial entender que os ministérios atuam em conjunto. Eles não sobrevivem sozinhos, mas necessitam uns dos outros.

Também acho possível que uma pessoa inicie com um ministério pastoral e depois seja chamada para ser profeta ou apóstolo. Isso também é possível, mas a pessoa tem que estar atenta para entender a voz de Deus. Quem chama é o Senhor. Não vise nenhum ministério. Você vai reconhecer a voz Dele. Deus te chama para ser obediente e humilde. Nada mais. Lembre-se, a obra é Dele.

De acordo com o estudo sobre ministério, vemos que há três propósitos: servir a Deus, servir à igreja e servir no mundo. O ministro (seja qual for a sua função) precisa atender os seguintes requisitos: integridade, humildade, longanimidade, suportar ao outro, mansidão, viver em unidade e amor, santidade, retidão, pureza, ter amor à palavra e viver cheio do Espírito.